Peritos e académicos internacionais encerraram a Semana do Património Sírio em Roma com um debate acerca da forma de salvaguardar os tesouros culturais da Síria na era pós-Assad.
PUBLICIDADERepresentantes de organizações internacionais e académicos reuniram-se em Roma para discutir estratégias de preservação do património cultural da Síria após a queda de Bashar al-Assad.
O evento marcou o encerramento da Semana do Património Sírio, que decorreu em Itália de 20 a 25 de janeiro.
A iniciativa foi apoiada pelo Heritage International Institute, com sede em Roma, a primeira grande organização internacional a lançar um apelo global à ação para preservar os bens culturais da Síria.
A Semana do Património Sírio é o primeiro o para a criação de um grupo de trabalho internacional especial, que deverá ser enviado para a Síria nos próximos meses.
"Temos os melhores especialistas na matéria", disse Sergio Iovino, diretor executivo do Heritage International Institute, à Euronews.
"Depois desta semana, durante a qual concentrámos a nossa atenção na Síria, vamos apresentar os nossos projetos e torná-los realidade. Temos estado a recolher materiais e vamos contar com o apoio de fundações e organizações, que nos fornecerão os fundos necessários para dar vida ao que temos estado a discutir durante estes dias de preparação do trabalho da taskforce".
Mais de 30 universidades participaram no evento, que teve a duração de uma semana. A cooperação multilateral foi o tema central do de sexta-feira, como explicou o professor Carletti da Universidade de Roma Tre.
"Decidimos organizar um evento centrado na cooperação para o desenvolvimento e na forma como a cultura, através da definição de património cultural, pode representar um trunfo fundamental para intervir em contextos em que o património cultural está em risco".
A criação do novo grupo de trabalho continua a ser um trabalho em curso. As discussões continuarão esta segunda-feira, quando o Instituto Internacional do Património acolher uma sessão plenária para finalizar a sua estrutura.
A composição do grupo de trabalho deve refletir os valores da cooperação para o desenvolvimento", afirmou Hani El Debuch, diretor do grupo de trabalho para a Síria, à Euronews. A Itália é o único país ocidental com uma embaixada em funcionamento na Síria, o que nos dá o privilégio de ter uma cooperação já estabelecida no terreno".