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Uma vitória “histórica” e “estrondosa”: Chega reage a conquista eleitoral

André Ventura
André Ventura Direitos de autor Ana Brigida/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Ana Brigida/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
De Lina Ferreira e Rita Afonso com AP
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Com os votos da emigração, o partido conseguiu ultraar o histórico Partido Socialista (PS) e o país a a estar em linha com a tendência de crescimento da extrema-direita na Europa.

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Durante muitos anos, Portugal foi considerado a exceção na Europa. Era o país onde a extrema-direita não tinha implementação e nem sequer conseguia eleger. Mas tudo mudou a partir da noite de quarta-feira, com o Chega a tornar-se o maior partido da oposição.

“Hoje não é apenas um dia de contagem de votos, hoje é um dia de história para Portugal, um dia que será visto no futuro como o momento em que um partido com seis anos rompeu com 50 anos de bipartidarismo em Portugal”, disse o líder do partido,André Ventura, aos apoiantes.

Ventura falava numa segunda noite eleitoral organizada pelo Chega num hotel de Lisboa, mais de uma semana depois das eleições legislativas. É que só agora, com a contagem dos votos da emigração, é que o partido conseguiu ultraar o PS com mais dois deputados.

O Chega rompe assim com o padrão dos dois principais partidos do centro – o PS e o Partido Social Democrata (PSD) – alternarem entre a chefia do Governo e a liderança da oposição.  

“Esta é uma mudança profunda no sistema político português”, acrescentou Ventura, falando de uma “vitória estrondosa”.

Portugal na tendência europeia

Os avanços do Chega desde as eleições de 18 de maio coincidem com as conquistas das forças de extrema-direita noutros países.

Na Europa, estas incluem o Rassemblement National e a Alternativa para a Alemanha (AfD), que são agora os maiores partidos da oposição em França e na Alemanha. Em Itália os Fratelli d' Itália já conseguiram mesmo chegar ao Governo, liderado por Giorgia Meloni.

Em Portugal, o Chega tem-se destacado pelas posições nacionalistas. Também defende mais restrições à imigração, é hostil em relação à comunidade cigana e defende um sistema penal mais duro.

O partido foi fundado em 2019 e beneficiou das constantes eleições legislativas em Portugal, com os partidos tradicionais incapazes de manter governos duradouros.

Em seis anos o partido ou de apenas um deputado para 12, em 2022, e 50, em 2024. Agora vai ter 60 deputados, mais dois do que o PS.

Presidente ouve partidos

Mas o vencedor das eleições foi a  Aliança Democrática (AD), de centro-direita, liderada pelo PSD. A coligação conseguiu eleger 88 deputados.

Esta quinta-feira à tarde, o presidente português vai ouvir os três maiores partidos: PSD, Chega e PS. Marcelo Rebelo de Sousa disse aos jornalistas que espera fazer uma nota de indigitação a seguir, esperando “ter a garantia de estabilidade”.

O líder da AD, Luís Montenegro, deve ser convidado a formar Governo.

Montenegro já tinha ganhado as eleições o ano ado. Mas o Governo que liderava acabou por cair depois do escândalo da Spinumviva, uma empresa que Montenegro manteve em seu nome, mesmo depois de se ter tornado primeiro-ministro.

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