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Jornalista norte-americano Evan Gershkovich vai ser julgado na Rússia por espionagem

Jornalista norte-americano será julgado na Rússia
Jornalista norte-americano será julgado na Rússia Direitos de autor Alexander Zemlianichenko/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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O Wall Street Journal nega as acusações, mas, apesar disso, o jornalista detido na Rússia há mais de um ano vai ser julgado.

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O jornalista norte-americano Evan Gershkovich, preso há mais de um ano na Rússia por acusações de espionagem, vai ser julgado na cidade de Ecaterimburgo, nos Montes Urais, informaram as autoridades russas na quinta-feira.

A acusação contra o repórter do Wall Street Journal foi concluída e o caso foi apresentado ao Tribunal Regional de Sverdlovsky, uma cidade situada a cerca de 1.400 quilómetros a leste de Moscovo, segundo o gabinete do Procurador-Geral da Rússia.

Gershkovich é acusado de "recolher informações secretas", a mando da CIA, sobre a Uralvagonzavod, uma fábrica que produz e repara equipamento militar, afirmou o Gabinete do Procurador-Geral num comunicado. 

Esta foi a primeira vez que foram relevados pormenores das acusações. Para já não se sabe quando terá início o julgamento.

Putin mencionou possível acordo

Gershkovich foi detido durante uma viagem para fazer reportagem em Ecaterimburgo, em março de 2023, e acusado de espionagem. O repórter, o seu empregador e o governo dos EUA negaram as alegações. Washington considerou que o jornalista tinha sido detido injustamente.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (ou FSB) alegou na altura que Gershkovich estava a agir sob ordens dos EUA para recolher segredos de Estado. Mas não apresentou publicamente provas desta acusação.

A Uralvagonzavod, uma fábrica estatal de tanques e vagões ferroviários na cidade de Nizhny Tagil, tornou-se conhecida em 2011 como um pilar de apoio ao presidente Vladimir Putin. O capataz da fábrica, Igor Kholmanskih, apareceu num programa de chamadas telefónicas com Putin, em dezembro de 2011, e denunciou os protestos em massa que decorriam em Moscovo na altura como uma ameaça à "estabilidade". O capataz propôs mesmo que ele e os seus colegas viajassem para a capital para ajudar a suprimir a agitação. Uma semana mais tarde, Putin nomeou Kholmanskikh para ser o seu enviado na região.

Anteriormente, Putin disse acreditar que se poderia chegar a um acordo para libertar Gershkovich, dando a entender que estaria aberto a trocá-lo por um cidadão russo preso na Alemanha. Este cidadão poderia ser Vadim Krasikov, que estava a cumprir uma pena de prisão perpétua pelo assassinato, em 2019, em Berlim, de um georgiano de ascendência chechena.

Questionado na semana ada pela Associated Press, Putin disse que os EUA estavam "a tomar medidas enérgicas" para garantir a sua libertação. Putin disse ainda às agências noticiosas internacionais, em São Petersburgo, que essas libertações "não são decididas através dos meios de comunicação social", mas através de uma "abordagem discreta, calma e profissional".

"E, certamente, só devem ser decididas com base na reciprocidade", acrescentou, numa alusão a uma potencial troca de prisioneiros.

Gershkovich pode ser condenado a 20 anos de prisão

Evan Gershkovich foi o primeiro jornalista norte-americano detido sob acusação de espionagem desde Nicholas Daniloff, em 1986, no auge da Guerra Fria. A detenção chocou os jornalistas estrangeiros na Rússia, apesar de o país ter adotado leis cada vez mais repressivas em matéria de liberdade de expressão depois de ter enviado tropas para a Ucrânia.

Filho de emigrantes soviéticos que se estabeleceram na Nova Jérsia, Gershkovich era fluente em russo. Mudou-se para o país em 2017 para trabalhar para o jornal The Moscow Times, antes de ser contratado pelo Wall Street Journal em 2022.

Desde a sua detenção, Gershkovich tem estado detido na prisão de Lefortovo, em Moscovo, uma prisão da era czarista utilizada durante as purgas de Estaline. Na altura, a cave da prisão servia para fazer execuções.

A istração Biden tem procurado negociar a sua libertação, mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse que só consideraria uma troca de prisioneiros depois de uma decisão judicial.

A embaixadora dos EUA na Rússia, Lynne Tracy, visita regularmente Gershkovich na prisão e assistiu às suas audiências no tribunal. A embaixadora chamou as acusações de "ficção" e disse que a Rússia está "a usar cidadãos americanos como peões para alcançar fins políticos".

Desde a invasão da Ucrânia, as autoridades russas detiveram vários cidadãos ocidentais, incluindo norte-americanos.

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