{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2022/01/22/certificado-digital-europeu-como-funcionam-as-vacinas-aprovadas" }, "headline": "Vacinas contra a Covid-19: Imuniza\u00e7\u00e3o pode tornar-se anual e acompanhar a da gripe", "description": "H\u00e1 cinco vacinas validadas para o certificado digital europeu. Perante as d\u00favidas com a nova variante de preocupa\u00e7\u00e3o da OMS, eis o que precisa de saber", "articleBody": "O diretor-executivo da farmac\u00eautica Moderna, respons\u00e1vel pela Spikevax, uma das vacinas mais eficazes contra a Covid-19, ite vir a ser necess\u00e1ria uma quarta dose de prote\u00e7\u00e3o contra a infe\u00e7\u00e3o pelo SARS-CoV-2 e, provavelmente, e a ser uma vacina a ser tomada todos os anos como a da gripe. Stephane Bancel n\u00e3o tem expetativas muito positivas perante os estudos em curso \u00e0 efic\u00e1cia das vacinas perante a atual vaga impulsionada pela variante de preocupa\u00e7\u00e3o (VdP) \u00d3micron, considera que as vacinas possam perder efic\u00e1cia apenas algumas semanas ap\u00f3s a inocula\u00e7\u00e3o. As declara\u00e7\u00f5es do respons\u00e1vel da Moderna foram proferidas numa confer\u00eancias sobre cuidados de sa\u00fade promovida pela Goldman-Sachs depois do primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennet ter citado um estudo onde se sugere que uma quarta dose de vacina aumenta cinco vezes os anticorpos contra a Covid-19 uma semana ap\u00f3s a inocula\u00e7\u00e3o. A Moderna est\u00e1 atualmente a tentar desenvolver uma nova vacina tendo no alvo a \u00d3micron, a VdP que se tem revelado mais resistente \u00e0s melhores propostas de imuniza\u00e7\u00e3o no mercados, como as cinco j\u00e1 validadas por exemplo na Uni\u00e3o Europeia. A nova vacina anti-\u00d3micron da Moderna ainda dever\u00e1 demorar mais de dois meses at\u00e9 estar pronta. A nova fase de refor\u00e7o de vacinas representa, por outro lado, um \u0022booster\u0022 tamb\u00e9m nas receitas da farmac\u00eautica, com a Thompson Reuters a estimar ganhos na ordem dos 1,7 mil milh\u00f5es de euros no terceiro trimestre deste novo ano. Cruzamento de vacinas: sim ou n\u00e3o? Um estudo da Ag\u00eancia de Seguran\u00e7a na Sa\u00fade do Reino Unido (UKHSA) defende o cruzamento de vacinas no refor\u00e7o das defesas dos j\u00e1 imunizados contra a Covid-19, isto \u00e9, a chamada vacina\u00e7\u00e3o heter\u00f3loga . 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Alguns pa\u00edses sobretudo por uma quest\u00e3o de gest\u00e3o dos lotes de vacinas dispon\u00edveis, outros de acordo com os estudos j\u00e1 existentes tendo no alvo a \u00d3micron. Os n\u00fameros da pandemia s\u00e3o claros e a vacina\u00e7\u00e3o est\u00e1 a ter um resultado positivo na conten\u00e7\u00e3o da doen\u00e7a grave ou das mortes no quadro da Covid-19. \u00c9 a principal causa da redu\u00e7\u00e3o das hospitaliza\u00e7\u00f5es apesar do elevado n\u00famero de infe\u00e7\u00f5es registados a cada dia. A Ag\u00eancia Europeia do Medicamento (EMA) e o Centro Europeu de Preven\u00e7\u00e3o e Controlo de Doen\u00e7as (ECDC) emitiram uma recomenda\u00e7\u00e3o conjunta tamb\u00e9m favor\u00e1vel ao uso \u0022misturado e combinado\u0022 de vacinas aprovadas, \u0022tanto para o in\u00edcio do processo como no refor\u00e7o\u0022 da vacina\u00e7\u00e3o contra a Covid-19. \u0022A UE enfrenta atualmente um n\u00famero crescente de infe\u00e7\u00f5es na pandemia de Covid-19 em curso, bem como um aumento nas taxas de hospitaliza\u00e7\u00e3o. As vacinas continuam a impedir que muitos milh\u00f5es de cidad\u00e3os da UE adoe\u00e7am ou morram, e os n\u00fameros mostram que o n\u00famero de hospitaliza\u00e7\u00f5es e mortes continua a ser mais baixo nos Estados-Membros com as taxas de vacina\u00e7\u00e3o mais elevadas\u0022, salienta-se no comunicado. A EMA e o ECDC destacam as \u0022evid\u00eancias de estudos sobre vacina\u00e7\u00e3o heter\u00f3loga\u0022 (uso de vacinas diferentes), sugerindo que \u0022a combina\u00e7\u00e3o de vacinas de vetor viral e vacinas de mRNA produz bons n\u00edveis de anticorpos contra o v\u00edrus da Covid-19 (SARS-CoV-2) e uma resposta de c\u00e9lulas T mais alta do que usar a mesma vacina (vacina\u00e7\u00e3o hom\u00f3loga ) tanto no processo prim\u00e1rio como no refor\u00e7o\u0022. \u0022Os regimes heter\u00f3logos foram geralmente bem tolerados\u0022, garantem. [ Consulte aqui os efeitos colaterais e a efic\u00e1cia das cinco vacinas autorizadas ] OMS defende vacinas A Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS) defende que as vacinas anticovid atualmente no mercado parecem perder efic\u00e1cia perante a \u00d3micron , mas sublinhou que \u0022a vacina\u00e7\u00e3o completa \u00e9 essencial na luta contra a Covid-19 e todas as variantes\u0022 do SARS-CoV-2 e refor\u00e7a os apelos para que os pa\u00edses ricos ajudem os mais necessitados a completar os respetivos processos de vacina\u00e7\u00e3o.. A OMS assegura que a efic\u00e1cia de prote\u00e7\u00e3o das vacinas se mant\u00e9m , apela para todos se vacinarem devidamente e manterem \u0022todas as medidas de prote\u00e7\u00e3o \u0022 recomendadas. A descoberta da mais recente variante de preocupa\u00e7\u00e3o (VdP) e a r\u00e1pida propaga\u00e7\u00e3o pelo mundo levantou de imediato d\u00favidas em torno da efic\u00e1cia das vacinas em uso, sobretudo das quatro primeiras aprovadas na Uni\u00e3o Europeia (UE), onde os casos t\u00eam vindo a aumentar rapidamente. As hospitaliza\u00e7\u00f5es t\u00eam sido sobretudo de pessoas n\u00e3o vacinadas, o que refor\u00e7a a ideia de que as vacinas mant\u00e9m a efic\u00e1cia contra a doen\u00e7a grave ou morte devido ao SARS-CoV-2. Os estudos t\u00eam-se sucedido de forma intensa. Um efetuado pela UKHSA alega que apenas duas doses da vacina anticovid Vaxzevria (Oxford/AstraZeneca) representam um n\u00edvel de prote\u00e7\u00e3o muito mais baixo contra uma infe\u00e7\u00e3o assintom\u00e1tica pela \u00d3micron do que contra a VdP Delta, a dominante ao longo de 2021. Um estudo mais recente, pela \u0022Imperial College London\u0022, sugere que os internamentos com Covid-19 devido \u00e0 \u00d3micron s\u00e3o 40% menos do que os provocados pela Delta, o que refor\u00e7a a teoria de que a infe\u00e7\u00e3o provocada pela nova VdP \u00e9 menos severa. Mesmo para as pessoas n\u00e3o vacinadas e as n\u00e3o infetadas anteriormente, o risco de internamento revela-se 11% menor do que acontecia com a Delta. A investiga\u00e7\u00e3o sugere ainda uma redu\u00e7\u00e3o de 20% a 25% na simples ida ao hospital, mas o facto de o n\u00famero de infe\u00e7\u00f5es di\u00e1rias no Reino Unido ter ultraado a fasquia das 140 mil leva os especialistas a alertar para a satura\u00e7\u00e3o dos hospitais. A OMS sublinha a import\u00e2ncia de alargar a vacina\u00e7\u00e3o a mais pa\u00edses com maiores taxas de pessoas n\u00e3o vacinadas e apela para que essa seja a prioridade em vez da forte aposta em doses de refor\u00e7o que se tem vindo a fazer em muitos pa\u00edses desenvolvidos. Numa atualiza\u00e7\u00e3o \u00e0 efic\u00e1cia da vacina Janssen (Johnson & Johnson), de toma \u00fanica, a OMS reiterou os 67% de prote\u00e7\u00e3o contra a hospitaliza\u00e7\u00e3o devido a um quadro de Covid-19 e de 77% contra uma infe\u00e7\u00e3o grave. A efic\u00e1cia contra a nova VdP \u00d3micron est\u00e1 ainda curso. Uni\u00e3o Europeia refor\u00e7a certificado O Certificado Digital Covid que a Uni\u00e3o Europeia implementou no in\u00edcio de julho para facilitar a circula\u00e7\u00e3o segura de pessoas pelo espa\u00e7o comum europeu e dar um impulso ao turismo nos \u002227\u0022 em pleno ver\u00e3o est\u00e1 de novo a ganhar for\u00e7a e, em Fran\u00e7a, at\u00e9 se transformou a n\u00edvel nacional num certificado de vacina\u00e7\u00e3o. Os cidad\u00e3os europeus tamb\u00e9m podem pedir uma vers\u00e3o em papel do Certificado Digital, que funciona atrav\u00e9s de um c\u00f3digo QR. Neste certificado s\u00e3o apresentadas as informa\u00e7\u00f5es pessoas sobre as vacina tomadas pelo portador, sobre o resultado negativo de um teste anticovid, se dentro do prazo de validade, ou um certificado de recupera\u00e7\u00e3o da Covid-19. O certificado \u00e9 reconhecido pelos 27 Estados membros da UE e ainda por Su\u00ed\u00e7a, Liechtenstein, Isl\u00e2ndia e Noruega. Os pa\u00edses com maior resist\u00eancia \u00e0 vacina\u00e7\u00e3o contra a Covid-19 t\u00eam vindo a refor\u00e7ar unilateralmente a import\u00e2ncia do certificado para impulsionar a imuniza\u00e7\u00e3o e tentar travar os casos de doen\u00e7a grave provocados pela \u00d3micron. Alguns pa\u00edses, como a \u00c1ustria j\u00e1 a partir de fevereiro, at\u00e9 est\u00e3o a decidir tornar a vacina\u00e7\u00e3o obrigat\u00f3ria e outros, como a Alemanha, ponderam seguir os mesmos os. Vacinas para viajar na Europa Nem todas as vacinas j\u00e1 em utiliza\u00e7\u00e3o no mundo contra a Covid-19 s\u00e3o reconhecidas pela UE para figurar no Certificado Digital europeu. As pessoas que receberam as vacinas Comirnaty (Pfizer/BioNTech), Spikevax (Moderna), Vaxzevria (AstraZeneca) e Janssen (Johnson & Johnson) poder\u00e3o obter o certificado digital da UE pela vacina\u00e7\u00e3o. Em breve, tamb\u00e9m a Nuvaxovid (Novavax) estar\u00e1 a uso e v\u00e1lida para integrar o certificado. Para entrar nos pa\u00edses da Uni\u00e3o Europeia e circular pelo territ\u00f3rio dos \u002227\u0022, os viajantes devem estar vacinados com uma destas cinco vacinas. Em alguns pa\u00edses, como Portugal por via a\u00e9rea ou mar\u00edtima, \u00e9 tamb\u00e9m exigido agora um teste negativo, \u00e0 entrada no pa\u00eds Efeitos colaterais e efic\u00e1cia das vacinas Novavax ( Nuvaxovid ) EFEITOS SECUND\u00c1RIOS Os principais foram de gravidade ligeira ou moderada e aram ap\u00f3s alguns dias da vacina\u00e7\u00e3o. Incluem dores de cabe\u00e7a, n\u00e1useas ou v\u00f3mitos, dores musculares e nas articula\u00e7\u00f5es, sensibilidade ou alguma dor no local da inje\u00e7\u00e3o, cansa\u00e7o e mal-estar. De acordo com os estudos, afetaram uma em cada 10 pessoas vacinadas. EFIC\u00c1CIA Os dois estudos realizados, no M\u00e9xico e nos Estados Unidos, envolveram mais de 45 mil pessoas e revelaram uma efic\u00e1cia a rondar os 90%. Pfizer/BioNTech ( Comirnaty ) EFEITOS SECUND\u00c1RIOS: Os principais efeitos secund\u00e1rios associados \u00e0 vacina Comirnaty foram dor e incha\u00e7o no local da inje\u00e7\u00e3o, cansa\u00e7o, dor de cabe\u00e7a, dores musculares e articulares, calafrios, febre e diarreia. Os efeitos foram geralmente leves ou moderados e melhoraram alguns dias depois da aplica\u00e7\u00e3o da vacina. EFIC\u00c1CIA O ensaio principal mostrou 95% de efic\u00e1cia Moderna ( Spikevax ) EFEITOS SECUND\u00c1RIOS: Os principais efeitos secund\u00e1rios associados \u00e0 vacina Spikevax foram dor e incha\u00e7o no local da inje\u00e7\u00e3o, cansa\u00e7o, calafrios, febre, g\u00e2nglios linf\u00e1ticos inchados ou sens\u00edveis sob o bra\u00e7o, dor de cabe\u00e7a, dores musculares e articulares, n\u00e1useas e v\u00f3mitos. Os efeitos s\u00e3o geralmente leves ou moderados e melhoraram alguns dias depois da aplica\u00e7\u00e3o da vacina. EFIC\u00c1CIA O ensaio principal mostrou 94.1% de efic\u00e1cia AstraZeneca ( Vaxzevria ) EFEITOS SECUND\u00c1RIOS: Quando feita uma compara\u00e7\u00e3o entre a primeira e segunda dose mostram que a segunda possui efeitos mais leves e relatados com menos frequ\u00eancia. As pessoas que recebem a Vaxzevria podem sentir mais do que um efeito secund\u00e1rio ao mesmo tempo. Os principais foram sensibilidade, dor e hematomas no local da inje\u00e7\u00e3o, dor de cabe\u00e7a, cansa\u00e7o, dores musculares, sensa\u00e7\u00e3o geral de mal-estar, calafrios, febre, dor nas articula\u00e7\u00f5es e n\u00e1usea. EFIC\u00c1CIA O ensaio principal mostrou 60% de efic\u00e1cia Johnson & Johnson ( Janssen ) EFEITOS SECUND\u00c1RIOS: Os principais efeitos secund\u00e1rios associados \u00e0 vacina foram dor no local da inje\u00e7\u00e3o, dor de cabe\u00e7a, cansa\u00e7o, dores musculares e n\u00e1useas. Os efeitos s\u00e3o geralmente leves ou moderados e melhoraram 1 ou 2 dias ap\u00f3s a vacina\u00e7\u00e3o. EFIC\u00c1CIA O ensaio principal mostrou 67% de efic\u00e1cia Qual a dura\u00e7\u00e3o da prote\u00e7\u00e3o dada pelas vacinas? Ainda n\u00e3o se sabe a dura\u00e7\u00e3o exata. As pessoas vacinadas durante o teste cl\u00ednico das vacinas v\u00e3o continuar a ser acompanhadas durante 2 anos -- exceto pela vacina AstraZeneca (Vaxzevria), que teve uma revis\u00e3o ao fim de 1 ano -- a fim de juntar mais informa\u00e7\u00f5es sobre a durabilidade da prote\u00e7\u00e3o. O que j\u00e1 se notou foi uma pequena redu\u00e7\u00e3o da efic\u00e1cia ao longo do tempo, o que impulsionou as autoridades a avan\u00e7ar para doses de refor\u00e7o ou terceiras doses, no caso das vacinas de duas doses. A apari\u00e7\u00e3o da VdP \u00d3micron tamb\u00e9m est\u00e1 a pressionar os pa\u00edses para acentuarem os n\u00edveis de vacina\u00e7\u00e3o. Alguns est\u00e3o inclusive a torna-la obrigat\u00f3ria, seja para trabalhar como em It\u00e1lia, seja de uma forma geral como na \u00c1ustria. 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Vacinas continuam a ser a principal arma contra a Covid-19
Vacinas continuam a ser a principal arma contra a Covid-19 Direitos de autor AP Photo/Paul White, Arquivo
Direitos de autor AP Photo/Paul White, Arquivo
Direitos de autor AP Photo/Paul White, Arquivo

Vacinas contra a Covid-19: Imunização pode tornar-se anual e acompanhar a da gripe

De Francisco MarquesTarima Marques Nistal
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Há cinco vacinas validadas para o certificado digital europeu. Perante as dúvidas com a nova variante de preocupação da OMS, eis o que precisa de saber

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O diretor-executivo da farmacêutica Moderna, responsável pela Spikevax, uma das vacinas mais eficazes contra a Covid-19, ite vir a ser necessária uma quarta dose de proteção contra a infeção pelo SARS-CoV-2 e, provavelmente, e a ser uma vacina a ser tomada todos os anos como a da gripe.

Stephane Bancel não tem expetativas muito positivas perante os estudos em curso à eficácia das vacinas perante a atual vaga impulsionada pela variante de preocupação (VdP) Ómicron, considera que as vacinas possam perder eficácia apenas algumas semanas após a inoculação.

Ainda acredito que vamos precisa de um reforço [da vacina] no outono de 2022 e para além disso.
Stephane Bancel
CEO da Moderna

As declarações do responsável da Moderna foram proferidas numa conferências sobre cuidados de saúde promovida pela Goldman-Sachs depois do primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennet ter citado um estudo onde se sugere que uma quarta dose de vacina aumenta cinco vezes os anticorpos contra a Covid-19 uma semana após a inoculação.

A Moderna está atualmente a tentar desenvolver uma nova vacina tendo no alvo a Ómicron, a VdP que se tem revelado mais resistente às melhores propostas de imunização no mercados, como as cinco já validadas por exemplo na União Europeia.

A nova vacina anti-Ómicron da Moderna ainda deverá demorar mais de dois meses até estar pronta.

A nova fase de reforço de vacinas representa, por outro lado, um "booster" também nas receitas da farmacêutica, com a Thompson Reuters a estimar ganhos na ordem dos 1,7 mil milhões de euros no terceiro trimestre deste novo ano.

Cruzamento de vacinas: sim ou não?

Um estudo da Agência de Segurança na Saúde do Reino Unido (UKHSA) defende o cruzamento de vacinas no reforço das defesas dos já imunizados contra a Covid-19, isto é, a chamada vacinação heteróloga.

Os dados recolhidos sugerem que uma dose de reforço com a vacina Spikevax (Moderna) após um programa inicial completo de duas doses de Comirnaty (Pfizer/BioNTech), ambas de base mRNA, é mais eficaz na proteção contra a infeção pela mais recente variante de preocupação (VdP) da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A autoridade britânica da saúde notou um decréscimo acentuado da proteção contra a Ómicron só com a toma das duas primeiras doses, mas garante que o reforço com a Spikevax volta a colocar a eficácia nos 90% de proteção.

A maior parte dos países europeus já estão com o processo de reforço da vacinação em andamento, nomeadamente Portugal, e têm optado pelo cruzamento de vacinas. Alguns países sobretudo por uma questão de gestão dos lotes de vacinas disponíveis, outros de acordo com os estudos já existentes tendo no alvo a Ómicron.

Os números da pandemia são claros e a vacinação está a ter um resultado positivo na contenção da doença grave ou das mortes no quadro da Covid-19. É a principal causa da redução das hospitalizações apesar do elevado número de infeções registados a cada dia.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) emitiram uma recomendação conjunta também favorável ao uso "misturado e combinado" de vacinas aprovadas, "tanto para o início do processo como no reforço" da vacinação contra a Covid-19.

"A UE enfrenta atualmente um número crescente de infeções na pandemia de Covid-19 em curso, bem como um aumento nas taxas de hospitalização. As vacinas continuam a impedir que muitos milhões de cidadãos da UE adoeçam ou morram, e os números mostram que o número de hospitalizações e mortes continua a ser mais baixo nos Estados-Membros com as taxas de vacinação mais elevadas", salienta-se no comunicado.

A EMA e o ECDC destacam as "evidências de estudos sobre vacinação heteróloga" (uso de vacinas diferentes), sugerindo que "a combinação de vacinas de vetor viral e vacinas de mRNA produz bons níveis de anticorpos contra o vírus da Covid-19 (SARS-CoV-2) e uma resposta de células T mais alta do que usar a mesma vacina (vacinação homóloga ) tanto no processo primário como no reforço".

"Os regimes heterólogos foram geralmente bem tolerados", garantem.

[Consulte aqui os efeitos colaterais e a eficácia das cinco vacinas autorizadas]

OMS defende vacinas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) defende que as vacinas anticovid atualmente no mercado parecem perder eficácia perante a Ómicron, mas sublinhou que "a vacinação completa é essencial na luta contra a Covid-19 e todas as variantes" do SARS-CoV-2 e reforça os apelos para que os países ricos ajudem os mais necessitados a completar os respetivos processos de vacinação..

A OMS assegura que a eficácia de proteção das vacinas se mantém, apela para todos se vacinarem devidamente e manterem "todas as medidas de proteção" recomendadas.

A descoberta da mais recente variante de preocupação (VdP) e a rápida propagação pelo mundo levantou de imediato dúvidas em torno da eficácia das vacinas em uso, sobretudo das quatro primeiras aprovadas na União Europeia (UE), onde os casos têm vindo a aumentar rapidamente.

As hospitalizações têm sido sobretudo de pessoas não vacinadas, o que reforça a ideia de que as vacinas mantém a eficácia contra a doença grave ou morte devido ao SARS-CoV-2.

AP Photo/Oded Balilty
Vacinação de crianças avança na EuropaAP Photo/Oded Balilty

Os estudos têm-se sucedido de forma intensa. Um efetuado pela UKHSA alega que apenas duas doses da vacina anticovid Vaxzevria (Oxford/AstraZeneca) representam um nível de proteção muito mais baixo contra uma infeção assintomática pela Ómicron do que contra a VdP Delta, a dominante ao longo de 2021.

Um estudo mais recente, pela "Imperial College London", sugere que os internamentos com Covid-19 devido à Ómicron são 40% menos do que os provocados pela Delta, o que reforça a teoria de que a infeção provocada pela nova VdP é menos severa.

Mesmo para as pessoas não vacinadas e as não infetadas anteriormente, o risco de internamento revela-se 11% menor do que acontecia com a Delta.

A investigação sugere ainda uma redução de 20% a 25% na simples ida ao hospital, mas o facto de o número de infeções diárias no Reino Unido ter ultraado a fasquia das 140 mil leva os especialistas a alertar para a saturação dos hospitais.

A OMS sublinha a importância de alargar a vacinação a mais países com maiores taxas de pessoas não vacinadas e apela para que essa seja a prioridade em vez da forte aposta em doses de reforço que se tem vindo a fazer em muitos países desenvolvidos.

A grande maioria das atuais infeções são resultado de infeções em pessoas não vacinadas.
Alejandro Cravioto
Especialista em vacinas da OMS

Numa atualização à eficácia da vacina Janssen (Johnson & Johnson), de toma única, a OMS reiterou os 67% de proteção contra a hospitalização devido a um quadro de Covid-19 e de 77% contra uma infeção grave. A eficácia contra a nova VdP Ómicron está ainda curso.

União Europeia reforça certificado

O Certificado Digital Covid que a União Europeia implementou no início de julho para facilitar a circulação segura de pessoas pelo espaço comum europeu e dar um impulso ao turismo nos "27" em pleno verão está de novo a ganhar força e, em França, até se transformou a nível nacional num certificado de vacinação.

Os cidadãos europeus também podem pedir uma versão em papel do Certificado Digital, que funciona através de um código QR.

Neste certificado são apresentadas as informações pessoas sobre as vacina tomadas pelo portador, sobre o resultado negativo de um teste anticovid, se dentro do prazo de validade, ou um certificado de recuperação da Covid-19.

O certificado é reconhecido pelos 27 Estados membros da UE e ainda por Suíça, Liechtenstein, Islândia e Noruega.

Os países com maior resistência à vacinação contra a Covid-19 têm vindo a reforçar unilateralmente a importância do certificado para impulsionar a imunização e tentar travar os casos de doença grave provocados pela Ómicron.

Alguns países, como a Áustria já a partir de fevereiro, até estão a decidir tornar a vacinação obrigatória e outros, como a Alemanha, ponderam seguir os mesmos os.

Vacinas para viajar na Europa

Nem todas as vacinas já em utilização no mundo contra a Covid-19 são reconhecidas pela UE para figurar no Certificado Digital europeu.

As pessoas que receberam as vacinas Comirnaty (Pfizer/BioNTech), Spikevax (Moderna), Vaxzevria (AstraZeneca) e Janssen (Johnson & Johnson) poderão obter o certificado digital da UE pela vacinação. Em breve, também a Nuvaxovid (Novavax) estará a uso e válida para integrar o certificado.

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Novo centro de vacinação contra a Covid-19 em LisboaAP Photo/Armando França

Para entrar nos países da União Europeia e circular pelo território dos "27", os viajantes devem estar vacinados com uma destas cinco vacinas. Em alguns países, como Portugal por via aérea ou marítima, é também exigido agora um teste negativo, à entrada no país

Efeitos colaterais e eficácia das vacinas

Novavax (Nuvaxovid)

EFEITOS SECUNDÁRIOS Os principais foram de gravidade ligeira ou moderada e aram após alguns dias da vacinação. Incluem dores de cabeça, náuseas ou vómitos, dores musculares e nas articulações, sensibilidade ou alguma dor no local da injeção, cansaço e mal-estar. De acordo com os estudos, afetaram uma em cada 10 pessoas vacinadas.

EFICÁCIA Os dois estudos realizados, no México e nos Estados Unidos, envolveram mais de 45 mil pessoas e revelaram uma eficácia a rondar os 90%.

Pfizer/BioNTech (Comirnaty)

EFEITOS SECUNDÁRIOS: Os principais efeitos secundários associados à vacina Comirnaty foram dor e inchaço no local da injeção, cansaço, dor de cabeça, dores musculares e articulares, calafrios, febre e diarreia. Os efeitos foram geralmente leves ou moderados e melhoraram alguns dias depois da aplicação da vacina.

EFICÁCIA O ensaio principal mostrou 95% de eficácia

Moderna (Spikevax)

EFEITOS SECUNDÁRIOS: Os principais efeitos secundários associados à vacina Spikevax foram dor e inchaço no local da injeção, cansaço, calafrios, febre, gânglios linfáticos inchados ou sensíveis sob o braço, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas e vómitos. Os efeitos são geralmente leves ou moderados e melhoraram alguns dias depois da aplicação da vacina.

EFICÁCIA O ensaio principal mostrou 94.1% de eficácia

AstraZeneca (Vaxzevria)

EFEITOS SECUNDÁRIOS: Quando feita uma comparação entre a primeira e segunda dose mostram que a segunda possui efeitos mais leves e relatados com menos frequência. As pessoas que recebem a Vaxzevria podem sentir mais do que um efeito secundário ao mesmo tempo. Os principais foram sensibilidade, dor e hematomas no local da injeção, dor de cabeça, cansaço, dores musculares, sensação geral de mal-estar, calafrios, febre, dor nas articulações e náusea.

EFICÁCIA O ensaio principal mostrou 60% de eficácia

Johnson & Johnson (Janssen)

EFEITOS SECUNDÁRIOS: Os principais efeitos secundários associados à vacina foram dor no local da injeção, dor de cabeça, cansaço, dores musculares e náuseas. Os efeitos são geralmente leves ou moderados e melhoraram 1 ou 2 dias após a vacinação.

EFICÁCIA O ensaio principal mostrou 67% de eficácia

Qual a duração da proteção dada pelas vacinas?

Ainda não se sabe a duração exata. As pessoas vacinadas durante o teste clínico das vacinas vão continuar a ser acompanhadas durante 2 anos -- exceto pela vacina AstraZeneca (Vaxzevria), que teve uma revisão ao fim de 1 ano -- a fim de juntar mais informações sobre a durabilidade da proteção.

O que já se notou foi uma pequena redução da eficácia ao longo do tempo, o que impulsionou as autoridades a avançar para doses de reforço ou terceiras doses, no caso das vacinas de duas doses.

A aparição da VdP Ómicron também está a pressionar os países para acentuarem os níveis de vacinação. Alguns estão inclusive a torna-la obrigatória, seja para trabalhar como em Itália, seja de uma forma geral como na Áustria.

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