{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/saude/2024/06/14/o-cancro-desaparece-em-100-dos-pacientes-tratados-com-um-novo-medicamento-num-ensaio-clini" }, "headline": "Ensaio cl\u00ednico com novo medicamento indica cura em 100% de doentes oncol\u00f3gicos", "description": "Um estudo demonstrou uma taxa de resposta positiva de 100% de 42 doentes com um tipo espec\u00edfico de cancro do reto.", "articleBody": "Um estudo do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSK), sediado nos EUA, e a empresa farmac\u00eautica GSK, revelou uma taxa de 100 % de sucesso no tratamento de doentes com cancro no reto que participaram no ensaio cl\u00ednico. O estudo analisou um novo medicamento chamado dostarlimab-gxly para tratar doentes com um tipo espec\u00edfico de cancro do reto, causado por uma muta\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica.\u0022Como m\u00e9dica, vi em primeira m\u00e3o o impacto debilitante do tratamento padr\u00e3o do cancro do reto dMMR e estou entusiasmada com o potencial do dostarlimab-gxly nestes doentes\u0022, afirmou Andrea Cercek, chefe da sec\u00e7\u00e3o de cancro colorrectal da MSK e investigadora principal do estudo, no comunicado.MMRd, em ingl\u00eas \u0022mismatch repair deficient\u0022, \u00e9 um tipo de cancro em que as c\u00e9lulas t\u00eam um sistema de repara\u00e7\u00e3o do ADN disfuncional. Estes casos representam cerca de 5% dos cancros do reto.O tratamento atual para este tipo de cancro \u00e9 a radioterapia, a quimioterapia, a cirurgia ou uma combina\u00e7\u00e3o destes tratamentos.De acordo com a Cl\u00e9lia Coutzac, m\u00e9dica oncologista que n\u00e3o participou no estudo, os tratamentos t\u00eam muitas vezes um forte impacto na qualidade de vida do doente, principalmente, aqueles que t\u00eam perturba\u00e7\u00f5es intestinais, incontin\u00eancia intestinal ou disfun\u00e7\u00f5es sexuais.Como \u00e9 que o dostarlimab funciona?\u0022Uma vez que os dMMR s\u00e3o tumores hipermutados, s\u00e3o muito vis\u00edveis para o sistema imunit\u00e1rio, que inicialmente v\u00ea as c\u00e9lulas cancer\u00edgenas como estranhas e vai mat\u00e1-las. Contudo, com o ar do tempo e a evolu\u00e7\u00e3o do cancro, o sistema imunit\u00e1rio deixa de funcionar\u0022, explicou Coutzac \u00e0 Euronews Health.\u0022O que funciona muito bem nestes tumores \u00e9 reativar o sistema imunit\u00e1rio com imunoterapia e, neste caso, com o dostarlimab da GSK, um medicamento que orienta os linf\u00f3citos para reconhecerem novamente as c\u00e9lulas cancer\u00edgenas como nocivas e mat\u00e1-las\u0022, acrescentou a respons\u00e1vel. Os doentes que seguiram os tratamentos, durante seis meses, apresentaram uma resposta cl\u00ednica completa, sem \u0022qualquer ind\u00edcio de tumor\u0022, detetado por resson\u00e2ncia magn\u00e9tica, endoscopia ou exame digital durante o acompanhamento, segundo o comunicado da GSK.Cl\u00e9lia Coutzac descreveu os resultados como \u0022espantosos\u0022.Mais investiga\u00e7\u00e3o em cursoApesar destes resultados \u0022espantoso\u0022, antes de o dostarlimab chegar ao mercado \u00e9 necess\u00e1ria mais investiga\u00e7\u00e3o.Um estudo global denominado Azur-1 foi concebido para testar a efic\u00e1cia do dostarlimab-gxly quando utilizado isoladamente, em vez de quimioterapia, radia\u00e7\u00e3o ou cirurgia, e para confirmar os resultados do MSK.", "dateCreated": "2024-06-11T18:44:00+02:00", "dateModified": "2024-06-14T13:01:47+02:00", "datePublished": "2024-06-14T11:44:20+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F49%2F60%2F18%2F1440x810_cmsv2_e1d5f59c-ef6d-54ea-b8a5-86fcc7fde217-8496018.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "O cancro rectal desaparece em doentes tratados com um novo medicamento num ensaio cl\u00ednico promissor", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F49%2F60%2F18%2F432x243_cmsv2_e1d5f59c-ef6d-54ea-b8a5-86fcc7fde217-8496018.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Duboust", "givenName": "Oceane", "name": "Oceane Duboust", "url": "/perfis/2316", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@Oceane_Duboust", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "R\u00e9daction" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias de sa\u00fade" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Ensaio clínico com novo medicamento indica cura em 100% de doentes oncológicos

O cancro rectal desaparece em doentes tratados com um novo medicamento num ensaio clínico promissor
O cancro rectal desaparece em doentes tratados com um novo medicamento num ensaio clínico promissor Direitos de autor Canva
Direitos de autor Canva
De Oceane Duboust
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Um estudo demonstrou uma taxa de resposta positiva de 100% de 42 doentes com um tipo específico de cancro do reto.

PUBLICIDADE

Um estudo do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSK), sediado nos EUA, e a empresa farmacêutica GSK, revelou uma taxa de 100 % de sucesso no tratamento de doentes com cancro no reto que participaram no ensaio clínico.

O estudo analisou um novo medicamento chamado dostarlimab-gxly para tratar doentes com um tipo específico de cancro do reto, causado por uma mutação genética.

"Como médica, vi em primeira mão o impacto debilitante do tratamento padrão do cancro do reto dMMR e estou entusiasmada com o potencial do dostarlimab-gxly nestes doentes", afirmou Andrea Cercek, chefe da secção de cancro colorrectal da MSK e investigadora principal do estudo, no comunicado.

MMRd, em inglês "mismatch repair deficient", é um tipo de cancro em que as células têm um sistema de reparação do ADN disfuncional. Estes casos representam cerca de 5% dos cancros do reto.

O tratamento atual para este tipo de cancro é a radioterapia, a quimioterapia, a cirurgia ou uma combinação destes tratamentos.

De acordo com a Clélia Coutzac, médica oncologista que não participou no estudo, os tratamentos têm muitas vezes um forte impacto na qualidade de vida do doente, principalmente, aqueles que têm perturbações intestinais, incontinência intestinal ou disfunções sexuais.

Como é que o dostarlimab funciona?

"Uma vez que os dMMR são tumores hipermutados, são muito visíveis para o sistema imunitário, que inicialmente vê as células cancerígenas como estranhas e vai matá-las. Contudo, com o ar do tempo e a evolução do cancro, o sistema imunitário deixa de funcionar", explicou Coutzac à Euronews Health.

"O que funciona muito bem nestes tumores é reativar o sistema imunitário com imunoterapia e, neste caso, com o dostarlimab da GSK, um medicamento que orienta os linfócitos para reconhecerem novamente as células cancerígenas como nocivas e matá-las", acrescentou a responsável.

Os doentes que seguiram os tratamentos, durante seis meses, apresentaram uma resposta clínica completa, sem "qualquer indício de tumor", detetado por ressonância magnética, endoscopia ou exame digital durante o acompanhamento, segundo o comunicado da GSK.

Clélia Coutzac descreveu os resultados como "espantosos".

Mais investigação em curso

Apesar destes resultados "espantoso", antes de o dostarlimab chegar ao mercado é necessária mais investigação.

Um estudo global denominado Azur-1 foi concebido para testar a eficácia do dostarlimab-gxly quando utilizado isoladamente, em vez de quimioterapia, radiação ou cirurgia, e para confirmar os resultados do MSK.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Combater o cancro com nanopartículas: novos avanços para a ciência

Um medicamento que faz os dentes crescerem de novo: cientistas aproximam-se dos ensaios clínicos

Governo espanhol vai proibir que se fume em terraços: como será a nova lei antitabaco