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Tornar os interiores dos aviões mais amigos do ambiente

Tornar os interiores dos aviões mais amigos do ambiente
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De Denis Loctier
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Será possível utilizar materiais mais ecológicos nos interiores dos aviões? Uma equipa de investigadores europeus e chineses está a desenvolver novas soluções.

Quando embarcamos num avião, pensamos de que é que ele é feito? Os materiais destas máquinas são leves e duráveis, mas nem sempre amigos do ambiente. Vamos tentar descobrir se isso pode ser mudado.

A maioria dos aviões modernos é feita, principalmente, de alumínio e fibra de carbono, que desempenham um papel cada vez mais importante. Parece não haver alternativa óbvia a esses materiais, para as estruturas primárias das aeronaves, mas e as chamadas estruturas secundárias, ou interiores, precisam elas de ser também tão resistentes?

"Dentro do avião podemos ver alguns dos materiais que estamos a tentar substituir com os de origem biológica: podem ser os painéis do teto, os painéis laterais ou os compartimentos superiores. Hoje eles são feitos de um tipo material prensado, muito leve, com a superfície em fibra de vidro, que esperamos substituir por fibras naturais vindas da planta do linho", explica Jens Bachmann um dos coordenadores do projeto [Eco-Com](URL http://www.eco-com.eu).

As fibras naturais são mais leves que as de carbono. Elas exigem menos energia na produção, não dependem de fontes não renováveis e são melhores no que diz respeito à redução do ruído. Cientistas de um projeto de investigação europeu e chinês estão a tentar tirar proveito dessas vantagens. Eles criaram materiais ecoeficientes, feitos com fibras de linho, fibras de carbono recicladas e resinas biológicas. As formas de fazê-los são modificadas para que se aproximem das necessidades dos materiais dos aviões.

"A qualidade mais importante que gostaríamos de melhorar nesses materiais é a inflamabilidade; também queremos mudar as características mecânicas aumentando a aderência entre as fibras e a resina, e estamos sempre a tentar garantir que os novos materiais sejam mais leves do que os que temos agora", adiante Jens Bachmann.

Porto, Portugal: Laboratório do INEGI

As amostras de materiais de origem biológica, recém-produzidas, são cuidadosamente estudadas para se entender o seu comportamento em condições de voo. Este sistema de teste mostra o campo de deformação da uma amostra sob condições complexas de carga. Com base nesse conhecimento, os investigadores podem simular essas condições, em vários elementos do interior dos aviões, em modelos em computador, antes de os experimentarem nos aviões.

"Precisamos de conhecer os limites deste material antes de usá-lo em aplicações normais, porque precisamos que seja seguro", explica Carmen Sguazzo, investigadora do INEG.

A inflamabilidade é outra grande preocupação. A segurança dos ageiros exige que todos os materiais internos resistam ao fogo. Neste teste, um novo composto de origem biológica, à esquerda, resiste ao fogo, enquanto a cortiça, outro material de base biológica utilizável para compósitos, é inflamável. As fibras naturais são altamente inflamáveis, por isso os investigadores estão à procura de soluções:

"Aquilo em que nos temos centrado, nesta investigação, é a resistência destes materiais ao fogo - o que podemos fazer? Como melhorá-la? Vamos colocar proteções na superfície? Aditivos dentro da resina de modo a que ela não arda? Esse é o foco de investigação neste projeto", refere Jacques Cinquin, perito sénior em materiais compósitos.

Os parceiros chineses do projeto estão a desenvolver alguns dos compostos de origem biológica que são testados em laboratórios europeus, em estreita interação com os fabricantes de aeronaves.

"Trabalhamos com a Airbus, por exemplo, e também com a indústria de aviação chinesa para mostrar os novos materiais de origem biológica. São uma boa combinação: boa para o meio ambiente, para os recursos e para aplicação na aviação", frisa Xiaosu Yi, outro dos coordenadores do Eco-Com.

Substituir todos os interiores dos aviões por materiais mais ecológicos pode ser uma meta para um futuro distante. Mas modificá-los, para que incluam alguns componentes naturais, produzidos de forma mais competitiva, pode acontecer já nas próximas décadas.

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