O secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, elogiou a Polónia como um "aliado modelo da NATO" durante a sua primeira visita a Varsóvia, na sexta-feira. Hegseth reuniu-se com o presidente Andrzej Duda e com o vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa Nacional Władysław Kosiniak-Kamysz.
O recém-nomeado secretário da Defesa de Donald Trump, Pete Hegseth, fez a sua primeira visita ao estrangeiro na sexta-feira, onde participou em conversações com o presidente e o vice-primeiro-ministro da Polónia.
"É muito oportuno que a nossa primeira [visita] bilateral europeia tenha lugar aqui na Polónia" - disse Hegseth após as conversações. "Vemos a Polónia como um aliado exemplar no continente, disposto a investir não só na nossa própria defesa, mas também na nossa defesa comum" - acrescentou.
A Polónia é o país da NATO com as despesas mais elevadas em matéria de defesa, tendo afetado em 2024, 4,2 por cento do PIB para este efeito. Este ano, prevê-se que esta despesa aumente para 4,7%.
Kosiniak-Kamysz afirmou no ado que a Polónia poderia ser "o elo transatlântico entre este desafio, lançado pelo presidente Trump, e a sua implementação na Europa". Kosiniak-Kamysz também apoiou a proposta de Trump de que todos os países membros da NATO devem gastar 5% do seu PIB na defesa.
"Precisamos de um roteiro claro", disse, acrescentando que "o objetivo deve ser um aumento anual radical das despesas com a defesa para atingir 5% do PIB".
Kosiniak-Kamysz reconheceu, no entanto, que nem todos os países serão capazes de atingir o objetivo neste momento, especialmente aqueles que gastam atualmente 2% do seu PIB na defesa.
As despesas da Polónia com a defesa aumentaram acentuadamente desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 2022, ando de 1,88% do PIB em 2014 para 2,23% em 2023, prevendo-se novos aumentos.
Os EUA e a Polónia são aliados militares próximos, com cerca de 8 000 soldados americanos atualmente estacionados na Polónia.
Em 2019, o presidente Andrzej Duda e o presidente Trump, que estava então a cumprir o seu primeiro mandato, am um acordo de defesa para estacionar 1000 tropas na Polónia numa base rotativa. A partir de 2023. Os EUA têm uma base militar estabelecida na Polónia.
Agora, os líderes dos dois países esperam poder continuar a cooperação no domínio da defesa. A Polónia compreende que a existência de exércitos fortes é um fator importante para o desenvolvimento económico e social do país.
"A Polónia compreende o seguinte: exércitos fortes impedem a guerra", afirmou Hegseth, depois de se encontrar com o seu homólogo polaco, numa declaração à Plataforma X, na qual também apelidou a Polónia de "Estado da linha da frente da NATO".