{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/02/05/diretor-geral-da-agencia-da-onu-para-o-nuclear-vai-a-moscovo-alertar-para-consequencias-do" }, "headline": "Diretor-geral da ag\u00eancia da ONU para o nuclear vai a Moscovo alertar para consequ\u00eancias dos ataques \u00e0 Ucr\u00e2nia", "description": "A guerra da R\u00fassia na Ucr\u00e2nia faz temer uma cat\u00e1strofe nuclear, uma vez que a central nuclear de Zaporizhzhia tem sido repetidamente apanhada no fogo cruzado dos combates.", "articleBody": "O diretor-geral da Ag\u00eancia Internacional de Energia At\u00f3mica (AIEA) das Na\u00e7\u00f5es Unidas afirmou que ir\u00e1 visitar Moscovo nos pr\u00f3ximos dias para falar com as autoridades sobre os persistentes ataques da R\u00fassia \u00e0s infraestruturas energ\u00e9ticas da Ucr\u00e2nia, que amea\u00e7am a seguran\u00e7a nuclear.\u0022Desde o in\u00edcio desta guerra que tenho insistido e conseguido manter um canal de comunica\u00e7\u00e3o muito aberto com Kiev e Moscovo. Encontrei-me v\u00e1rias vezes com o presidente Putin, com o ministro Lavrov e com o diretor-executivo da Rosatom, com os militares e com o regulador nuclear. E penso que isto \u00e9 essencial\u0022, disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, aos jornalistas. Grossi itiu mesmo que houve situa\u00e7\u00f5es limite na maior central nuclear da Europa,em Zaporizhzhia, que est\u00e1 sob ocupa\u00e7\u00e3o russa.O diretor-geral da AIEA n\u00e3o condenou nenhuma das partes pelos ataques \u00e0 central, afirmando que, por se encontrar t\u00e3o perto da linha da frente, era dif\u00edcil determinar sobre qual dos lados reca\u00eda a responsabilidade.Mais de metade da energia el\u00e9trica da Ucr\u00e2nia \u00e9 gerada por tr\u00eas centrais nucleares e a R\u00fassia tem amea\u00e7ado cada vez mais a sua capacidade de funcionamento.A central de Zaporizhzhia, que n\u00e3o est\u00e1 sob o controlo da Ucr\u00e2nia, no sudeste do pa\u00eds, foi ocupada pela R\u00fassia nos primeiros dias da invas\u00e3o em grande escala. \u00c9 uma das dez maiores centrais nucleares do mundo.Grossi visitou uma subesta\u00e7\u00e3o el\u00e9trica na regi\u00e3o de Kiev, na Ucr\u00e2nia, na ter\u00e7a-feira, e afirmou que os danos causados a essas instala\u00e7\u00f5es essenciais da rede el\u00e9trica durante a guerra representam uma amea\u00e7a para a seguran\u00e7a nuclear, uma vez que podem perturbar os procedimentos vitais de arrefecimento das centrais at\u00f3micas.O presidente da Ucr\u00e2nia, Volodymyr Zelenskyy, dirigiu-se a Grossi durante a visita: \u0022Viram os resultados destes ataques regulares com m\u00edsseis da Federa\u00e7\u00e3o Russa contra o nosso sistema energ\u00e9tico. Sabe que em nenhuma circunst\u00e2ncia se deve disparar contra uma central nuclear. Sei que as mensagens correspondentes foram publicadas por si e para a Federa\u00e7\u00e3o Russa, e sei tamb\u00e9m que comunicou, no Kremlin, com Putin, dizendo-lhe para n\u00e3o o fazer\u0022.Zelenskyy afirmou ainda que a R\u00fassia \u0022fez ref\u00e9ns\u0022 dois engenheiros ucranianos que trabalhavam na central de Zaporizhzhia e que \u0022foram hoje colocados atr\u00e1s das grades porque supostamente tinham conte\u00fados ucranianos nos seus telem\u00f3veis\u0022.A R\u00fassia tem tentado repetidamente destruir a rede el\u00e9trica da Ucr\u00e2nia, privando o pa\u00eds de calor, eletricidade e tamb\u00e9m \u00e1gua corrente, numa tentativa de quebrar o esp\u00edrito ucraniano. Os ataques tamb\u00e9m tentaram perturbar a ind\u00fastria de defesa da Ucr\u00e2nia.A guerra fez temer uma cat\u00e1strofe nuclear, uma vez que Zaporizhzhia foi repetidamente apanhada no fogo cruzado dos combates e, embora os seus seis reatores tenham sido encerrados h\u00e1 meses, continua a precisar de energia e de pessoal qualificado para operar sistemas de arrefecimento cruciais e outras carater\u00edsticas de seguran\u00e7a.A R\u00fassia tem atacado subesta\u00e7\u00f5es de eletricidade, o que tamb\u00e9m pode amea\u00e7ar a seguran\u00e7a nuclear.Segundo Grossi, quando as subesta\u00e7\u00f5es que fornecem eletricidade \u00e0s centrais nucleares s\u00e3o danificadas ou deixam de funcionar, os geradores de emerg\u00eancia a gas\u00f3leo das centrais nucleares tornam-se a \u0022\u00faltima linha de defesa\u0022 contra a cat\u00e1strofe.", "dateCreated": "2025-02-04T21:59:10+01:00", "dateModified": "2025-02-05T08:01:16+01:00", "datePublished": "2025-02-05T08:01:16+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F03%2F11%2F14%2F1440x810_cmsv2_9f18311c-0a7d-5119-a8d4-5085b016e267-9031114.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "O Diretor-Geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, e o Ministro da Energia da Ucr\u00e2nia, Herman Galushchenko, observam transformadores danificados numa subesta\u00e7\u00e3o de Kiev.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F03%2F11%2F14%2F432x243_cmsv2_9f18311c-0a7d-5119-a8d4-5085b016e267-9031114.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Diretor-geral da agência da ONU para o nuclear vai a Moscovo alertar para consequências dos ataques à Ucrânia

O Diretor-Geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, e o Ministro da Energia da Ucrânia, Herman Galushchenko, observam transformadores danificados numa subestação de Kiev.
O Diretor-Geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, e o Ministro da Energia da Ucrânia, Herman Galushchenko, observam transformadores danificados numa subestação de Kiev. Direitos de autor AP Photo/Efrem Lukatsky
Direitos de autor AP Photo/Efrem Lukatsky
De Euronews com AP
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A guerra da Rússia na Ucrânia faz temer uma catástrofe nuclear, uma vez que a central nuclear de Zaporizhzhia tem sido repetidamente apanhada no fogo cruzado dos combates.

PUBLICIDADE

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) das Nações Unidas afirmou que irá visitar Moscovo nos próximos dias para falar com as autoridades sobre os persistentes ataques da Rússia às infraestruturas energéticas da Ucrânia, que ameaçam a segurança nuclear.

"Desde o início desta guerra que tenho insistido e conseguido manter um canal de comunicação muito aberto com Kiev e Moscovo. Encontrei-me várias vezes com o presidente Putin, com o ministro Lavrov e com o diretor-executivo da Rosatom, com os militares e com o regulador nuclear. E penso que isto é essencial", disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, aos jornalistas. Grossi itiu mesmo que houve situações limite na maior central nuclear da Europa,em Zaporizhzhia, que está sob ocupação russa.

O diretor-geral da AIEA não condenou nenhuma das partes pelos ataques à central, afirmando que, por se encontrar tão perto da linha da frente, era difícil determinar sobre qual dos lados recaía a responsabilidade.

Mais de metade da energia elétrica da Ucrânia é gerada por três centrais nucleares e a Rússia tem ameaçado cada vez mais a sua capacidade de funcionamento.

A central de Zaporizhzhia, que não está sob o controlo da Ucrânia, no sudeste do país, foi ocupada pela Rússia nos primeiros dias da invasão em grande escala. É uma das dez maiores centrais nucleares do mundo.

Bombeiros apagam um incêndio na sequência de um ataque com mísseis russos ao sistema energético ucraniano, em Dnipropetrovsk.
Bombeiros apagam um incêndio na sequência de um ataque com mísseis russos ao sistema energético ucraniano, em Dnipropetrovsk.Serviços de Emergência da Ucrânia via AP

Grossi visitou uma subestação elétrica na região de Kiev, na Ucrânia, na terça-feira, e afirmou que os danos causados a essas instalações essenciais da rede elétrica durante a guerra representam uma ameaça para a segurança nuclear, uma vez que podem perturbar os procedimentos vitais de arrefecimento das centrais atómicas.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, dirigiu-se a Grossi durante a visita: "Viram os resultados destes ataques regulares com mísseis da Federação Russa contra o nosso sistema energético. Sabe que em nenhuma circunstância se deve disparar contra uma central nuclear. Sei que as mensagens correspondentes foram publicadas por si e para a Federação Russa, e sei também que comunicou, no Kremlin, com Putin, dizendo-lhe para não o fazer".

Zelenskyy afirmou ainda que a Rússia "fez reféns" dois engenheiros ucranianos que trabalhavam na central de Zaporizhzhia e que "foram hoje colocados atrás das grades porque supostamente tinham conteúdos ucranianos nos seus telemóveis".

A Rússia tem tentado repetidamente destruir a rede elétrica da Ucrânia, privando o país de calor, eletricidade e também água corrente, numa tentativa de quebrar o espírito ucraniano. Os ataques também tentaram perturbar a indústria de defesa da Ucrânia.

A guerra fez temer uma catástrofe nuclear, uma vez que Zaporizhzhia foi repetidamente apanhada no fogo cruzado dos combates e, embora os seus seis reatores tenham sido encerrados há meses, continua a precisar de energia e de pessoal qualificado para operar sistemas de arrefecimento cruciais e outras caraterísticas de segurança.

A Rússia tem atacado subestações de eletricidade, o que também pode ameaçar a segurança nuclear.

Segundo Grossi, quando as subestações que fornecem eletricidade às centrais nucleares são danificadas ou deixam de funcionar, os geradores de emergência a gasóleo das centrais nucleares tornam-se a "última linha de defesa" contra a catástrofe.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Chefe da diplomacia britânica em Kiev para anunciar novo pacote de ajuda à Ucrânia

Na linha da frente: em pleno campo de batalha pela cidade-chave da Ucrânia, Pokrovsk

Rússia e Ucrânia acusam-se mutuamente sobre ataque a uma escola na região russa de Kursk