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A desinformação na entrevista feita por Tucker Carlson a Vladimir Putin

Putin entrevistado por Tucker Carlson
Putin entrevistado por Tucker Carlson Direitos de autor (Gavriil Grigorov, Sputnik Pool Photo via AP)
Direitos de autor (Gavriil Grigorov, Sputnik Pool Photo via AP)
De James Thomas
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O presidente Vladimir Putin fez muitas afirmações contestadas sobre a guerra da Rússia contra a Ucrânia na entrevista que deu ao antigo apresentador da Fox, Tucker Carlson. O The Cube analisa em pormenor a desinformação das declarações.

A entrevista de Vladimir Putin a Tucker Carlson, antigo apresentador da Fox News, foi notícia em todo o mundo, mas não pelas razões certas.

Não só o presidente russo repetiu declarações falsas sobre a guerra na Ucrânia, como uma série de outras afirmações falsas sobre a forma como Carlson conseguiu a entrevista inundaram as redes sociais.

Na entrevista polémica, Putin voltou a afirmar que a Ucrânia começou a guerra e que a Rússia quer acabar com ela. Mas isto não é verdade: a Rússia começou a guerra em 2014, quando anexou a Crimeia e mais tarde ocupou partes das regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk.

A Rússia iniciou então a invasão total da Ucrânia em fevereiro de 2022, apesar das repetidas garantias de Putin de que não estava a planear tal coisa.

Desde então, a Rússia tem ignorado os pedidos da ONU e do Tribunal Internacional de Justiça para se retirar.

A Ucrânia é um Estado soberano

Nos primeiros 30 minutos da entrevista, Putin argumentou contra a soberania da Ucrânia e afirmou que o país era, historicamente, parte da Rússia.

Mas é um facto que a Ucrânia é um Estado soberano, reconhecido pelos membros da ONU, incluindo a própria Rússia. A história secular da Ucrânia está estabelecida.

Putin também afirmou que o conflito é necessário para aquilo a que chamou de "desnazificar a Ucrânia", para proteger os falantes de russo, e disse ainda que os ucranianos se consideram russos, o que é falso.

A Ucrânia mantém-se firme na libertação de todo o território ocupado e na prossecução do seu próprio caminho, rejeitando qualquer interferência russa.

Alegações falsas de Carlson

Não foi apenas Putin a fazer afirmações falsas. Ao anunciar a entrevista, Carlson disse que era o único jornalista ocidental a tentar ar Putin desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia. E isto não é verdade: não só vários jornalistas afirmaram que os seus pedidos para entrevistar Putin foram repetidamente rejeitados, como até o Kremlin refutou a afirmação.

De acordo com a imprensa russa, o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse que Carlson estava errado e que recebem muitos pedidos de entrevistas com Putin.

Nas redes sociais, sugeria-se que Carlson fora colocado na "lista de morte" da Ucrânia em resultado da entrevista: "tweets" vistos milhões de vezes alegam que Carlson foi colocado na lista de morte Myrotvorets após a entrevista com Putin.

A lista Myrotvorets é um projeto independente que tem por objetivo manter um registo dos supostos inimigos da Ucrânia.

Embora algumas pessoas tenham morrido depois de os seus dados terem sido publicados na lista, não há qualquer ligação comprovada entre as duas coisas.

Carlson estava nesta lista antes da entrevista e não houve qualquer apelo à violência contra ele.

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