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UE desmente que vá sancionar Tucker Carlson por entrevistar Putin

O ex-âncora da Fox News Tucker Carlson
O ex-âncora da Fox News Tucker Carlson Direitos de autor Lynne Sladky/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Lynne Sladky/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
De Mared Gwyn Jones
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A Comissão Europeia refutou relatos de que pondera sancionar o norte-americano Tucker Carlson pela sua entrevista ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, gravada em Moscovo.

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 “Atualmente não há discussões nos órgãos relevantes da União Europeia ligados a essa pessoa norte-americana que está em Moscovo”, disse, quinta-feira, Peter Stano, porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

Stano sublinhou que o bloco pode adicionar á lista de sancionados os “propagandistas” que têm “um histórico contínuo” de manipulação de informação destinada a minar a “soberania e a integridade territorial da Ucrânia”, desde que se cumpra o processo formal nesse sentido.

O esclareciemento surgiu depois de uma série viral de comentários na Internet, na quarta-feira, sobre alegações de que a UE ponderar proibir a entrada no seu etrritório de Tucker Carlson, ex-jornalista da cadeia de TV Fox News, depois de o Kremlin ter confirmado que tinha entrevistado o presidente Vladimir Putin.

Esta é a primeira entrevista de Putin a um repórter ocidental desde que este lançou a guerra em larga escala contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

A alegação foi noticiada pela revista norte-americana Newsweek, com base em comentários feitos por um atual membro do do Parlamento Europeu, Guy Verhofstadt (liberal, Bélgica), e um ex-membro, Luis Garicano (centro-direita, Espanha). 

Ambos apelaram apelaram aos Estados-membros da UE para considerarem aplicar sanções contra Carlson, acusando-o de atuar como “porta-voz” e “propagandista” do regime de Putin.

Verhofstadt disse, no início desta semana, na rde social X, que se Carlson “permitir a desinformação para Putin”, a UE deveria “explorar” uma proibição de viagens.

O post de Musk

Os comentários de eurodeputados que não têm competência para propor ou aprovar sanções, foram amplificadas pelo proprietário da rede social X, Elon Musk, que descreveu as alegações como “perturbadoras” e uma medida que “ofenderia grandemente o público americano”. 

O post de Musk angariou mais de 25 milhões de visualizações.

Respondendo a de Elon Musk de que as medidas da UE contra Carlson “ofenderiam” o público dos EUA, Verhofstadt partilhou uma foto do repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, atrás das grades, num julgamento em Moscovo, dizendo “é assim que um verdadeiro jornalista aparece na Rússia”.

“Isso deve ofender muito o povo americano!”, disse Verhofstadt.

A plataforma X de Musk, anteriormente conhecida como Twitter, está sob **processo judicial **da UE por infrações da Lei dos Serviços Digitais, relacionadas com a disseminação de desinformação e conteúdos ilegais.

Como são decididas as sanções da UE?

As sanções contras pessoas e empresas são determinadas pelo braço diplomático da UE, o Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), de acordo com o perigo que representam para a segurança, interesses ou valores fundamentais da UE.

As discussões sobre as sanções são altamente confidenciais e envolvem uma grande negociação entre a Comissão Europeia e os governos dos 27 países, até que seja acordada uma lista final.

Nos últimos dois anos, desde a invasão da Ucrânia, o bloco adotou doze rondas de sanções contra a Rússia, incluindo proibições de viagens e congelamento de ativos a quase dois mil indivíduos e entidades, incluindo bancos, partidos políticos e organizações de comunicação social.

Os indivíduos da lista negra englobam o Presidente Putin e um amplo círculo dos seus associados mais próximos, ministros e oligarcas.

Stano disse que sanções a jornalistas e a meios de comunicação social podem ser propostas por governos que devem então “apoiá-la com provas” antes que uma decisão possa ser adotada, com o apoio unânime de todos os 27 Estados-membros.

Uma série de organizações de comunicação social apoiadas pelo Kremlin, como a Sputnik e a Russia Today, já não podem ser transmitidas em todo o território da UE em resultado de medidas restritivas.

Stano explicou que Putin é um “mentiroso crónico” e que a manipulação de informação do Kremlin e de outros atores estatais e não estatais é dirigida à UE.

A entrevista de Carlson a Putin devrá ser transmitida esta quinta-feira.

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