{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2023/09/06/ue-deve-esforcar-se-na-corrida-as-tecnologias-para-transicao-ecologica" }, "headline": "UE deve esfor\u00e7ar-se na corrida \u00e0s tecnologias para transi\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica", "description": "A Uni\u00e3o Europeia (UE) ainda n\u00e3o ficou para tr\u00e1s na corrida mundial \u00e0s tecnologias de emiss\u00f5es l\u00edquidas nulas, apesar dos receios de uma perda de competitividade.", "articleBody": "Embora a China seja claramente l\u00edder na utiliza\u00e7\u00e3o de tecnologias para a obten\u00e7\u00e3o de energia de fontes renov\u00e1veis e para fabricar ve\u00edculos el\u00e9tricos, a UE n\u00e3o fica muito atr\u00e1s, de acordo com um novo estudo publicado pela Strategic Perspectives , um grupo de reflex\u00e3o centrado na a\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica, sedeado em Bruxelas. No ano ado, o bloco tinha a maior quota de produ\u00e7\u00e3o de eletricidade e\u00f3lica e solar entre as principais economias do mundo. A UE tem, tamb\u00e9m, a maior utiliza\u00e7\u00e3o de autom\u00f3veis el\u00e9tricos per capita em compara\u00e7\u00e3o com outras grandes economias e est\u00e1 a adiantar-se aos seus concorrentes no investimento em bombas de calor, uma alternativa mais limpa \u00e0s caldeiras a g\u00e1s, carv\u00e3o e combust\u00edvel. O estudo utiliza dados sobre a produ\u00e7\u00e3o e o investimento para apresentar uma compara\u00e7\u00e3o in\u00e9dita da implanta\u00e7\u00e3o de tecnologias ligadas \u00e0 transi\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica em cinco grandes economias: China, Uni\u00e3o Europeia, Estados Unidos, Jap\u00e3o e \u00cdndia. Os autores argumentam que, ao investir em tecnologias verdes, os pa\u00edses podem aumentar a sua vantagem competitiva e garantir benef\u00edcios sociais e econ\u00f3micos para as suas popula\u00e7\u00f5es. O estudo elogia a UE por ter iniciado o Pacto Ecol\u00f3gico Europeu, um quadro de pol\u00edticas para alcan\u00e7ar, em 2050, a neutralidade de emiss\u00f5es de gases poluentes, que causam altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas. Ao faz\u00ea-lo \u0022no momento certo\u0022, ajudou a refor\u00e7ar a posi\u00e7\u00e3o do bloco face \u00e0 China, um poderoso produtor de pain\u00e9is solares e ve\u00edculos el\u00e9tricos. A concorr\u00eancia vinda dos EUA No entanto, a UE precisa de \u0022aumentar a produ\u00e7\u00e3o interna e o apoio financeiro a estas tecnologias nos pr\u00f3ximos anos\u0022, caso contr\u00e1rio corre o risco de ficar para tr\u00e1s. Os dados tamb\u00e9m confirmam que a Lei de Redu\u00e7\u00e3o da Infla\u00e7\u00e3o (IRA), o programa de cr\u00e9ditos fiscais e descontos no valor de quase 400 mil milh\u00f5es de d\u00f3lares, aprovado pelo governo dos EUA, em 2022. O programa visa incentivar o fabrico nacional de tecnologia para a transi\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica e pode impulsionar o desempenho econ\u00f3mico dos Estados Unidos. A estrat\u00e9gia dos EUA alimentou o receio de que as empresas da UE se desloquem para o outro lado do Oceano Atl\u00e2ntico, a fim de beneficiarem dos generosos subs\u00eddios, desferindo um golpe fatal na competitividade do bloco e na lideran\u00e7a mundial em mat\u00e9ria de a\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica. O p\u00e2nico \u00e9 tal que a Comiss\u00e3o Europeia se viu obrigada a apresentar, em tempo recorde, uma nova estrat\u00e9gia industrial para aumentar drasticamente a produ\u00e7\u00e3o interna de tecnologia que combatam as emiss\u00f5es poluentes,\u00a0 nomeadamente de di\u00f3xido de carbono. Esse plano, que ainda est\u00e1 a ser negociado, complementa um quadro jur\u00eddico que facilita aos Estados-membros a atribui\u00e7\u00e3o de subs\u00eddios para estes setores. O relat\u00f3rio da Strategic Perspectives oferece uma r\u00e9stia de esperan\u00e7a: o Pacto Ecol\u00f3gico \u0022pode tornar-se a melhor resposta estrat\u00e9gica \u00e0s m\u00faltiplas crises que a Europa enfrenta, melhorando a sua seguran\u00e7a energ\u00e9tica, restaurando a sua competitividade e protegendo os agregados familiares das elevadas facturas de energia\u0022, afirma. Linda Kalcher, directora da Strategic Perspectives, disse \u00e0 Euronews que \u0022cabe \u00e0 pr\u00f3xima Comiss\u00e3o\u0022 levar o Pacto Ecol\u00f3gico para o n\u00edvel seguinte. \u0022\u00c9 fundamental que se intensifique, especialmente porque vimos como a Lei de Redu\u00e7\u00e3o da Infla\u00e7\u00e3o trouxe os EUA de novo para a linha da frente\u0022, acrescentou, acrescentando que \u0022h\u00e1 uma amea\u00e7a real de que a UE fique atr\u00e1s dos EUA\u0022. ", "dateCreated": "2023-09-06T09:51:55+02:00", "dateModified": "2023-09-06T18:20:51+02:00", "datePublished": "2023-09-06T18:20:49+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F87%2F36%2F98%2F1440x810_cmsv2_f84308c1-d8aa-5771-a83f-3880b0a09a73-7873698.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "No ano ado, tinha a maior quota de produ\u00e7\u00e3o de eletricidade e\u00f3lica e solar das principais economias mundiais", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F87%2F36%2F98%2F432x243_cmsv2_f84308c1-d8aa-5771-a83f-3880b0a09a73-7873698.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Lory", "givenName": "Gregoire", "name": "Gregoire Lory", "url": "/perfis/1112", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue fran\u00e7aise " } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

UE deve esforçar-se na corrida às tecnologias para transição ecológica

No ano ado, tinha a maior quota de produção de eletricidade eólica e solar das principais economias mundiais
No ano ado, tinha a maior quota de produção de eletricidade eólica e solar das principais economias mundiais Direitos de autor Mel Evans/AP2008
Direitos de autor Mel Evans/AP2008
De Gregoire Lory
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A União Europeia (UE) ainda não ficou para trás na corrida mundial às tecnologias de emissões líquidas nulas, apesar dos receios de uma perda de competitividade.

PUBLICIDADE

Embora a China seja claramente líder na utilização de tecnologias para a obtenção de energia de fontes renováveis e para fabricar veículos elétricos, a UE não fica muito atrás, de acordo com um novo estudo publicado pela Strategic Perspectives, um grupo de reflexão centrado na ação climática, sedeado em Bruxelas.

No ano ado, o bloco tinha a maior quota de produção de eletricidade eólica e solar entre as principais economias do mundo.

A UE tem, também, a maior utilização de automóveis elétricos per capita em comparação com outras grandes economias e está a adiantar-se aos seus concorrentes no investimento em bombas de calor, uma alternativa mais limpa às caldeiras a gás, carvão e combustível.

O estudoutiliza dados sobre a produção e o investimento para apresentar uma comparação inédita da implantação de tecnologias ligadas à transição ecológica em cinco grandes economias: China, União Europeia, Estados Unidos, Japão e Índia.

Os autores argumentam que, ao investir em tecnologias verdes, os países podem aumentar a sua vantagem competitiva e garantir benefícios sociais e económicos para as suas populações.

O estudo elogia a UE por ter iniciado o Pacto Ecológico Europeu, um quadro de políticas para alcançar, em 2050, a neutralidade de emissões de gases poluentes, que causam alterações climáticas. Ao fazê-lo "no momento certo", ajudou a reforçar a posição do bloco face à China, um poderoso produtor de painéis solares e veículos elétricos.

A concorrência vinda dos EUA

No entanto, a UE precisa de "aumentar a produção interna e o apoio financeiro a estas tecnologias nos próximos anos", caso contrário corre o risco de ficar para trás.

Os dados também confirmam que a Lei de Redução da Inflação (IRA), o programa de créditos fiscais e descontos no valor de quase 400 mil milhões de dólares, aprovado pelo governo dos EUA, em 2022. O programa visa incentivar o fabrico nacional de tecnologia para a transição climática e pode impulsionar o desempenho económico dos Estados Unidos.

A estratégia dos EUA alimentou o receio de que as empresas da UE se desloquem para o outro lado do Oceano Atlântico, a fim de beneficiarem dos generosos subsídios, desferindo um golpe fatal na competitividade do bloco e na liderança mundial em matéria de ação climática.

O pânico é tal que a Comissão Europeia se viu obrigada a apresentar, em tempo recorde, uma nova estratégia industrial para aumentar drasticamente a produção interna de tecnologia que combatam as emissões poluentes,  nomeadamente de dióxido de carbono.

Esse plano, que ainda está a ser negociado, complementa um quadro jurídico que facilita aos Estados-membros a atribuição de subsídios para estes setores.

O relatório da Strategic Perspectives oferece uma réstia de esperança: o Pacto Ecológico "pode tornar-se a melhor resposta estratégica às múltiplas crises que a Europa enfrenta, melhorando a sua segurança energética, restaurando a sua competitividade e protegendo os agregados familiares das elevadas facturas de energia", afirma.

Linda Kalcher, directora da Strategic Perspectives, disse à Euronews que "cabe à próxima Comissão" levar o Pacto Ecológico para o nível seguinte.

"É fundamental que se intensifique, especialmente porque vimos como a Lei de Redução da Inflação trouxe os EUA de novo para a linha da frente", acrescentou, acrescentando que "há uma ameaça real de que a UE fique atrás dos EUA".

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Lei das Matérias-Primas Críticas com metas para soberania industrial da UE

UE flexibiliza regras de subsídios para empresas de tecnologia limpa

Europa teme êxodo industrial para os EUA