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Desaparecem 250 mil crianças na Europa por ano

Desaparecem 250 mil crianças na Europa por ano
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Depois dos casos Marc Dutroux e Maddie, será que a Europa conseguiu reforçar os mecanismos para enfrentar o desaparecimento de uma criança? Existe realmente uma coordenação eficaz entre autoridades?

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Todos os anos, cerca de 250 mil crianças são dadas como desaparecidas na Europa. Há uma linha de emergência – o 116000 – que se tem revelado eficaz na descoberta do paradeiro de algumas delas. No balanço, incluem-se crianças que fugiram de zonas de conflito ou que foram levadas por um dos progenitores, por exemplo.

O financiamento da União Europeia ao serviço de emergência vai terminar este ano. A responsabilidade vai ar a pertencer a cada Estado-membro.

Os casos Marc Dutroux e Maddie tornaram a Europa mais vigilante. Mas será que a cooperação entre as autoridades e os movimentos civis funciona realmente?

Como convidados, no Parlamento Europeu, tivemos: Delphine Moralis, secretária-geral da Missing Children Europe, uma rede que reúne 30 ONG de 24 países; Catherine Bearder, eurodeputada pela Aliança dos Liberais e Democratas e Alain Remue, responsável pela unidade de desaparecidos da Polícia Federal Belga.

Delphine Moralis sublinha que há aqui “uma questão muito importante: crianças refugiadas, sozinhas, que desaparecem. Cerca de 50% destas crianças desaparece nas primeiras 48 horas após chegarem a um país da União Europeia.” Por outro lado, realça, “o medo não é a motivação certa. Temos de garantir que as crianças têm noção do seu próprio poder, têm auto-confiança. Os casos que conhecemos através das linhas de emergência, e através da polícia, dizem-nos que apenas 1% deles tem a ver com sequestros cometidos por terceiros.”

Em relação ao corte do financiamento atribuído pela Comissão Europeia à linha de emergência, Catherine Bearder considera que “as pessoas que precisam de ajuda vão ligar e não vai haver ninguém do outro lado da linha para atender. No quadro do orçamento europeu, este financiamento é reduzido. Para algumas pessoas, 4,5 milhões de euros em dois anos pode parecer muito dinheiro, mas é o equivalente à viagem de uma semana que os eurodeputados fazem de Bruxelas para a sessão plenária em Estrasburgo. Eu conheço muitos eurodeputados que dariam de bom grado esse dinheiro para ajudar…Se fosse o seu filho, se fosse um filho meu, não deixava pedra sobre pedra até o encontrar.”

Para Alain Remue, “alguns dos casos acabam mal e isso transmite a ideia de que as coisas não funcionam bem. Existe uma unidade de pessoas desaparecidas na polícia federal belga. Era ótimo se cada Estado-membro tivesse uma unidade especializada. (…) As primeiras horas são essenciais. Cada caso é diferente, mas o tempo e a comunicação são cruciais. Tudo parte daí.”

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