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Um barril de pólvora chamado Balcãs

Um barril de pólvora chamado Balcãs
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As tensões étnicas, as dificuldades económicas, a integração europeia... Estão os países dos Balcãs novamente à beira do precipício?

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Nos Balcãs, a crise do governo macedónio ameaça degenerar num conflito étnico. Um grupo de extremistas albaneses lançou um ataque mortal contra uma esquadra de polícia.

O Kosovo enfrenta uma saída em massa das novas gerações e a economia decai perante a corrupção entre os governantes. A Sérvia continua a recusar reconhecer-lhe a independência.

Na Bósnia, a cooperação entre os líderes sérvios, croatas e muçulmanos ainda não é uma realidade.

Para debater estas questões, convidámos Dalibor Matanic, realizador croata, vencedor do prémio do júri na secção Un Certain Regard no Festival de Cannes deste ano, pelo filme “The High Sun”; Tonino Picula, eurodeputado socialista da Croácia, responsável pela Delegação para as Relações com a Bósnia-Herzegovina e o Kosovo; e Rosa Balfour, especialista do Programa Europeu do Fundo Marshall Alemão.

Para Dalibor Matanic, “o grande problema são as gerações mais novas, que não viveram a guerra, que nasceram em 1996 ou 1997, mas que cresceram no meio do ódio. Isto acontece em toda a ex-Jugoslávia, sobretudo na Croácia, na Sérvia e na Macedónia. (…) A Bósnia é um símbolo da ex-Jugoslávia. É um país multicultural que viveu uma guerra dentro de portas. É por isso que foi na Bósnia que aconteceram os maiores horrores dessa guerra. Daí que o mais importante seja a tolerância e o diálogo.”

O eurodeputado Tonino Picula salienta que “é evidente que os acordos de Dayton foram uma base excelente para um cessar-fogo. Mas não funcionaram no que toca à criação de um Estado multiétnico. O futuro da Bósnia na Europa é incerto. Creio que estamos à procura do melhor caminho para levar a Bósnia da era Dayton para a era Bruxelas. Se me perguntarem o que deve ser feito, posso apontar a reforma do sistema constitucional.”

Segundo Rosa Balfour, “tem de haver um compromisso com os políticos e as sociedades dos Balcãs. Mas é, de facto, verdade que nenhum dos países dos Balcãs está preparado para aderir à União Europeia num futuro próximo. (…) Acredito que é possível fazer muito mais ao nível social, ao nível dos jovens, de forma a aproximá-los mais dos europeus. Uma das iniciativas mais importantes que a União Europeia tomou foi a liberalização dos vistos. O caminho está numa maior mobilidade, mais trocas, mais diálogo.”

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