{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2013/05/13/sou-cidadao-europeu-e-agora" }, "headline": "Sou cidad\u00e3o europeu e agora?", "description": "Sou cidad\u00e3o europeu e agora?", "articleBody": "Ser um cidad\u00e3o europeu \u00e9 muito mais do que residir num pa\u00eds da Uni\u00e3o Europeia. H\u00e1 deveres e direitos que v\u00eam com esse t\u00edtulo. Existem contudo muitas portas fechadas quando \u00e9 necess\u00e1rio reclamar esses direitos. Identificar e derrubar esses obst\u00e1culos \u00e9 o objetivo do segundo Relat\u00f3rio sobre Cidadania Europeia, que acaba de ser publicado.Existem 26 milh\u00f5es de pessoas de desempregados em toda a Europa. Mais de 6 milh\u00f5es s\u00e3o espanh\u00f3is. Em Portugal, por outro lado, segundo um estudo recente do Instituto Nacional de Estat\u00edsticas, o n\u00famero de desempregados voltou a subir neste primeiro trimestre de 2013 e cifra-se agora nos 950 mil, o que representa 17,7 por cento da popula\u00e7\u00e3o ativa \u2013 destes, 42 por cento s\u00e3o jovens. A Gr\u00e9cia tem a pior taxa de desemprego da Uni\u00e3o Europeia com mais de 64 por cento da popula\u00e7\u00e3o ativa sem trabalho. A Espanha surge logo a seguir, com 57,2 por cento. \u00c9 dram\u00e1tico. E ainda mais entre os jovens, que representam mais de 57 por cento dos desempregados espanh\u00f3is.\u201cSinto-me um cidad\u00e3o europeu assim como me sinto espanhol. Mas n\u00e3o me sinto como cidad\u00e3o. \u00c9 como se eu n\u00e3o tivesse voz nem voto. Por isso, penso que n\u00e3o sou tratado como um cidad\u00e3o\u201d, diz-nos Jorge Fern\u00e1ndez de los Rios, um espanhol de 25 anos, licenciado como professor aos 22, mas que ainda n\u00e3o conseguiu \u201cum verdadeiro contrato de trabalho\u201d: \u201cApenas trabalhei como volunt\u00e1rio em Espanha e no estrangeiro, naquilo a que podemos chamar de est\u00e1gios de forma\u00e7\u00e3o ou contratos \u00e0 experi\u00eancia.\u201dO Relat\u00f3rio sobre Cidadania Europeia que acaba de ser publicado procura responder a algumas das d\u00favidas que se levantam aos cidad\u00e3os europeus como Jorge de Los Rios. A diretora-geral para a Justi\u00e7a na Comiss\u00e3o Europeia explica que o estudo \u201c\u00e9 baseado em experi\u00eancia dos pr\u00f3prios cidad\u00e3os\u201d. \u201cCome\u00e7\u00e1mos uma sondagem h\u00e1 cerca de um ano e o relat\u00f3rio \u00e9 resultado daquilo que as pessoas nos disseram. O que elas gostavam de ver melhorado, por exemplo, para que pudessem ter ao alcance todos os direitos e oportunidades que a Uni\u00e3o Europeia lhes oferece\u201d, esclareceu Nathalie Stockwell.Numa r\u00e1pida sondagem de rua a alguns jovens, em Madrid, a jornalista Monica Pinna tentou perceber o n\u00edvel de conhecimentos que eles tinham sobre os direitos e deveres enquanto cidad\u00e3os comunit\u00e1rios. \u201cUm deles \u00e9 a liberdade de movimento nos pa\u00edses do espa\u00e7o Schengen e, inclusive, no Reino Unido e nos pa\u00edses n\u00f3rdicos\u201d, retorquiu um rapaz, que, quando questionado pela eventual exist\u00eancia de mais direitos, limitou-se a dizer: \u201cBem, deve haver mais do que um\u2026\u201dUma rapariga confessou que os jovens t\u00eam \u201cum desconhecimento geral\u201d. \u201cEstamos na Europa, mas realmente n\u00e3o conhecemos (os nossos direitos\u201d, acrescentou. 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Espanha, neste particular, \u00e9 um dos piores exemplos na Europa.\u201cOu estamos em casa sem ganhar dinheiro, sem independ\u00eancia nem casar sabe-se l\u00e1 at\u00e9 quando, ou trabalhamos num regime de semi-escravatura. Mas, claro, n\u00e3o lhe podemos chamar escravatura. Chamam-lhe, sim, forma\u00e7\u00e3o, per\u00edodo \u00e0 experi\u00eancia ou est\u00e1gio\u201d, reclama Jorge de los Rios.Ao constatar que os estagi\u00e1rios europeus est\u00e3o a aprender cada vez menos, o F\u00f3rum Europeu da Juventude, que congrega diversos Conselhos de Juventude como o portugu\u00eas ou o espanhol, apresentou a proposta para a cria\u00e7\u00e3o de uma carta com diretrizes a serem aplicadas nos est\u00e1gios realizados no territ\u00f3rio da Uni\u00e3o Europeia. Ricardo Ibarra Roca, Presidente do Conselho de Juventude de Espanha, tra\u00e7ou um cen\u00e1rio negativo daquilo que se a no pr\u00f3prio pa\u00eds, onde as pessoas s\u00e3o confrontadas, diz, \u201ccom um sistema que devia ajudar \u00e0 forma\u00e7\u00e3o dos pr\u00f3prios jovens\u201d, mas que \u201cao inv\u00e9s, acaba por ser um contrato fraudulento que as empresas utilizam para conseguir trabalho mais barato.\u201d\u201cEst\u00e1 dentro da lei, atualmente, o aproveitamento de jovens at\u00e9 aos 30 anos sem qualquer tipo de limite ao tipo de contratos que se fazem\u201d, acusa o Ricardo Ibarra Roca, recordando que \u201ca pr\u00f3pria Comiss\u00e3o Europeia denunciou em julho de 2010 que mais de 60 por cento dos est\u00e1gios realizados em Espanha s\u00e3o ilegais\u201d. \u201cN\u00e3o apresentam qualquer tipo de seguran\u00e7a social, direitos laborais ou sequer sal\u00e1rio\u201d, protesta o dirigente m\u00e1ximo do Conselho de Juventude espanhol, concluindo que \u201cos jovens s\u00e3o for\u00e7ados a emigrar\u201d: \u201c\u00c9 a \u00fanica porta que se abre e isso, para mim, \u00e9 um erro.\u201dNathalie Stockwell, da Comiss\u00e3o Europeia, ite que \u201cas regras, por enquanto, n\u00e3o s\u00e3o muito claras\u201d. \u201cCada Estado Membro aplica as suas pr\u00f3prias regras. A ideia, por\u00e9m, \u00e9 conseguirmos criar um quadro de qualidade com um m\u00ednimo de crit\u00e9rios daquilo que deve ser um est\u00e1gio. Tanto em termos de contrato, de remunera\u00e7\u00e3o e de interesse do pr\u00f3prio trabalho em causa\u201d, avan\u00e7ou a diretora-geral para a Justi\u00e7a entre os 27, definindo que \u201cum est\u00e1gio n\u00e3o deve ser apenas um trabalho mal pago.\u201dUma das consequ\u00eancias da crise, por exemplo, foi o aumento de imigra\u00e7\u00e3o na Alemanha. A entrada de estrangeiros na maior pot\u00eancia econ\u00f3mica da Europa atingiu o valor mais alto desde 1995 e, no que toca apenas a espanh\u00f3is, o n\u00famero de pessoas a rumar para a Alemanha subiu 45 por cento. \u00c9 um facto que o mercado de trabalho europeu existe, mas a rela\u00e7\u00e3o cada vez mais estreita entre migra\u00e7\u00e3o entre pa\u00edses e o aumento do trabalho prec\u00e1rio \u00e9 uma preocupa\u00e7\u00e3o.Jorge de los Rios reclama de estarem \u201ca aproveitar-se da crise e da situa\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica como desculpa para mudar o modelo de mercado laboral\u201d. \u201ara mim, a Europa representa uma oportunidade, mas \u00e9 preciso melhor\u00e1-la. \u00c9 preciso construi-la\u201d, concretizou o jovem professor espanhol que n\u00e3o consegue encontrar trabalho no respetivo sistema de ensino al\u00e9m de algumas a\u00e7\u00f5es de voluntariado, est\u00e1gios e forma\u00e7\u00f5es.O que os jovens europeus querem n\u00e3o \u00e9 uma Europa que lhes proporcione planos de fuga ou de ref\u00fagio. 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Sou cidadão europeu e agora?

Sou cidadão europeu e agora?
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Ser um cidadão europeu é muito mais do que residir num país da União Europeia. Há deveres e direitos que vêm com esse título. Existem contudo muitas portas fechadas quando é necessário reclamar esses direitos. Identificar e derrubar esses obstáculos é o objetivo do segundo Relatório sobre Cidadania Europeia, que acaba de ser publicado.

Existem 26 milhões de pessoas de desempregados em toda a Europa. Mais de 6 milhões são espanhóis. Em Portugal, por outro lado, segundo um estudo recente do Instituto Nacional de Estatísticas, o número de desempregados voltou a subir neste primeiro trimestre de 2013 e cifra-se agora nos 950 mil, o que representa 17,7 por cento da população ativa – destes, 42 por cento são jovens. A Grécia tem a pior taxa de desemprego da União Europeia com mais de 64 por cento da população ativa sem trabalho. A Espanha surge logo a seguir, com 57,2 por cento. É dramático. E ainda mais entre os jovens, que representam mais de 57 por cento dos desempregados espanhóis.

“Sinto-me um cidadão europeu assim como me sinto espanhol. Mas não me sinto como cidadão. É como se eu não tivesse voz nem voto. Por isso, penso que não sou tratado como um cidadão”, diz-nos Jorge Fernández de los Rios, um espanhol de 25 anos, licenciado como professor aos 22, mas que ainda não conseguiu “um verdadeiro contrato de trabalho”: “Apenas trabalhei como voluntário em Espanha e no estrangeiro, naquilo a que podemos chamar de estágios de formação ou contratos à experiência.”

O Relatório sobre Cidadania Europeia que acaba de ser publicado procura responder a algumas das dúvidas que se levantam aos cidadãos europeus como Jorge de Los Rios. A diretora-geral para a Justiça na Comissão Europeia explica que o estudo “é baseado em experiência dos próprios cidadãos”. “Começámos uma sondagem há cerca de um ano e o relatório é resultado daquilo que as pessoas nos disseram. O que elas gostavam de ver melhorado, por exemplo, para que pudessem ter ao alcance todos os direitos e oportunidades que a União Europeia lhes oferece”, esclareceu Nathalie Stockwell.

Numa rápida sondagem de rua a alguns jovens, em Madrid, a jornalista Monica Pinna tentou perceber o nível de conhecimentos que eles tinham sobre os direitos e deveres enquanto cidadãos comunitários. “Um deles é a liberdade de movimento nos países do espaço Schengen e, inclusive, no Reino Unido e nos países nórdicos”, retorquiu um rapaz, que, quando questionado pela eventual existência de mais direitos, limitou-se a dizer: “Bem, deve haver mais do que um…”

Uma rapariga confessou que os jovens têm “um desconhecimento geral”. “Estamos na Europa, mas realmente não conhecemos (os nossos direitos”, acrescentou. Outra repetiu o direito à livre circulação entre Estados membros antes de concluir com um “e… e… não sei.”

A informação é uma das áreas chave sublinhadas pelo Relatório de Cidadania. Informar é crucial para promover uma melhor participação política quando estamos a cerca de um ano das próximas eleições europeias. Simplificar a burocracia, eliminar as barreiras quando se fazem compras no estrangeiro ou proteger as pessoas mais vulneráveis são outros dos objetivos perseguidos pelo documento. Além disto, pretende-se também criar um mercado de trabalho na União Europeia.

O trabalho, por conseguinte, é um dos setores onde os cidadãos menos se sentem europeus. Os estágios, por exemplo, ao invés de ajudarem os jovens, acabam muitas vezes por atrasar a entrada deles na verdadeira vida ativa. Espanha, neste particular, é um dos piores exemplos na Europa.

“Ou estamos em casa sem ganhar dinheiro, sem independência nem casar sabe-se lá até quando, ou trabalhamos num regime de semi-escravatura. Mas, claro, não lhe podemos chamar escravatura. Chamam-lhe, sim, formação, período à experiência ou estágio”, reclama Jorge de los Rios.

Ao constatar que os estagiários europeus estão a aprender cada vez menos, o Fórum Europeu da Juventude, que congrega diversos Conselhos de Juventude como o português ou o espanhol, apresentou a proposta para a criação de uma carta com diretrizes a serem aplicadas nos estágios realizados no território da União Europeia. Ricardo Ibarra Roca, Presidente do Conselho de Juventude de Espanha, traçou um cenário negativo daquilo que se a no próprio país, onde as pessoas são confrontadas, diz, “com um sistema que devia ajudar à formação dos próprios jovens”, mas que “ao invés, acaba por ser um contrato fraudulento que as empresas utilizam para conseguir trabalho mais barato.”

“Está dentro da lei, atualmente, o aproveitamento de jovens até aos 30 anos sem qualquer tipo de limite ao tipo de contratos que se fazem”, acusa o Ricardo Ibarra Roca, recordando que “a própria Comissão Europeia denunciou em julho de 2010 que mais de 60 por cento dos estágios realizados em Espanha são ilegais”. “Não apresentam qualquer tipo de segurança social, direitos laborais ou sequer salário”, protesta o dirigente máximo do Conselho de Juventude espanhol, concluindo que “os jovens são forçados a emigrar”: “É a única porta que se abre e isso, para mim, é um erro.”

Nathalie Stockwell, da Comissão Europeia, ite que “as regras, por enquanto, não são muito claras”. “Cada Estado Membro aplica as suas próprias regras. A ideia, porém, é conseguirmos criar um quadro de qualidade com um mínimo de critérios daquilo que deve ser um estágio. Tanto em termos de contrato, de remuneração e de interesse do próprio trabalho em causa”, avançou a diretora-geral para a Justiça entre os 27, definindo que “um estágio não deve ser apenas um trabalho mal pago.”

Uma das consequências da crise, por exemplo, foi o aumento de imigração na Alemanha. A entrada de estrangeiros na maior potência económica da Europa atingiu o valor mais alto desde 1995 e, no que toca apenas a espanhóis, o número de pessoas a rumar para a Alemanha subiu 45 por cento. É um facto que o mercado de trabalho europeu existe, mas a relação cada vez mais estreita entre migração entre países e o aumento do trabalho precário é uma preocupação.

Jorge de los Rios reclama de estarem “a aproveitar-se da crise e da situação económica como desculpa para mudar o modelo de mercado laboral”. “Para mim, a Europa representa uma oportunidade, mas é preciso melhorá-la. É preciso construi-la”, concretizou o jovem professor espanhol que não consegue encontrar trabalho no respetivo sistema de ensino além de algumas ações de voluntariado, estágios e formações.

O que os jovens europeus querem não é uma Europa que lhes proporcione planos de fuga ou de refúgio. O que eles querem é uma Europa de portas abertas, uma fonte de oportunidades.

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