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Europa: Para que conta o nosso voto?

Europa: Para que conta o nosso voto?
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Em maio, os 28 países da União Europeia são chamados a eleger um novo parlamento. Num contexto de crise económica europeia, muitos observadores temem já um recorde de abstenção e um avanço dos partidos populistas e antieuropeus. Desde as primeiras eleições europeias, a taxa de participação não parou de baixar. Nas últimas eleições, em junho de 2009, a abstenção atingiu o número recorde de 57%, em termos de média europeia.

A Espanha é um dos países mais pró-europeus, mas também um dos mais afetados pelo desemprego e pela crise económica. Segundo as sondagens de opinião, a confiança dos espanhóis na Europa diminuiu nos últimos anos.

Nas ruas de Madrid, quando se fala em eleições, as respostas são de desconfiança.

Há três anos, a Puerta del Sol viu nascer um movimento social de uma dimensão inédita: o movimento 15 de maio mobilizou centenas de milhares de pessoas, contra a classe política e por uma mudança na sociedade.

Guillermo, de 25 anos, estava entre os manifestantes. Hoje, decidiu implicar-se na política, através do novo partido Equo. O que quer? Mudar a Europa: “Estou a gravar um vídeo para a minha candidatura às primárias abertas do partido Equo, que é o partido verde espanhol. Muitos, como eu, ámos primeiro pela rua, vimos do movimento cidadão e entrámos depois no movimento político. Uma instituição é um lugar onde se tomam decisões. Se não participamos, as decisões vão continuar a ser tomadas sem nós”.

Na origem das manifestações dos indignados está a plataforma “Democracia real já”. Fomos ao encontro dos responsáveis num “squat” no centro de Madrid.

O grupo opõe-se à atual face da Europa e pede às pessoas que se façam ouvir, através do voto, nas eleições de maio: “Em Espanha, infelizmente, as europeias são vistas como uma forma de castigar o governo. No entanto, acreditamos que são eleições importantes nas nossas vidas, porque há muitas leis que se aplicam no dia-a-dia que vêm da Europa. Vamos tentar, sobretudo, que as pessoas que se manifestam na rua se politizem, que pensem em termos políticos nas eleições europeias”, diz Kike Castellò, porta-voz deste grupo.

Qual é o papel e que poder têm os eurodeputados? Como são adotadas as leis europeias? Para mobilizar os eleitores, todos estão de acordo sobre a necessidade de fazer com que o que está em jogo nas eleições seja mais conhecido.

Nem sempre é fácil entender o funcionamento das instituições europeias. Para dar mais transparência a estas eleições, pela primeira vez, os partidos são convidados a designar o candidato à presidência da Comissão Europeia.

Segundo o tratado de Lisboa, os dirigentes da União Europeia devem ter em conta o resultado das eleições europeias para nomear o futuro presidente da Comissão Europeia, que será uma espécie de primeiro-ministro da Europa.

Além disso, com o tratado de Lisboa, os eurodeputados têm agora mais poder que nunca. Razões para ir às urnas, segundo o responsável pelo gabinete do Parlamento Europeu em Madrid, Ignacio Samper: “Conseguimos politizar estas eleições mais do que nunca. Se o parlamento tem uma maioria, de centro-direita ou de centro-esquerda, isso significa que o presidente da Comissão será de centro-direita ou de centro-esquerda. Isso é radicalmente novo. Durante muito tempo, dissemos aos cidadãos para votarem no parlamento europeu. Não há nenhum debate, nem em França, nem Espanha, nem Itália, onde se diga que as pessoas votem para o parlamento. As pessoas votam nos candidatos”.

Levar a juventude espanhola a debater a Europa e a ir às urnas é também o objetivo de um coletivo, formado por cerca de 20 jovens, que criaram o projeto CC/Europa. Entusiastas da política europeia, animam blogues e organizam encontros e debates nas universidades ou mesmo nos cafés.

Adriana Maldonado é estudante e participa nesta plataforma: “É fundamental que a primeira geração a nascer na comunidade europeia, que somos nós, tenha uma visão do que a Europa precisa, do que queremos e de que reformas são necessárias. A CC/Europa não pretende endoutrinar, não pertence a nenhum partido político. O objetivo é criar consciência sobre o que está em jogo, a importância que tem e que cada um crie o seu próprio espírito”.

Além do empenho dos cidadãos, os políticos têm que fomentar o debate europeu. A quatro meses do escrutínio, preparam-se para entrar no campo de batalha para a campanha eleitoral.

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