{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2013/02/08/fiat-um-espelho-da-economia-italiana" }, "headline": "FIAT, um espelho da economia italiana?", "description": "FIAT, um espelho da economia italiana?", "articleBody": "", "dateCreated": "2013-02-08T03:00:51+01:00", "dateModified": "2013-02-08T03:00:51+01:00", "datePublished": "2013-02-08T03:00:51+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F213670%2F1440x810_213670.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "FIAT, um espelho da economia italiana?", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F213670%2F432x243_213670.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9rie: a minha Europa" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

FIAT, um espelho da economia italiana?

FIAT, um espelho da economia italiana?
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A produtividade e a competitividade são temas centrais da crise italiana. A indústria tem vindo a ser afetada por quebras no crescimento económico e na produtividade. O setor industrial está a ar por uma das piores fases de sempre. O sistema político não conseguiu fazer as reformas sociais e económicas necessárias para inverter esta tendência negativa. Este é um grande desafio para o governo que sair das próximas eleições.

A FIAT é um dos gigantes mundiais do setor automóvel e está a tentar ultraar a crise, enfrentando os desafios da internacionalização da economia. O grupo italiano está a meio de um processo de fusão com a norte-americana Chrysler e ao mesmo tempo a investir em fábricas no estrangeiro.

Pode isso influenciar outras empresas e será que é positivo para os italianos?

Muitos empregados da Fiat temem que isto signifique mais deslocalizações e o fecho de fábricas em Itália.

Estamos em Melfi, uma pequena cidade do sul onde está instalada uma fábrica da FIAT. A empresa adotou um plano de redução de custos, que corta os horários de trabalho e os salários a cerca de 5500 trabalhadores.

Para a empresa, esse é o preço a pagar pela maquinaria necessária para a produção dos novos modelos. Para o sindicato dos metalúrgicos, estas medidas significam que, mesmo se a fábrica não fecha, muita gente vai perder o emprego.

“Há o perigo de a atual capacidade, de 400 mil carros feitos por 5500 trabalhadores, ser drasticamente reduzida, devido às novas linhas de produção. Até porque o acordo sobre a redução de custos não especifica que os trabalhadores tenham o trabalho garantido no fim deste período de 24 meses”, estima o sindicalista Emanuele De Nicola.

Os níveis de produtividade em Itália estão entre os mais baixos, segundo a OCDE. A istração culpa, muitas vezes, a resistência dos sindicatos face às reformas laborais, enquanto os sindicatos culpam a falta de projetos a longo prazo por parte das empresas italianas. Há 20 anos que os governos falham nas políticas económicas: “Pensámos que a globalização seria fácil para os países desenvolvidos. A Itália estava entre esses países, éramos o sexto ou sétimo país mais industrializado do mundo. Pensávamos que os países emergentes iriam produzir só bens de fraca qualidade e não conseguiriam chegar aos padrões tecnológicos que nós, na Europa, temos. Esse foi o erro, pensámos a curto prazo. Sem um projeto detalhado sobre o futuro da indústria automóvel, esses países são os beneficiados com o fecho das linhas de produção em Itália. Por exemplo, na Sérvia estão a fazer um modelo que poderia ser produzido em Itália”, diz o historiador económico Valerio Castronovo.

A FIAT investiu na Sérvia, ao transformar a antiga fábrica da Zastava em Kragujevac numa fábrica inovadora. Esta unidade funcionou até 2008 e sobreviveu aos bombardeamentos de 1999.

Aqui, estão a ser produzidos FIAT 500 para o mercado global, tal como os novos modelos de sete lugares para o mercado norte-americano.

Encontrámo-nos com dois trabalhadores, pai e filho: “Quando comecei a trabalhar para a Zastava, fazia muito frio, o trabalho era duro. Depois, a FIAT chegou e mudou tudo. As salas de trabalho ficaram mais claras, foi tudo remodelado, ficou mais aquecido e ei a ir para o trabalho sabendo que não iria ter frio no trabalho”, conta o pai, Goran Ostajić.

Já para o filho, Aleksandar, este emprego é uma promessa de futuro: “É um trabalho seguro, que nos permite fazer planos para o futuro. Comecei a trabalhar para a FIAT pouco depois de ter acabado o liceu e desde então que estou a trabalhar aqui”.

Na fábrica de Kragujevac, trabalham 1500 pessoas, que ganham entre 350 e 400 euros por mês, ligeiramente acima do salário médio sérvio. No tempo da Zastava, trabalhavam aqui 25.000 pessoas, mas não havia robots e os salários eram mais baixos.

Desde o fim da guerra e da transição da era Milošević, a produtividade dos trabalhadores sérvios tem vindo a crescer. Segundo a FIAT, há ainda outras razões para investir na Sérvia. Contas-nos Diego Velini, gestor desta fábrica: “Em Itália, as relações industriais estão mais desenvolvidas, a Sérvia está ainda noutra fase, no que toca aos contratos e à defesa dos direitos dos trabalhadores. Isso não significa que seja fácil para uma empresa instalar-se aqui e que os trabalhadores não tenham direitos. É uma realidade diferente, um contexto diferente, por isso é possível fazer coisas diferentes.”

As eleições italianas parecem muito distantes para a família Ostajić, mas na verdade o futuro deles está muito mais ligado à escolha política dos italianos do que podem pensar. Também isso faz parte da internacionalização da economia.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Justiça diz que acordo com credores da Borsalino não é de tirar o chapéu

França depois dos atentados de 2015

A questão central das eleições alemãs é a transição energética