{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/green/2023/07/27/500-bombeiros-voluntarios-locais-aprendem-a-combater-incendios-na-amazonia" }, "headline": "500 bombeiros volunt\u00e1rios locais aprendem a combater inc\u00eandios na Amaz\u00f3nia", "description": "Ocupa parte de nove pa\u00edses e sete milh\u00f5es de quil\u00f3metros quadrados. A Amaz\u00f3nia \u00e9 demasiado grande para ser patrulhada por brigadas de inc\u00eandio normais", "articleBody": "Os inc\u00eandios na Floresta Amaz\u00f3nica em 2019 arrasaram mais de 47 milh\u00f5es de hectares, \u00e1rea superior \u00e0 da Su\u00e9cia. A UNESCO decidiu ent\u00e3o lan\u00e7ar um programa para identificar e combater as principais causas da desfloresta\u00e7\u00e3o nesta selva. O \u0022corte e queima\u0022 \u00e9 utilizado tanto pela agricultura industrial como pelos pequenos agricultores. Estas queimas \u0022controladas\u0022 podem facilmente ficar fora de controlo.\u00a0 Por isso, a ag\u00eancia das Na\u00e7\u00f5es Unidas come\u00e7ou a formar cerca de 500 bombeiros volunt\u00e1rios e a fornecer-lhes equipamento para combater os inc\u00eandios.\u00a0 O impacto da iniciativa tem sido transformador. Quem s\u00e3o os volunt\u00e1rios? Os bombeiros volunt\u00e1rios s\u00e3o de todas as idades. Mais de metade s\u00e3o mulheres. \u0022Sempre tive o sonho de ser bombeira\u0022, conta Miriam, de 59 anos. Os inc\u00eandios na natureza enchem-na de desespero, pois v\u00ea algo que tenta proteger ser destru\u00eddo. \u0022Porque se algu\u00e9m atear fogo, agora temos aqui bombeiros, temos o nosso material e podemos ir socorrer as pessoas. N\u00e3o h\u00e1 dinheiro que pague isso\u0022, acredita. Miriam est\u00e1 ainda a transmitir o que aprendeu a outros residentes da aldeia.\u00a0 \u0022Depois da forma\u00e7\u00e3o, comecei a fazer reuni\u00f5es com a minha comunidade para ar o conhecimento , ensinar-lhes o que devem fazer para evitar que o fogo se propague para a mata. E \u00a0gra\u00e7as a Deus, eles est\u00e3o a seguir as orienta\u00e7\u00f5es que lhes demos\u0022. O que aprendem? As sess\u00f5es do curso, com a dura\u00e7\u00e3o de uma semana, s\u00e3o coordenadas no terreno pela organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o-governamental Funda\u00e7\u00e3o Vit\u00f3ria Amaz\u00f4nica. As comunidades s\u00e3o selecionadas para a forma\u00e7\u00e3o ap\u00f3s a identifica\u00e7\u00e3o das \u00e1reas com maior incid\u00eancia de inc\u00eandios, atrav\u00e9s de dados\u00a0 de sat\u00e9lite e mapas de calor. Entre outras habilidades, os volunt\u00e1rios aprendem t\u00e9cnicas profissionais de extin\u00e7\u00e3o de fogos e primeiros socorros. S\u00e3o ensinados a construir aceiros (para evitar que o inc\u00eandio se alastre) eficazes e a identificar quando um fogo controlado se pode transformar num perigo descontrolado. \u0022Vivemos em zonas onde os residentes locais fazem pequenas queimadas para limpar as suas planta\u00e7\u00f5es e, por vezes, estas ficam fora de controlo\u0022, relata a volunt\u00e1ria Raiuma, de 24 anos. \u0022Como bombeiros rec\u00e9m-formados, podemos ajudar a comunidade e responder a qualquer chamada, por isso o curso encorajou-nos muito e ajudou muito a comunidade\u0022, real\u00e7a. Uma mulher bombeira chama muito a aten\u00e7\u00e3o, acrescenta Raiuma, encorajando outras a trabalharem na \u00e1rea.\u00a0 \u0022Sempre achei que \u00e9 importante ter mulheres em tudo, s\u00e3o um pouco mais organizadas e ambiciosas\u0022. A iniciativa est\u00e1 agora espalhada por quatro das \u00e1reas protegidas, internacionalmente designadas pela UNESCO, no Brasil, no Per\u00fa\u00a0e na Bol\u00edvia.\u00a0 A ag\u00eancia da ONU acredita que estes bombeiros volunt\u00e1rios s\u00e3o vitais \u00e0 medida que a floresta tropical se torna mais seca e vulner\u00e1vel a inc\u00eandios catastr\u00f3ficos. ", "dateCreated": "2023-06-27T16:15:13+02:00", "dateModified": "2023-07-27T18:18:57+02:00", "datePublished": "2023-07-27T18:17:59+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F71%2F13%2F54%2F1440x810_cmsv2_489f6035-f223-5412-bc6f-ca522aa062e9-7711354.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Volunt\u00e1rios locais em forma\u00e7\u00e3o para se tornarem bombeiros.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F71%2F13%2F54%2F432x243_cmsv2_489f6035-f223-5412-bc6f-ca522aa062e9-7711354.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Frost", "givenName": "Rosie", "name": "Rosie Frost", "url": "/perfis/1880", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@RosiecoFrost", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "New Media" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Natureza" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

500 bombeiros voluntários locais aprendem a combater incêndios na Amazónia

Voluntários locais em formação para se tornarem bombeiros.
Voluntários locais em formação para se tornarem bombeiros. Direitos de autor euronews
Direitos de autor euronews
De Rosie Frost
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Ocupa parte de nove países e sete milhões de quilómetros quadrados. A Amazónia é demasiado grande para ser patrulhada por brigadas de incêndio normais

PUBLICIDADE

Os incêndios na Floresta Amazónica em 2019 arrasaram mais de 47 milhões de hectares, área superior à da Suécia. A UNESCO decidiu então lançar um programa para identificar e combater as principais causas da desflorestação nesta selva.

O "corte e queima" é utilizado tanto pela agricultura industrial como pelos pequenos agricultores. Estas queimas "controladas" podem facilmente ficar fora de controlo. 

Por isso, a agência das Nações Unidas começou a formar cerca de 500 bombeiros voluntários e a fornecer-lhes equipamento para combater os incêndios. O impacto da iniciativa tem sido transformador.

Quem são os voluntários?

Os bombeiros voluntários são de todas as idades. Mais de metade são mulheres.

"Sempre tive o sonho de ser bombeira", conta Miriam, de 59 anos. Os incêndios na natureza enchem-na de desespero, pois vê algo que tenta proteger ser destruído.

Não imaginam o quão gratificante foi este curso que a UNESCO nos proporcionou. Não imaginam a alegria que trouxeram a cada uma de nós.
Miriam (59 anos)
Voluntária

"Porque se alguém atear fogo, agora temos aqui bombeiros, temos o nosso material e podemos ir socorrer as pessoas. Não há dinheiro que pague isso", acredita.

Miriam está ainda a transmitir o que aprendeu a outros residentes da aldeia. 

"Depois da formação, comecei a fazer reuniões com a minha comunidade para ar o conhecimento, ensinar-lhes o que devem fazer para evitar que o fogo se propague para a mata. E graças a Deus, eles estão a seguir as orientações que lhes demos".

O que aprendem?

As sessões do curso, com a duração de uma semana, são coordenadas no terreno pela organização não-governamental Fundação Vitória Amazônica. As comunidades são selecionadas para a formação após a identificação das áreas com maior incidência de incêndios, através de dados de satélite e mapas de calor.

Entre outras habilidades, os voluntários aprendem técnicas profissionais de extinção de fogos e primeiros socorros. São ensinados a construir aceiros (para evitar que o incêndio se alastre) eficazes e a identificar quando um fogo controlado se pode transformar num perigo descontrolado.

"Vivemos em zonas onde os residentes locais fazem pequenas queimadas para limpar as suas plantações e, por vezes, estas ficam fora de controlo", relata a voluntária Raiuma, de 24 anos.

"Como bombeiros recém-formados, podemos ajudar a comunidade e responder a qualquer chamada, por isso o curso encorajou-nos muito e ajudou muito a comunidade", realça.

Uma mulher bombeira chama muito a atenção, acrescenta Raiuma, encorajando outras a trabalharem na área. "Sempre achei que é importante ter mulheres em tudo, são um pouco mais organizadas e ambiciosas".

A iniciativa está agora espalhada por quatro das áreas protegidas, internacionalmente designadas pela UNESCO, no Brasil, no Perú e na Bolívia. 

A agência da ONU acredita que estes bombeiros voluntários são vitais à medida que a floresta tropical se torna mais seca e vulnerável a incêndios catastróficos.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Portugal entre os países da UE que reduzem número de bombeiros

Dubrovnik, Cascais, Sicília: onde estão a acontecer os incêndios na Europa?

Peixes-palhaço encolhem para sobreviver ao stress causado pelas ondas de calor marinhas