Sebastião Salgado tinha 81 anos e morreu esta sexta-feira.
Morreu esta sexta-feira o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, aos 81 anos. A notícia foi confirmada pelo Instituto Terra, organização não-governamental fundada por Salgado e pela mulher, Lénia Anick.
"Com imenso pesar, comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado, nosso fundador, mestre e eterno inspirador", lê-se num comunicado difundido nas redes sociais. A causa da morte não foi divulgada mas, segundo a imprensa brasileira, o fotógrafo sofria de malária desde a década de 1990 do século ado.
"Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora", acrescenta a declaração.
"Neste momento de luto, expressamos nossa solidariedade a Lélia, a seus filhos Juliano e Rodrigo, seus netos Flávio e Nara, e a todos os familiares e amigos que compartilham conosco a dor dessa perda imensa. Seguiremos honrando seu legado, cultivando a terra, a justiça e a beleza que ele tanto acreditou ser possível restaurar", conclui o comunicado.
Radicado em Paris, Sebastião Salgado notabilizou-se pelas reportagens em vários locais do planeta e pelos retratos a preto e branco. Formado em economia, acabaria por se doutorar na capital sa, onde se instalou.
Considerado o mais proeminente fotógrafo do Brasil, também documentou a revolução de 25 de abril em Portugal.
Nascido em Conceição do Capim, distrito de Aimorés, interior de Minas Gerais, encontrou na fotografia um meio para o ativismo: no fim dos anos 1990, destacou-se com o projeto "Êxodos", retratando a migração de refugiados por todo o mundo.
Haveria de criar ainda a agência de notícias "As Imagens da Amazónia", tendo fotografado amplamente a floresta e até tribos indígenas.
Em 2020, falou à Euronwews em Lyon sobre o que era então o seu mais recente trabalho, 'Genesis", que mostrava o planeta Terra na sua vertente mais pura e sem sofrer a ação do homem. Reveja aqui a entrevista.