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Ritmos da lusofonia no Visa For Music em Marrocos

Ritmos da lusofonia no Visa For Music em Marrocos
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De Euronews com WOLFGANG SPINDLER
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Cordel, Elida Almeida e DJ Lutonda representaram Portugal, Cabo Verde e Angola na quarta edição deste festival em Rabat destinado à promoção de artistas no mercado africano.

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Angola, Cabo Verde e Portugal representaram este ano a lusofonia, em Marrocos, na quarta edição do festival internacional Visa for Music. Este é um encontro da apelidada “indústria” africana da música e serve para artistas de vários quadrantes e ritmos apresentarem o trabalho a agentes e promotores.

O projeto Cordel, do lisboeta João Pires e do portuense Márcio Silva, representou Portugal.

Cabo Verde fez-se ouvir em Rabat pela voz, o funaná e o batuque de Elida Almeida, presentes igualmente em “Lusafrica”, o álbum de estreia lançado em 2015 pela cabo-verdiana, já a promover um novo trabalho, “Kebrando.”

Angola esteve representada no Visa for Music pelo DJ Lutonda, conhecido produtor de projetos Kuduro como Tony Amado ou Makina do Inferno. O angolano assume um saldo positivo após a atuação em Marrocos.

Mais uma vez, a euronews também esteve presente em Rabat e demos voz a alguns dos projetos africanos presentes este ano no festival. Entre eles, os The Messengers of Messages.

A missão destes “mensageiros” pan-africanos é a de propagar pelo continente uma mensagem de paz, união, perdão e reconciliação inspirada em Nelson Mandela.

“O que nós procuramos é garantir a nossa colaboração e termos um veículo que nos permita viajar pelo mundo a espalhar a nossa mensagem”, explicou à euronews o líder do grupo, Prince H. Malatsi.

Já famoso pela Europa, o guineense Sékou Kouyaté também ou este ano pelo Visa For Music tentando mostrar aos agentes africanos a razão do sucesso europeu.

A dona da editora One World Music, Carolina Vallejo ficou contente pelo “” recebido após a atuação de Sékou Kouyaté. “Correu muito bem. Houve muita gente a assistir e recebemos convites para muitos festivais e digressões”, revelou a agente do guineense.

Em Rabat, pudemos conhecer também o congolês Francky Kanza, num momento descontraído em que improvisou com a marfinense Seham Dominick e as marroquinas Omor Ramzi e Manal Cherki.

“Andamos à procura de produtores, promotores e de verdadeiros agentes com capacidade de nos colocar em grandes palcos”, afirmou Kanza à nossa reportagem.

A prestação dos espanhóis Doctor Prats revelou-se surpreendente. A fusão de estilos latinos faz dos concertos deste emergente projeto catalão uma festa.

Já atuaram inclusive no Japão e agora estrearam-se num novo continente.

“Esta foi uma oportunidade de tocarmos em África. Foi a nossa primeira vez. Sabíamos que havia aqui muita gente influente. Talvez venhamos a conseguir marcar mais alguns concertos em África depois desta atuação. Vamos ver o que o futuro nos reserva”, perspetivou Miki Santamaria, dos Doctor Prats.

A AgadirLive é uma editora e promotora de projetos da costa sudoeste de Marrocos e este ano beneficiou de um espaço privilegiado para pequenos concertos promocionais no Visa for Music.

“Fizemos muitos negócios. Alguns agentes vão trabalhar connosco e garantimos algumas colaborações. Antes de nos irmos embora, vamos gravar também com alguns artistas locais”, contou-nos o produtor e agente da AgadirLive, Gareth Messam.

Oriundos do Zimbabué e já com uma vasta experiência internacional, os Mokoomba lançaram este ano “Luyando.”

Após uma digressão de outono pelo centro da Europa, os Mokooma estiveram em Rabat para o promover o novo álbum também neste mercado africano.

Já uma estrela em Marrocos, o “rapper” Mobydick pretende exportar o seu trabalho e garante que o facto de se expressar em darija, o dialeto árabe marroquino, não será problema.

“Nós, marroquinos, também não compreendemos certos idiomas mas conseguimos sentir a força dos artistas. Comigo é igual. Quando atuo para estrangeiros, as pessoas percebem que tenho algo a dizer e a representar. E que isto é bem feito”, disse Mobydick.

O enviado especial da euronews a Rabat lamenta que “a maioria dos países de África e do Médio Oriente têm surgido nas notícias devido a guerras, violência e miséria”, mas sublinha que “também há valores culturais a partilhar” a partir destes mesmos países.

“O Visa For Music é perfeito para os artistas fazerem os para conseguirem viajar pelo mundo e mostrar uma outra faceta dos seus países”, conclui o jornalista Wolfgang Spindler.

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