{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2023/07/06/clima-empresarial-melhora-na-republica-democratica-do-congo" }, "headline": "Clima empresarial melhora na Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo", "description": "Com o pa\u00eds a registar melhores indicadores econ\u00f3micos, os investidores aplaudem as iniciativas e reformas levadas a cabo pelas autoridades.", "articleBody": "A Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo (RDC) ganhou 40 pontos de base na classifica\u00e7\u00e3o da Bloomfield no espa\u00e7o de um ano.\u00a0Em 2022, a ag\u00eancia de nota\u00e7\u00e3o pan-africana\u00a0 classificou o pa\u00eds em 5,1. Doze meses depois, a classifica\u00e7\u00e3o subiu para 5,5. Esta subida coloca o pa\u00eds numa din\u00e2mica econ\u00f3mica positiva e foi um bom ponto de partida para a segunda edi\u00e7\u00e3o da Confer\u00eancia Risco-Pa\u00eds realizada em Kinshasa. Para o ministro das Finan\u00e7as da RDC, as boas not\u00edcias promovem o di\u00e1logo entre todas as partes interessadas, em primeiro lugar o setor privado. \u0022 E pensamos que \u00e9 tamb\u00e9m uma oportunidade para os observadores externos, as ag\u00eancias de nota\u00e7\u00e3o, analisarem de novo o que estamos a fazer. Penso que algumas delas tamb\u00e9m estar\u00e3o a avaliar a nossa situa\u00e7\u00e3o\u0022 , afima \u00a0Nicolas Kazadi . A Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo continua a enfrentar desafios reais, incluindo infraestruturas inadequadas, impostos arbitr\u00e1rios e inseguran\u00e7a no leste do pa\u00eds. Um clima de ansiedade afastou alguns investidores. Mas nos \u00faltimos anos, o governo intensificou as reformas e colocou a t\u00f3nica no desempenho macroecon\u00f3mico, na gest\u00e3o respons\u00e1vel das finan\u00e7as p\u00fablicas e num sistema financeiro est\u00e1vel. Estes tr\u00eas fatores contribuir\u00e3o para estabelecer a credibilidade do pa\u00eds, nomeadamente aos olhos dos investidores privados. \u0022 De um modo geral, diria que se trata de algo muito positivo e que estas iniciativas s\u00e3o muito boas. H\u00e1 um desejo real por parte do governo de fazer a coisa certa \u0022 , defende\u00a0 Marie Chantal Kaninda , diretora executiva da\u00a0 Glencore RDC.\u00a0 O objetivo \u00e9 n\u00e3o deixar que as quest\u00f5es sociais, a cria\u00e7\u00e3o de emprego e a cria\u00e7\u00e3o de riqueza sejam relegadas para segundo plano. E embora a RDC possua vastos dep\u00f3sitos minerais, chegou a altura de diversificar a sua economia. Esta deve ser a pedra angular. Se os bancos quiserem apoiar as ambi\u00e7\u00f5es de diversifica\u00e7\u00e3o e crescimento, devem defender uma pol\u00edtica eficaz que combine transpar\u00eancia e rastreabilidade. \u0022O principal desafio \u00e9 o da transpar\u00eancia. Um desafio de rastreabilidade dos produtos exportados. E n\u00f3s, os bancos, estamos a fixar-nos neste mercado, e precisamos tamb\u00e9m do apoio do Estado, que deve assegurar esta transpar\u00eancia e rastreabilidade para nos permitir obter um financiamento adequado\u0022, destaca\u00a0 Gancho Kipulu Baya, diretor Nacional do Rawbank. Fruto da coopera\u00e7\u00e3o turco-congolesa, o novo centro financeiro de Kinshasa ser\u00e1 inaugurado em dezembro. Faz parte desta nova cadeia de valor. Tem cinco torres, um centro de confer\u00eancias, 90.000 m2, um investimento de mais de 300 milh\u00f5es de d\u00f3lares americanos e servi\u00e7os interligados que concentrar\u00e3o v\u00e1rias opera\u00e7\u00f5es num \u00fanico local para otimizar os servi\u00e7os do Minist\u00e9rio do Or\u00e7amento e do Minist\u00e9rio das Finan\u00e7as. \u0022Vai ser como um centro financeiro e tamb\u00e9m um centro governamental da RDC, no cora\u00e7\u00e3o do pa\u00eds. Tamb\u00e9m temos o projeto do aeroporto de Kinshasa, que vai ser o centro da regi\u00e3o da \u00c1frica Central, com capacidade para 8 milh\u00f5es de ageiros e um dos maiores terminais de carga de toda a \u00c1frica continental. Al\u00e9m disso, posso mencionar o projeto Arena, com instala\u00e7\u00f5es desportivas que estamos a construir. Tamb\u00e9m temos uma academia para promover a educa\u00e7\u00e3o dos congoleses. Estes investimentos v\u00e3o valorizar o pa\u00eds e o seu o ambiente empresarial\u0022, sublinha Turhan Mildon , presidente do Conselho de istra\u00e7\u00e3o da MIlvest. Os desafios mant\u00eam-se. Com mais de 80 milh\u00f5es de hectares de terras ar\u00e1veis e condi\u00e7\u00f5es climat\u00e9ricas favor\u00e1veis \u00e0 agricultura durante todo o ano, a produ\u00e7\u00e3o do pa\u00eds \u00e9 demasiado baixa. Mais de 80% dos produtos alimentares de consumo s\u00e3o importados. A pol\u00edtica agr\u00edcola tem de ser otimizada. Isso permitir\u00e1 que a Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo se restabele\u00e7a como um gigante na cena internacional. Este \u00e9 um c\u00edrculo virtuoso para os investidores. \u0022Atribu\u00edmos 40 milh\u00f5es para a constru\u00e7\u00e3o de caminhos rurais, para abastecer a prov\u00edncia de Kinshasa, para permitir que os agricultores e as cooperativas transportem as suas colheitas. Mobiliz\u00e1mos 41 milh\u00f5es para fornecer eletricidade a 200 mil pessoas na cidade de Cabinda. N\u00e3o ter\u00edamos conseguido fazer tudo isto sem um acordo com o FMI e, para que houvesse um acordo com o FMI, foram precisas reformas\u0022 , declara\u00a0 Safia Ibrahim-Netter, diretora da Ag\u00eancia sa de Desenvolvimento na RDC, revelando que \u0022 n\u00e3o a um dia sem que uma empresa sa manifeste o seu desejo de vir para c\u00e1\u0022. ", "dateCreated": "2023-06-26T17:43:03+02:00", "dateModified": "2023-07-06T16:01:17+02:00", "datePublished": "2023-07-06T16:00:25+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F70%2F92%2F28%2F1440x810_cmsv2_9d30817d-44d6-58d2-94a1-f7310b00821a-7709228.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Com o pa\u00eds a registar melhores indicadores econ\u00f3micos, os investidores aplaudem as iniciativas e reformas levadas a cabo pelas autoridades.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F70%2F92%2F28%2F432x243_cmsv2_9d30817d-44d6-58d2-94a1-f7310b00821a-7709228.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "name": "Fran\u00e7ois Chignac" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios Series" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Clima empresarial melhora na República Democrática do Congo

Em parceria com
Clima empresarial melhora na República Democrática do Congo
Direitos de autor euronews
Direitos de autor euronews
De François Chignac
Publicado a
Partilhe esta notícia
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Com o país a registar melhores indicadores económicos, os investidores aplaudem as iniciativas e reformas levadas a cabo pelas autoridades.

PUBLICIDADE

A República Democrática do Congo (RDC) ganhou 40 pontos de base na classificação da Bloomfield no espaço de um ano. Em 2022, a agência de notação pan-africana  classificou o país em 5,1. Doze meses depois, a classificação subiu para 5,5. Esta subida coloca o país numa dinâmica económica positiva e foi um bom ponto de partida para a segunda edição da Conferência Risco-País realizada em Kinshasa.

Para o ministro das Finanças da RDC, as boas notícias promovem o diálogo entre todas as partes interessadas, em primeiro lugar o setor privado. "E pensamos que é também uma oportunidade para os observadores externos, as agências de notação, analisarem de novo o que estamos a fazer. Penso que algumas delas também estarão a avaliar a nossa situação", afimaNicolas Kazadi.

A República Democrática do Congo continua a enfrentar desafios reais, incluindo infraestruturas inadequadas, impostos arbitrários e insegurança no leste do país. Um clima de ansiedade afastou alguns investidores. Mas nos últimos anos, o governo intensificou as reformas e colocou a tónica no desempenho macroeconómico, na gestão responsável das finanças públicas e num sistema financeiro estável. Estes três fatores contribuirão para estabelecer a credibilidade do país, nomeadamente aos olhos dos investidores privados.

"De um modo geral, diria que se trata de algo muito positivo e que estas iniciativas são muito boas. Há um desejo real por parte do governo de fazer a coisa certa", defende Marie Chantal Kaninda, diretora executiva da Glencore RDC. 

O objetivo é não deixar que as questões sociais, a criação de emprego e a criação de riqueza sejam relegadas para segundo plano. E embora a RDC possua vastos depósitos minerais, chegou a altura de diversificar a sua economia. Esta deve ser a pedra angular. Se os bancos quiserem apoiar as ambições de diversificação e crescimento, devem defender uma política eficaz que combine transparência e rastreabilidade.

"O principal desafio é o da transparência. Um desafio de rastreabilidade dos produtos exportados. E nós, os bancos, estamos a fixar-nos neste mercado, e precisamos também do apoio do Estado, que deve assegurar esta transparência e rastreabilidade para nos permitir obter um financiamento adequado", destaca Gancho Kipulu Baya, diretor Nacional do Rawbank.

Fruto da cooperação turco-congolesa, o novo centro financeiro de Kinshasa será inaugurado em dezembro. Faz parte desta nova cadeia de valor. Tem cinco torres, um centro de conferências, 90.000 m2, um investimento de mais de 300 milhões de dólares americanos e serviços interligados que concentrarão várias operações num único local para otimizar os serviços do Ministério do Orçamento e do Ministério das Finanças.

"Vai ser como um centro financeiro e também um centro governamental da RDC, no coração do país. Também temos o projeto do aeroporto de Kinshasa, que vai ser o centro da região da África Central, com capacidade para 8 milhões de ageiros e um dos maiores terminais de carga de toda a África continental. Além disso, posso mencionar o projeto Arena, com instalações desportivas que estamos a construir. Também temos uma academia para promover a educação dos congoleses. Estes investimentos vão valorizar o país e o seu o ambiente empresarial", sublinhaTurhan Mildon, presidente do Conselho de istração da MIlvest.

Os desafios mantêm-se. Com mais de 80 milhões de hectares de terras aráveis e condições climatéricas favoráveis à agricultura durante todo o ano, a produção do país é demasiado baixa. Mais de 80% dos produtos alimentares de consumo são importados. A política agrícola tem de ser otimizada. Isso permitirá que a República Democrática do Congo se restabeleça como um gigante na cena internacional. Este é um círculo virtuoso para os investidores.

"Atribuímos 40 milhões para a construção de caminhos rurais, para abastecer a província de Kinshasa, para permitir que os agricultores e as cooperativas transportem as suas colheitas. Mobilizámos 41 milhões para fornecer eletricidade a 200 mil pessoas na cidade de Cabinda. Não teríamos conseguido fazer tudo isto sem um acordo com o FMI e, para que houvesse um acordo com o FMI, foram precisas reformas", declara Safia Ibrahim-Netter, diretora da Agência sa de Desenvolvimento na RDC, revelando que "não a um dia sem que uma empresa sa manifeste o seu desejo de vir para cá".

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notícia