Paquistão diz que a Índia está a planear um ataque militar em Caxemira

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O Paquistão afirmou ter "informações credíveis" de que a Índia está a planear uma ação militar iminente contra o país, uma semana depois de as tensões entre os vizinhos com armas nucleares terem aumentado na sequência de um ataque mortal em Caxemira.

Na quarta-feira, o ministro da Informação paquistanês, Attaullah Tarar, afirmou que as informações revelavam que a Índia poderia lançar um ataque nas próximas 24 a 36 horas.

Qualquer "aventureirismo militar da Índia será objeto de uma resposta segura e decisiva", afirmou Tarar.

A Índia acusou o Paquistão de apoiar o ataque de 22 de abril em Pahalgam, uma cidade na Caxemira controlada pela Índia, algo que Islamabad nega veementemente.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, prometeu perseguir os atacantes "até aos confins do mundo".

O seu partido, o Partido Bharatiya Janata (BJP), afirmou na quarta-feira, no X, que a Índia irá demonstrar "tolerância zero para com o terrorismo".

"Modi deu liberdade às forças indianas para responderem de forma decisiva após o brutal ataque terrorista de Pahalgam", acrescentou.

Na sequência do ataque, Nova Deli suspendeu um acordo crucial de partilha de água, uma medida que Islamabad considerou "ilegal". A Índia também ordenou a todos os paquistaneses que abandonassem o seu território.

Tanto a Índia como o Paquistão fecharam o seu espaço aéreo aos aviões pertencentes ao outro país.

As tensões entre os vizinhos estão no seu ponto mais alto desde 2019, quando a Índia realizou ataques militares no Paquistão após um ataque de insurgentes na Caxemira istrada pela Índia.

Há décadas que a Caxemira é um ponto de inflamação para os dois países, que istram parte do território, mas que ambos reivindicam na totalidade.

Em chamadas separadas com a Índia e o Paquistão, o secretário-geral da ONU, António Guterres, instou-os a "evitar um confronto que poderia resultar em consequências trágicas".