{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2025/03/24/dois-mortos-em-ataque-aereo-israelita-ao-maior-hospital-do-sul-de-gaza" }, "headline": "Dois mortos em ataque a\u00e9reo israelita ao maior hospital do sul de Gaza", "description": "Um adolescente e um dirigente do Hamas foram mortos no ataque ao Hospital Nasser em Khan Younis, que feriu v\u00e1rias pessoas e provocou um grande inc\u00eandio.", "articleBody": "O ex\u00e9rcito israelita atacou o maior hospital do sul de Gaza na noite de domingo, matando duas pessoas, ferindo outras e provocando um grande inc\u00eandio.O ataque atingiu o edif\u00edcio cir\u00fargico do Hospital Nasser, na cidade de Khan Younis, segundo informou o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade de Gaza, dias depois de as instala\u00e7\u00f5es terem sido assoladas por uma nova vaga de mortos e feridos quando Israel retomou a guerra em Gaza, na semana ada, com uma vaga surpresa de ataques a\u00e9reos.Pelo menos 25 palestinianos foram mortos em ataques israelitas na Faixa de Gaza, anunciaram tr\u00eas hospitais esta segunda-feira.Sendo que o hospital Al-Ahli, na cidade de Gaza, recebeu 11 cad\u00e1veres na sequ\u00eancia dos ataques efetuados durante a noite de segunda-feira, incluindo tr\u00eas mulheres e quatro crian\u00e7as. 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Um agente da pol\u00edcia fronteiri\u00e7a matou o suspeito no local.Um homem de 70 anos, que ficou em estado cr\u00edtico, morreu devido aos ferimentos de bala, segundo o servi\u00e7o de emerg\u00eancia m\u00e9dica israelita Magen David Adom. Outro homem de 20 anos foi levado para o hospital com ferimentos de faca e permanece em estado cr\u00edtico, acrescentou.Rafah cercadaMais de 50.000 palestinianos foram mortos na guerra, informou o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade de Gaza no domingo.Os militares israelitas afirmaram ter \u0022eliminado\u0022 dezenas de militantes desde que Israel p\u00f4s fim ao cessar-fogo, na ter\u00e7a-feira, com ataques que mataram centenas de pessoas num dos dias mais mort\u00edferos da guerra, que dura j\u00e1 h\u00e1 17 meses.Horas antes do ataque de domingo ao Hospital Nasser, um outro ataque na zona humanit\u00e1ria de Muwasi matou o l\u00edder do Hamas, Salah Bardawil, e a sua mulher.Os militares israelitas tamb\u00e9m avan\u00e7aram mais a fundo em Gaza desde que retomaram a guerra. Milhares de pessoas est\u00e3o encurraladas na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, depois de as for\u00e7as israelitas terem cercado parte da cidade no domingo, segundo as autoridades palestinianas.Israel ordenou a evacua\u00e7\u00e3o do bairro de Tel al-Sultan, dizendo \u00e0s pessoas para sa\u00edrem por um \u00fanico caminho, a p\u00e9, para Muwasi, um conjunto de campos de tendas ao longo da costa.Milhares de pessoas fugiram, mas os residentes afirmam que muitos ficaram encurralados pelas for\u00e7as israelitas.O munic\u00edpio de Rafah indicou, esta segunda-feira, que milhares de pessoas ainda estavam retidas no local, incluindo socorristas da Defesa Civil e do Crescente Vermelho Palestiniano.Cessar-fogo estilha\u00e7adoPelo menos 600 palestinianos foram mortos desde que Israel retomou o seu ataque a Gaza, de acordo com as autoridades sanit\u00e1rias palestinianasA agita\u00e7\u00e3o em Israel por causa de Gaza e de outras quest\u00f5es pol\u00edticas aumentou no domingo, depois de o governo de Benjamin Netanyahu ter votado para n\u00e3o manifestar confian\u00e7a \u00e0 procuradora-geral, algo visto por muitos como um controlo do poder judicial por parte da sua coliga\u00e7\u00e3o.\u0022Estou preocupado com o futuro deste pa\u00eds. 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Dois mortos em ataque aéreo israelita ao maior hospital do sul de Gaza

Trabalhadores de resgate inspecionam um quarto no hospital Nasser depois de ter sido atingido por um ataque do exército israelita em Khan Younis, 23 de março de 2025.
Trabalhadores de resgate inspecionam um quarto no hospital Nasser depois de ter sido atingido por um ataque do exército israelita em Khan Younis, 23 de março de 2025. Direitos de autor AP Photo/Mohammad Jahjouh
Direitos de autor AP Photo/Mohammad Jahjouh
De Emma De Ruiter com AP
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Um adolescente e um dirigente do Hamas foram mortos no ataque ao Hospital Nasser em Khan Younis, que feriu várias pessoas e provocou um grande incêndio.

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O exército israelita atacou o maior hospital do sul de Gaza na noite de domingo, matando duas pessoas, ferindo outras e provocando um grande incêndio.

O ataque atingiu o edifício cirúrgico do Hospital Nasser, na cidade de Khan Younis, segundo informou o Ministério da Saúde de Gaza, dias depois de as instalações terem sido assoladas por uma nova vaga de mortos e feridos quando Israel retomou a guerra em Gaza, na semana ada, com uma vaga surpresa de ataques aéreos.

Pelo menos 25 palestinianos foram mortos em ataques israelitas na Faixa de Gaza, anunciaram três hospitais esta segunda-feira.

Sendo que o hospital Al-Ahli, na cidade de Gaza, recebeu 11 cadáveres na sequência dos ataques efetuados durante a noite de segunda-feira, incluindo três mulheres e quatro crianças. Um dos ataques matou duas crianças, os seus pais, a avó e o tio.

O Hospital Nasser recebeu sete corpos resultantes de ataques levados a cabo durante a noite e quatro de investidas efetuadas no dia anterior. E o Hospital Europeu recebeu três corpos após um bombardeamento perto de Khan Younis.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre os mortos no ataque de domingo à noite ao Hospital Nasser encontrava-se um rapaz de 16 anos que tinha sido operado há dois dias. Também foi morto Ismail Barhoum, membro do gabinete político do Hamas, que estava a ser tratado no hospital, informou o grupo militante, em comunicado.

As forças armadas israelitas confirmaram o ataque ao hospital, tendo o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmado que Barhoum era o alvo e que foram seguidas as informações mais detalhas, recorrendo a munições precisas para minimizar os danos.

No entanto, o pessoal médico afirmou que várias pessoas ficaram feridas e que o bloco operatório do hospital, destinado a doentes do sexo masculino, foi destruído.

Tal como outras instalações médicas na Faixa de Gaza, o Hospital Nasser tem vindo a ser danificado pelos ataques e bombardeamentos israelitas ao longo da guerra.

Um morto num tiroteio no norte de Israel

Por outro lado, os meios de comunicação social israelitas informaram que uma pessoa morreu e outra ficou ferida num presumível ataque terrorista perto da cidade de Yokne'am, no norte de Israel.

Segundo a polícia israelita, o suspeito conduziu um carro até uma paragem de autocarro, tendo tentado atropelar pessoas antes de sair do veículo e disparado contra os automóveis que avam. Um agente da polícia fronteiriça matou o suspeito no local.

Um homem de 70 anos, que ficou em estado crítico, morreu devido aos ferimentos de bala, segundo o serviço de emergência médica israelita Magen David Adom. Outro homem de 20 anos foi levado para o hospital com ferimentos de faca e permanece em estado crítico, acrescentou.

Rafah cercada

Mais de 50.000 palestinianos foram mortos na guerra, informou o Ministério da Saúde de Gaza no domingo.

Os militares israelitas afirmaram ter "eliminado" dezenas de militantes desde que Israel pôs fim ao cessar-fogo, na terça-feira, com ataques que mataram centenas de pessoas num dos dias mais mortíferos da guerra, que dura já há 17 meses.

Horas antes do ataque de domingo ao Hospital Nasser, um outro ataque na zona humanitária de Muwasi matou o líder do Hamas, Salah Bardawil, e a sua mulher.

Os militares israelitas também avançaram mais a fundo em Gaza desde que retomaram a guerra. Milhares de pessoas estão encurraladas na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, depois de as forças israelitas terem cercado parte da cidade no domingo, segundo as autoridades palestinianas.

Israel ordenou a evacuação do bairro de Tel al-Sultan, dizendo às pessoas para saírem por um único caminho, a pé, para Muwasi, um conjunto de campos de tendas ao longo da costa.

Milhares de pessoas fugiram, mas os residentes afirmam que muitos ficaram encurralados pelas forças israelitas.

O município de Rafah indicou, esta segunda-feira, que milhares de pessoas ainda estavam retidas no local, incluindo socorristas da Defesa Civil e do Crescente Vermelho Palestiniano.

Cessar-fogo estilhaçado

Pelo menos 600 palestinianos foram mortos desde que Israel retomou o seu ataque a Gaza, de acordo com as autoridades sanitárias palestinianas

A agitação em Israel por causa de Gaza e de outras questões políticas aumentou no domingo, depois de o governo de Benjamin Netanyahu ter votado para não manifestar confiança à procuradora-geral, algo visto por muitos como um controlo do poder judicial por parte da sua coligação.

"Estou preocupado com o futuro deste país. E acho que isto tem de acabar. Temos de mudar de direção", referiu Avital Halperin, uma das centenas de manifestantes que se encontravam à porta do gabinete de Netanyahu. A polícia informou que três pessoas foram detidas.

O cessar-fogo que entrou em vigor em janeiro pôs termo a mais de um ano de combates desencadeados pelo ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro de 2023, no qual os militantes mataram cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e fizeram 251 reféns. A maioria dos reféns foi libertada no âmbito de acordos de cessar-fogo ou de outros entendimentos.

Na primeira fase do último cessar-fogo, 25 reféns israelitas e os corpos de outros oito foram libertados em troca de cerca de 2.000 prisioneiros palestinianos. As forças israelitas permitiram que centenas de milhares de pessoas regressassem a casa. E a ajuda humanitária aumentou até que Israel cortou todos os fornecimentos a Gaza no início deste mês.

No início de fevereiro, as partes deveriam ter iniciado negociações sobre a fase seguinte do cessar-fogo, em que o Hamas deveria libertar os restantes 59 reféns - 35 dos quais se pensa estarem mortos -, em troca de mais prisioneiros palestinianos, de um cessar-fogo duradouro e de uma retirada israelita. Essas conversações, no entanto, nunca se realizaram.

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