O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que as duas partes têm estado a trabalhar numa próxima reunião, depois de os EUA terem anunciado que suspenderam a partilha de informações com a Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou na quarta-feira que existe um "movimento positivo" nas conversações entre os EUA e a Ucrânia e que ambas as partes começaram a trabalhar para uma próxima reunião.
Após o seu discurso noturno, Zelenskyy publicou no X que o seu chefe de gabinete Andriy Yermak tinha falado ao telefone com o conselheiro de segurança nacional dos EUA Mike Waltz, esperando "ver alguns resultados na próxima semana".
Yermak confirmou a chamada telefónica num outro post. O conselheiro escreveu que "discutiu os próximos os para uma paz justa e duradoura" com Waltz, acrescentando que trocaram pontos de vista sobre o "alinhamento de posições" nas relações bilaterais entre os EUA e a Ucrânia.
Zelenskyy referiu ainda que foi realizado "muito trabalho internacional" na quarta-feira, antes da Cimeira da UE em Bruxelas. Zelenskyy falou com os líderes dos Países Baixos, Portugal, Eslovénia e Alemanha e agradeceu-lhes o seu apoio.
Os EUA suspenderam a partilha de informações com a Ucrânia, cortando o fluxo de informações vitais que ajudaram a nação devastada pela guerra a combater os invasores russos.
"Demos um o atrás e estamos a fazer uma pausa e a rever todos os aspetos desta relação", disse o conselheiro de segurança nacional Mike Waltz na quarta-feira.
Mas os funcionários da istração Trump disseram na quarta-feira que as conversações positivas entre Washington e Kiev significam que pode ser apenas uma suspensão curta.
O diretor da CIA, John Ratcliffe, classificou a suspensão como uma "pausa" e disse que surgiu após o desastroso encontro entre Trump e Zelenskyy na Sala Oval, na semana ada. Ratcliffe disse que Trump queria saber se Zelenskyy estava a falar a sério sobre a paz.
"Na frente militar e na frente de inteligência, a pausa que permitiu que isso acontecesse vai desaparecer, e acho que vamos trabalhar lado a lado com a Ucrânia como temos feito", disse Ratcliffe.
A informação sobre as intenções e os movimentos militares da Rússia tem sido fundamental para a defesa da Ucrânia e uma forte indicação do apoio dos EUA e de outros aliados ocidentais.
A suspensão ocorre depois de Trump ter suspendido a ajuda militar à Ucrânia e é mais um sinal da forma como transformou a relação dos Estados Unidos com os seus aliados mais próximos, ao mesmo tempo que se tornou mais brando em relação ao Presidente russo Vladimir Putin, ao pressionar Zelenskyy a negociar um acordo de paz com a Rússia.