Após uma visita a Damasco, o enviado da ONU para a Síria afirmou que o país precisa de “uma transição política que seja credível, inclusiva e que inclua a mais ampla gama da sociedade síria e dos partidos sírios”.
O enviado da ONU para a Síria, Geir Pedersen, afirmou esta quarta-feira que o processo de transição política deve ter lugar ao abrigo de uma resolução da ONU adotada em 2015 para ajudar a negociar uma solução política entre o governo do agora deposto presidente Bashar Assad e a oposição.
“Há muita esperança de que possamos ver agora o início de uma nova Síria, uma nova Síria que esteja em conformidade com a Resolução 2254 do Conselho de Segurança”, disse Pedersen.
Ainda não é claro se o Hayat Tahrir al-Sham, ou HTS, o principal grupo rebelde que controla atualmente a Síria, irá prosseguir esse processo.
O grupo criou uma istração provisória composta por membros do seu “governo de salvação” que comandou o seu antigo bastião no norte da Síria.
O governo interino irá supervisionar o país até março, mas os novos dirigentes não deixaram claro como será feita a transição para um novo governo com plenos poderes.
Pedersen alertou também para a persistência da violência em algumas regiões do país, nomeadamente no noroeste, onde as forças curdas e os grupos armados apoiados pela Turquia têm entrado em confronto, e apelou à prestação de assistência humanitária e ao início de um processo para pôr termo às sanções impostas pelo Ocidente à Síria.