{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2024/12/17/nao-ha-razao-para-a-presenca-de-tropas-russas-na-siria-diz-novo-governo-de-transicao-do-pa" }, "headline": "\u0022N\u00e3o h\u00e1 raz\u00e3o para a presen\u00e7a de tropas russas na S\u00edria\u0022, diz novo governo de transi\u00e7\u00e3o do pa\u00eds", "description": "Executivo de transi\u00e7\u00e3o s\u00edrio afirma que n\u00e3o h\u00e1 lugar para a presen\u00e7a russa na S\u00edria, uma semana ap\u00f3s o derrube do presidente de Bashar al-Assad. 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Em declara\u00e7\u00f5es aos meios de comunica\u00e7\u00e3o social \u00e1rabes, Arnaout sublinhou que a S\u00edria entrou numa nova fase, centrada na repara\u00e7\u00e3o de d\u00e9cadas de divis\u00e3o interna e de quase 14 anos de combates brutais.A nova pol\u00edtica da S\u00edria \u00e9 uma pol\u00edtica de abertura, uma abordagem que procura construir boas rela\u00e7\u00f5es com os seus vizinhos e com o resto do mundo.No s\u00e1bado, os EUA confirmaram publicamente, pela primeira vez, a sua participa\u00e7\u00e3o nas conversa\u00e7\u00f5es com o HTS, tendo o Reino Unido confirmado uma a\u00e7\u00e3o semelhante no dia seguinte.E, na segunda-feira, a Uni\u00e3o Europeia (UE) tamb\u00e9m anunciou que estava a dar o primeiro o para estabelecer o com o grupo rebelde. 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"Não há razão para a presença de tropas russas na Síria", diz novo governo de transição do país

Um comboio do exército russo desloca-se ao longo de uma estrada perto da cidade mediterrânica de Tartus, na Síria, segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Um comboio do exército russo desloca-se ao longo de uma estrada perto da cidade mediterrânica de Tartus, na Síria, segunda-feira, 16 de dezembro de 2024 Direitos de autor Leo Correa/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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De Euronews com AP
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Executivo de transição sírio afirma que não há lugar para a presença russa na Síria, uma semana após o derrube do presidente de Bashar al-Assad. Novos líderes dizem ainda estar abertos a os com todos os países para preparar o novo futuro da Síria.

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O porta-voz do departamento político do novo governo de transição da Síria apelou à Rússia para que reconsidere a sua presença no país, agora que o seu aliado, o presidente Bashar al-Assad, foi derrubado.

Uma coluna de veículos militares russos foi avistada a partir da cidade costeira de Latakia e dirigia-se para sul, em direção à cidade de Tartus.

Soldado russo junto a coluna militar que se desloca ao longo de uma estrada perto da cidade mediterrânica de Tartus, na Síria, segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Soldado russo junto a coluna militar que se desloca ao longo de uma estrada perto da cidade mediterrânica de Tartus, na Síria, segunda-feira, 16 de dezembro de 2024Leo Correa/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.

A Rússia tem duas bases militares na Síria: a base aérea de Khmeimim, perto da cidade portuária de Latakia, e a base naval de Tartus, na costa mediterrânica. São consideradas um dos postos militares mais importantes do ponto de vista estratégico para o Kremlin.

A base de Tartus é particularmente importante, uma vez que proporciona à Rússia o seu único o direto ao Mar Mediterrâneo e uma base para realizar exercícios navais, estacionar navios de guerra e até acolher submarinos nucleares.

Os analistas e os serviços secretos ocidentais afirmam que o Kremlin está a proceder a uma retirada em grande escala da Síria, embora Moscovo ainda não o tenha confirmado.

Obeida Arnaout, porta-voz do novo governo de transição sírio, nomeado pelo grupo rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS), responsável pela queda de Assad, afirma que os recentes movimentos da Rússia na Síria têm sido ambíguos.

A decisão de retirar os navios da marinha dos portos e de retirar as frotas de veículos militares das bases não indica claramente se o Kremlin está de facto a retirar-se ou se faz parte dos seus movimentos regulares.

"Penso que a Rússia deveria reconsiderar a sua presença em território sírio, bem como os seus interesses", afirmou.

"Os seus interesses estavam ligados ao regime criminoso de Assad. Podem reconsiderar e tomar iniciativas para se aproximarem da nova istração e mostrar que não têm qualquer animosidade para com o povo sírio e que a era do regime de Assad terminou finalmente", acrescentou Arnaout.

Obeida Arnaout, porta-voz do departamento político do novo governo, fala durante uma entrevista à The Associated Press em Damasco, Síria, segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Obeida Arnaout, porta-voz do departamento político do novo governo, fala durante uma entrevista à The Associated Press em Damasco, Síria, segunda-feira, 16 de dezembro de 2024Omar Sanadiki/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.

Arnaout afirma que o novo governo tem mantido conversações ao mais alto nível com muitos países em todo o mundo. Em declarações aos meios de comunicação social árabes, Arnaout sublinhou que a Síria entrou numa nova fase, centrada na reparação de décadas de divisão interna e de quase 14 anos de combates brutais.

A nova política da Síria é uma política de abertura, uma abordagem que procura construir boas relações com os seus vizinhos e com o resto do mundo.

No sábado, os EUA confirmaram publicamente, pela primeira vez, a sua participação nas conversações com o HTS, tendo o Reino Unido confirmado uma ação semelhante no dia seguinte.

E, na segunda-feira, a União Europeia (UE) também anunciou que estava a dar o primeiro o para estabelecer o com o grupo rebelde. A ação representa a indicação mais forte até agora sobre a vontade do bloco de começar a normalizar os laços com o HTS.

"Encarreguei um diplomata europeu de topo na Síria de se deslocar a Damasco para estabelecer os com o novo governo e com a população local", afirmou Kaja Kallas, Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, na segunda-feira de manhã, antes de se dirigir para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas, onde o futuro da Síria é um dos principais pontos da agenda.

Estará no horizonte uma alteração da designação terrorista do HTS?

O HTS está na lista negra do terrorismo das Nações Unidas desde 2014, devido à sua anterior aliança com a Al-Qaeda. Todos os 27 membros da UE seguem essa designação.

Mas é uma designação que o HTS espera que os países abandonem rapidamente. Arnaout diz que rotular o HTS como tal "não é correto e não é preciso". O porta-voz do novo executivo sírio afirma ainda que as novas operações do grupo se centram na unidade e na justiça, e insta a UE, os EUA, o Reino Unido e outros países a reconsiderarem a classificação.

Para nós, não se trata apenas de palavras, queremos ver as ações na direção certa. Não só o que dizem, mas também o que fazem", afirmou Kallas.

"Penso que as próximas semanas e meses irão mostrar se estão na direção certa".

Preocupações com a abordagem "reformada" do HTS

Desde o derrube do regime de Assad, o HTS tem-se posicionado como a principal força da nova era política, nomeando um primeiro-ministro interino para istrar um governo de transição até março de 2025. O grupo também prometeu mudar o país devastado pela guerra de uma economia controlada pelo Estado para uma economia de mercado livre, a fim de atrair investidores.

No entanto, o HTS continua a ser atormentado por acusações de violações dos direitos humanos, incluindo alegadas execuções por blasfémia e adultério levadas a cabo ao abrigo de uma interpretação rigorosa e, por vezes, extrema da lei islâmica. Este historial levantou dúvidas sobre a capacidade da força rebelde para garantir o pluralismo e a tolerância após a queda de Assad.

A Síria é um país muito diversificado, habitado por muçulmanos sunitas, que representam mais de 70% da população, ao lado de muçulmanos xiitas, alauítas, cristãos e minorias étnicas como drusos, iraquianos, arménios, assírios, curdos e palestinianos.

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