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Húngaros vão às urnas, deitando contas à vida

Húngaros vão às urnas, deitando contas à vida
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Este domingo, os eleitores vão eleger o novo Parlamento, na Hungria, de acordo com novas regras. A grande curiosidade está em saber se o Partido Fidesz vai conservar a sua maioria, ou se a esquerda, apesar de dividida, consegue o maior número de mandatos.

A euronews está atenta a esta campanha eleitoral. Nesta edição falamos de economia.

Quatro anos depois de sua vitória arrebatadora, o Fidesz começou a governar o país com medidas desconexas.

Vamos analisar os resultados controversos da política económica do governo, o impacto da reforma fiscal e a reforma da segurança social.Veremos ainda as consequências dos aumentos dos preços da energia, os cortes e as dificuldades na liquidação de créditos.

Primeiro, teremos uma reportagem do correspondente da euronews e depois uma entrevista com um jornalista da área económica.

OK Hungria: crescimento económico, com quatro das regiões mais pobres da Europa

Johanna e o marido Gabor têm emprego, mas acabam por gastar todo o salário até ao final do mês. Tal como a maioria das famílias húngaras, conseguiram uma generosa redução de impostos por terem filhos. Também beneficiam das recentes medidas do governo, que baixou 30% do preço da energia, mas acham que ainda não estão suficientemente bem. Nos últimos quatro anos, os seus rendimentos estiveram praticamente estagnados, mas o nível de vida subiu. O que não é invulgar na Europa.

Gabor Molnar:

- Temos menos dinheiro, porque só eu tenho emprego a tempo inteiro e somos quatro na família, temos mais despesas e ganhamos menos.

A maior despesa é a da prestação do crédito da casa, a pagar durante 35 anos. Fizeram o crédito em francos suíços, quando esta moeda era fraca e os créditos íveis. Mas desde então, essa moeda ficou forte e o valor da amortização mensal duplicou. Agora não conseguem sequer comprar roupas novas.

A mulher e jovem mãe, Johanna Racz, acrescenta:

- Os 300 euros que pagamos ao banco, pela casa, é quase a mesma soma que gastamos connosco. Não é mau apenas para nós. Há outros que não compram nada, por isso o consumo doméstico não impulsiona a economia.

Durante os últimos quatro anos, o número de empréstimos, em moeda estrangeira, desceu de 349 mil para 231 mil. O governo forçou os bancos, por um breve período de tempo, a reduzir os juros para que as pessoas pudessem pagar o crédito na totalidade, mas a medida acabou por favorecer apenas os mais ricos, os que podiam pagar de uma vez.

Andrea Hajagos:

- De acordo com o Eurostat, quatro das sete regiões húngaras estão entre as 20 mais pobres da Europa. O nordeste da Hungria é um bom exemplo do nível de vida mais pobre do país.

O edil da aldeia dá instruções aos trabalhadores comunitários. Aqui em Alsógagy, é a única hipótese de emprego. Depois de três meses de desemprego, ser empregado da autarquia é a única via para obter um salário, apesar do salário ser apenas de 170 euros:

Um dos operários, Istvan Révész, fala por todos:

- Preferia ganhar entre 230 a 260 euros, isto dá à justa para viver.

A aldeia tem 120 habitantes, mas só 10 têm trabalho. Além desses, a aldeia tem 15 funcionários camarários. Os jovens foram todos embora.

László Takács, que governa a aldeia, explica:

- O maior problema é a falta de infraestruturas: não há transportes públicos, não há fábricas e a agricultura é dominada pelos grandes.

A indústria automóvel é a que mais emprega na Hungria. Os milhares de postos de trabalho gerados contribuem muito para o PIB da Hungria. Em 2012, a economia húngara cresceu. Desde 2011 que o défice orçamental se mantém nos 3%. A dívida pública é, relativamente, alta. Há quatro anos mantinha-se nos 80% do PIB. O governo nacionalizou os fundos de pensões e, com os 10 mil milhões de euros, baixou a dívida para 78% do PIB.

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