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Bloqueio no acordo da UE sobre fornecimento de munições à Ucrânia

A Ucrânia tem uma disponibilidade de munições que é menos de um terço da da Rússia
A Ucrânia tem uma disponibilidade de munições que é menos de um terço da da Rússia Direitos de autor Alex Brandon/Copyright 2022 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Alex Brandon/Copyright 2022 The AP. All rights reserved.
De Jorge Liboreiro & Efi Koutsokosta, Alice Tidey
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Há países que defendem a compra apenas a empresas do bloco europeu e outros que consideram tal aposta pouco viável porque atrasaria a entrega por muito tempo.

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Os Estados-membros da União Europeia (UE) estão bloqueados na tentativa de obter consenso sobre a origem das munições que vão ser fornecidas à Ucrânia, numa aquisição conjunta de peças de artilharia de  calibre 155 mm, no valor de mil milhões de euros.

Apesar de um acordo político alcançado há um mês, há um debate sobre se será possível na prática aplicar o desígnio de "autonomia estratégica", no qual a União Europeia deve tornar-se mais auto-suficiente em matéria de defesa.

O acordo previa que os Estados-membros participantes, aos quais se juntou a Noruega (que não pertence à UE), comprariam as munições apenas a empresas de defesa sediadas no bloco europeu, pelo que ficariam excluídos fornecedores de países parceiros habituais tais como EUA, Reino Unido, Israel e  Coreia do Sul.

Esta abordagem tem sido muito defendida pela França, que tem uma forte indústria de defesa, mas não é consensual.

"Eles querem 100% da cadeia de abastecimento da UE", disse um diplomata sob anonimato, à euronews, lamentando o que foi descrito como "alterações sem fim por parte dos ses". 

Os países do Norte e do Leste da Europa estarão a defender maior pragmatismo, de modo a entregar as munições à Ucrânia o mais rapidamente possível.

"Num sentido mais amplo, é crucial que fortaleçamos a indústria de defesa europeia. Mas não devemos perder de vista o que estamos a fazer aqui e isso é ajudar a Ucrânia. Tudo o resto é secundário", disse uma das fontes.

A Comissão Europeia, que concebeu o esquema de aquisição conjunta, afirmou que, na situação atual, o intervalo de tempo entre a encomenda das munições e a entrega à Ucrânia é de cerca de 12 meses, porque há muita procura e pouca oferta no setor, a nível global. Tal deve-se a questões como falta de o a matérias-primas, pessoal qualificado insuficiente e processos lentos de licenciamento.

O executivo comunitário está a trabalhar no sentido de reunir fundos europeus para aumentar a produção no bloco, através das 15 instalações existentes em 11 Estados-membros. Os planos, incluindo a quantia concreta de verbas a usar, deverão ser revelados nos próximos dias.

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