De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, o iate estava “a dirigir-se em segurança para a costa de Israel” e os seus ocupantes “deviam regressar aos seus países de origem”.
Ativistas a bordo do navio Madleen, que seguia em direção a Gaza para fornecer bens humanitários, dizem ter sido intercetados por soldados israelitas.
No Telegram, a organização Freedom Flotilla Coalition (FFC), responsável pela iniciativa, anunciou que “se perdeu a ligação” com o Madleen e, mais tarde, partilhou uma fotografia de pessoas sentadas com as mãos no ar, com coletes salva-vidas.
As últimas atualizações do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel sobre a embarcação de ajuda humanitária referem que o iate estava “a chegar em segurança à costa de Israel” e que se esperava que os seus ocupantes “regressassem aos seus países de origem”.
Pouco depois, o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita divulgou um vídeo no X que mostrava a sua marinha a dar ordens ao navio de ajuda humanitária, que se dirigia para Gaza, para se desviar, tendo publicado outra filmagem que mostrava os ageiros daquilo a que chamou de “Iate Selfie” seguros e ilesos.
A preocupação relativamente à segurança da tripulação da embarcação Madleen, operado pela Freedom Flotilla Coalition, aumentou durante a noite, depois de os alarmes terem soado no barco que transportava Greta Thunberg e outros ativistas a caminho de Gaza para entregar ajuda humanitária.
A Freedom Flotilla Coalition afirmou que a situação causou pânico e levou muitos deles a abrigarem-se e a vestirem coletes salva-vidas, preparando-se para uma intervenção.
"O alarme soou no Madleen", escreveu a organização, numa publicação nas redes sociais. "Coletes salva-vidas colocados, preparando-nos para uma interceção".
sca Albanese, relatora especial da ONU para os territórios ocupados, que afirmou estar em o com a sala de comunicações da organização em Catânia, observou que cerca de cinco embarcações se encontravam a circundar o barco de ajuda, com dois drones a pairar sobre a embarcação.
No domingo, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou que Israel não permitirá que ninguém viole o bloqueio naval ao território palestiniano, que, segundo ele, tem por objetivo impedir o Hamas de importar armas.
"À antissemita Greta e aos seus colegas propagandistas do Hamas - digo-vos isto claramente: deviam voltar para trás, porque não vão conseguir chegar a Gaza", afirmou em comunicado.
Thunberg é uma dos 12 ativistas a bordo do navio Madleen, da Freedom Flotilla Coalition.
A embarcação deixou a Sicília no ado domingo com a missão de fornecer bens humanitários e levantar o bloqueio naval a Gaza, chamando a atenção para a escalada da situação humanitária dois meses após o início do conflito entre Israel e o Hamas.
Em maio, a tentativa da Freedom Flotilla Coalition de chegar a Gaza via mar falhou quando dois drones atingiram um dos navios do grupo no momento em que este navegava em águas internacionais ao largo de Malta.
O referido ataque danificou a parte frontal da embarcação, que o grupo atribuiu a Israel, uma alegação que Israel refutou veementemente.