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Ricardo Ladeiras Lopes, cardiologista e professor auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, refere que o stress \u00e9 outro fator de risco comum para a hipertens\u00e3o. As doen\u00e7as cr\u00f3nicas, como a diabetes e a doen\u00e7a renal, tamb\u00e9m podem aumentar o risco de hipertens\u00e3o. Segundo o National Institute for Health and Care Excellence do Reino Unido, a hipertens\u00e3o pode afetar de forma desproporcionada as pessoas de origem negra africana ou caribenha. Que problemas de sa\u00fade pode causar? A maioria das pessoas com tens\u00e3o arterial elevada n\u00e3o apresenta quaisquer sintomas, mas o excesso de press\u00e3o nas art\u00e9rias pode danificar os \u00f3rg\u00e3os. \u0022De facto, a press\u00e3o arterial elevada \u00e9 respons\u00e1vel por quase metade dos ataques card\u00edacos e acidentes vasculares cerebrais no Reino Unido. Trata-se de um problema muito significativo\u0022, afirmou Ward. 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O "assassino silencioso" da Europa: Qual é o país com a tensão arterial mais elevada e como podemos evitá-la?

Um médico voluntário da FRIDA Ucrânia examina a tensão arterial de um paciente.
Um médico voluntário da FRIDA Ucrânia examina a tensão arterial de um paciente. Direitos de autor AP Photo/Evgeniy Maloletka
Direitos de autor AP Photo/Evgeniy Maloletka
De Lauren Chadwick
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A hipertensão, embora comum, pode levar a doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais se não for gerida, o que leva os médicos a referirem-se frequentemente a ela como um "assassino silencioso".

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A hipertensão, também conhecida como pressão arterial elevada, é uma doença comum que afeta cerca de uma em cada três pessoas em todo o mundo, mas que, se não for tratada, pode levar a ataques cardíacos e derrames.

É um número que duplicou nas últimas duas décadas, sendo que quase metade das pessoas com esta doença não a conhecem, afirmou a Organização Mundial de Saúde (OMS) no ano ado.

"É preocupante porque se trata de uma doença potencialmente fatal e que, em grande parte, a despercebida porque, quando se tem pressão arterial elevada, raramente se tem sintomas", disse Julie Ward, enfermeira cardíaca sénior da British Heart Foundation (BHF), à Euronews Health.

"Pode haver uma ou outra dor de cabeça, um pouco de tonturas ou uma visão turva, mas isso acontece normalmente se a tensão arterial elevada for muito grave", acrescentou.

Na sexta-feira, assinala-se o Dia Mundial da Hipertensão, em que os especialistas procuram sensibilizar as pessoas para a forma como podem prevenir e gerir a doença.

O que é a hipertensão?

A tensão arterial elevada ocorre quando a "força do sangue a empurrar as paredes dos vasos sanguíneos é consistentemente demasiado elevada", de acordo com a Associação Americana do Coração.

É registada com dois números que medem a pressão sistólica e a pressão diastólica.

A pressão sistólica, o número mais elevado, é a pressão nas artérias quando o coração bombeia sangue, enquanto a pressão diastólica, o número mais baixo, é a força quando o coração relaxa entre os batimentos cardíacos.

Segundo o Serviço Nacional de Saúde de Portugal, a hipertensão arterial (HTA) caracteriza-se por uma pressão sanguínea excessiva na parede das artérias, acima dos valores considerados normais, que ocorre de forma crónica. Define-se hipertensão arterial quando a pressão máxima é maior ou igual a 140 mmHg (vulgo 14), ou a pressão mínima é maior ou igual a 90 mmHg (vulgo 9).

Quais são os fatores de risco da tensão arterial elevada?

Alguns fatores de risco comuns para a hipertensão incluem a idade avançada, a existência de familiares com hipertensão e o excesso de peso.

Também pode ser condicionada por fatores relacionados com o estilo de vida, como fumar, beber demasiado álcool, comer demasiado sal ou não fazer exercício físico suficiente.

Ricardo Ladeiras Lopes, cardiologista e professor auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, refere que o stress é outro fator de risco comum para a hipertensão.

As doenças crónicas, como a diabetes e a doença renal, também podem aumentar o risco de hipertensão.

Segundo o National Institute for Health and Care Excellence do Reino Unido, a hipertensão pode afetar de forma desproporcionada as pessoas de origem negra africana ou caribenha.

Que problemas de saúde pode causar?

A maioria das pessoas com tensão arterial elevada não apresenta quaisquer sintomas, mas o excesso de pressão nas artérias pode danificar os órgãos.

"De facto, a pressão arterial elevada é responsável por quase metade dos ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais no Reino Unido. Trata-se de um problema muito significativo", afirmou Ward.

Ladeiras Lopes, médico cardiologista e membro da Sociedade Europeia de Cardiologia, afirma que a hipertensão é "um importante fator de risco para as doenças cardiovasculares, incluindo os ataques cardíacos e os acidentes vasculares cerebrais".

"Também pode levar a outros problemas de saúde graves, como insuficiência renal, perda de visão, insuficiência cardíaca. O problema da hipertensão é que também é vulgarmente designada por "assassina silenciosa", porque pode existir sem sintomas visíveis durante anos e pode levar a complicações graves se não for tratada", acrescentou.

Quantas pessoas na Europa têm tensão arterial elevada?

Cerca de um quarto das pessoas na União Europeia sofre de tensão arterial elevada, de acordo com os dados do Eurostat, o serviço de estatística do bloco.

De acordo com os últimos dados disponíveis, o número de pessoas com tensão alta varia consoante os países da UE, oscilando entre 37% das pessoas na Croácia e 12% na Irlanda.

De acordo com os dados, para além de ser o país mais atingido, a Croácia também registou um grande aumento no número de pessoas com hipertensão entre 2014 e 2019.

"Embora não possamos ter a certeza das razões exatas para o aumento dos dados de hipertensão comunicados para a Croácia entre 2014 e 2019, a hipertensão é um dos problemas de saúde pública mais significativos na Croácia", disse Ana Ivičević Uhernik, do Instituto Croata de Saúde Pública, referindo-se ao aumento da pressão arterial elevada comunicada, mostrado no Inquérito Europeu de Saúde por Entrevista.

Um estudo liderado por Ivičević Uhernik e publicado no ano ado concluiu que havia uma elevada prevalência de hipertensão na Croácia e "uma proporção significativa, embora menor do que o esperado, de hipertensão não diagnosticada".

"Devido ao envelhecimento da população croata e ao aumento da prevalência da obesidade, esperamos que a prevalência da hipertensão aumente ainda mais no futuro", disse à Euronews Health.

Entretanto, de acordo com a Blood Pressure UK, cerca de um em cada três adultos tem pressão arterial elevada em Inglaterra, o que corresponde à média mundial.

O que é que as pessoas podem fazer para tratar ou prevenir a hipertensão?

"Há muitas coisas que se podem fazer e, normalmente, estão relacionadas com o estilo de vida", diz Ward, acrescentando, no entanto, que as pessoas "não podem evitá-la totalmente porque todas as pessoas com mais de 65 anos podem potencialmente ter pressão arterial elevada porque é uma doença do envelhecimento".

Mudanças no estilo de vida, como não fumar, reduzir o consumo de álcool, não adicionar mais sal aos alimentos e adotar uma dieta saudável com alimentos frescos podem ajudar.

Estudos demonstraram também que uma dieta de estilo mediterrânico, rica em legumes frescos, gorduras saudáveis e peixe, pode reduzir o risco de hipertensão. Os especialistas dizem que as pessoas também devem fazer exercício e manter um peso saudável.

"A gestão do stress na nossa vida quotidiana agitada é muito importante", acrescentou Ladeiras Lopes, bem como a monitorização regular.

Capacitar os doentes

Ward, que também responde a perguntas como parte da linha de apoio da British Heart Foundation, disse que recebem uma "quantidade muito significativa de perguntas sobre a tensão arterial elevada".

"Tentamos dar aos doentes a possibilidade de a gerirem eles próprios em casa", disse ela, por exemplo, adquirindo um aparelho de medição da tensão arterial e mantendo um diário para ver quando sobe, bem como falando com um médico para falar sobre possíveis mudanças no estilo de vida.

Existem também medicamentos disponíveis para ajudar as pessoas a gerir a tensão arterial elevada.

O mais importante é "conhecer os seus números", afirmou.

Ladeiras Lopes afirma que se trata de uma "preocupação global", acrescentando que as directrizes sobre hipertensão da Sociedade Europeia de Cardiologia deverão ser actualizadas este ano.

"O envelhecimento é um fator de risco. É também importante considerar a urbanização e as alterações do estilo de vida. Porque conduzem a uma redução da atividade física e a um aumento do consumo de alimentos processados, bem como a níveis mais elevados de stress", disse, que devem ser abordados.

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