A Agência Nacional de Saúde Pública da Grécia mostrou-se tranquila em relação aos surtos de estreptococos e deu instruções às unidades escolares sobre como lidar com a situação.
Os mais recentes casos de estreptococos na Grécia levaram ao fecho de escolas e à emissão de um comunicado da Agência Nacional de Saúde Pública a esclarecer que nunca deu ordens nesse sentido.
Ainda assim, emitiu instruções claras destinadas às escolas e aos pais.
Em comunicado, a entidade indicou o seguinte: “O Estreptococos do grupo A, também conhecido como estreptococos piogénico ou GAS (Group A Streptococcus) é uma bactéria que pode causar várias infeções nos seres humanos, normalmente ligeiras, mas, em casos raros, muito graves e mesmo fatais, se não forem devidamente tratadas. Uma percentagem de pessoas transporta a bactéria na garganta ou na pele sem ficar doente, o que as torna portadoras saudáveis da bactéria. O estreptococos do grupo A é transmitido por gotículas infetadas de secreções de doentes, pelo o com lesões cutâneas infetadas de doentes e pelo o com portadores saudáveis da bactéria. A transmissão ocorre mais facilmente através de pessoas sintomáticas e doentes do que através de portadores saudáveis."
"Até 2023, o estreptococos do grupo A não foi incluído na lista de doenças de declaração obrigatória. Em 2023, como se verificou um aumento da forma grave da infeção pelo estreptococos do grupo A/forma invasiva, foi criado um sistema de registo dessa forma invasiva. De referir que os casos de infeção invasiva pelo estreptococos do grupo A (iGAS) têm uma elevada taxa de mortalidade que pode atingir os 25%. Em 2023, foram registados 90 casos de iGAS, 68 em 2024 e até à data, segunda-feira, 26/05/2025, foram notificados 25 casos de iGAS. Trata-se de uma diminuição relativa do número de casos de iGAS registados. Ao mesmo tempo, centenas de casos de infeção estreptocócica (por exemplo, faringoamigdalite, infeção cutânea, escarlatina, etc.) são observados na comunidade em todo o território ao longo do tempo e são tratados com sucesso com tratamento antibiótico adequado.”
Estas são as medidas a adotar nas escolas quando é detetado um surto
“No caso de termos casos de infeção estreptocócica numa unidade escolar (ligeira ou invasiva), as medidas recomendadas são:
1. A criança permanece em casa até ter recebido tratamento antibiótico adequado, pelo menos um a dois dias.
2. Implementar medidas de higiene pessoal reforçadas, lavar regularmente as mãos, evitar a utilização de objetos de outras crianças (por exemplo, copos, etc.).
3. Ventilação regular das divisões.
4. Reforço do programa de limpeza regular dos pavilhões.
Não fazer:
- Desinfeção das salas e superfícies por equipas especiais.
- Não há necessidade de encerrar escolas e serviços onde se registaram casos de infeção estreptocócica.
“Nunca demos ordem para fechar escolas”, diz Agência Nacional de Saúde Pública
Na informação avançada por alguns municípios, afirma-se que o encerramento das unidades escolares foi efetuado em consulta com a Agência Nacional de Saúde Pública. Mas esta entidade afirma que nunca recomendou a adoção dessa medida.
O encerramento de uma escola é uma medida severa de Saúde Pública com muitas implicações e que só deve ser implementada por recomendação dos serviços competentes.
Nas últimas semanas, várias escolas tomaram a decisão de encerrar na sequência de um surto de estreptococos.