As exportações da China cresceram 12,4% em março em relação ao ano ado, à medida que as empresas tentam responder aos aumentos das tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, informou o Pequim esta segunda-feira.
As importações da China, entretanto, caíram 4,3%, informou a istração aduaneira.
As exportações da segunda maior economia do mundo aumentaram 5,8% nos primeiros três meses do ano em relação ao ano anterior, enquanto as importações caíram 7%.
O excedente comercial da China com os Estados Unidos foi de 27,6 mil milhões de dólares (24,77 mil milhões de euros) em março, tendo as exportações aumentado 4,5%. No primeiro trimestre do ano, registou um excedente de 76,6 mil milhões de dólares com os EUA.
A China está a enfrentar tarifas de 145% sobre a maioria das exportações para os Estados Unidos, de acordo com a última alteração das políticas comerciais de Trump.
No entanto, os maiores aumentos nas exportações foram para os vizinhos do Sudeste Asiático, onde a entrada de produtos da China aumentou quase 17% em março em relação ao ano anterior. As exportações para África aumentaram mais de 11%.
O presidente chinês, Xi Jinping, viajou para o Vietname esta segunda-feira, no âmbito de uma visita regional que o vai levar também à Malásia e ao Camboja. Esta é a oportunidade de estreitar os laços comerciais com outros países asiáticos que também enfrentam tarifas potencialmente elevadas, embora na semana ada Trump tenha adiado a aplicação das tarifas por 90 dias para estes países.
As exportações da China para o Vietname aumentaram quase 17% no mês ado em relação ao ano anterior, enquanto as importações caíram 2,7%.
Embora a viagem de Xi tenha sido planeada anteriormente, ganhou importância com o surgimento da guerra comercial entre Washington e Pequim.
O porta-voz da istração aduaneira da China, Lyu Daliang, disse que o país está a enfrentar uma "situação externa complexa e grave", mas que o céu não vai cair. Destacou ainda as opções diversificadas de exportação e o enorme mercado interno da China.
Quando questionado sobre a queda das importações chinesas, disse aos jornalistas que o país tem sido o segundo maior importador do mundo durante 16 anos consecutivos, aumentando a quota de importações globais de cerca de 8% para 10,5%.
"Atualmente e no futuro, o espaço de crescimento das importações da China é enorme e o grande mercado chinês é sempre uma grande oportunidade para o mundo", afirmou.