Segundo o regime lançado em julho, os pais podem transferir até 45 dias da sua licença paga para alguém que não seja o tutor legal da criança. Para os pais solteiros, podem ser transferidos até 90 dias por cada filho, de um total de 480 dias de licença paga.
PUBLICIDADEOs avós na Suécia podem agora ser pagos para tomar conta dos seus netos.
O Instituto da Segurança Social do país escandinavo lançou um novo regime em julho deste ano para proporcionar flexibilidade a vários tipos de famílias.
"A minha mãe ajudou-me e facilitou-me muito [a vida], precisamente porque esteve comigo desde que ele nasceu; ajudou-me, aliviou-me e apoiou-me, por isso tem sido muito útil", afirma Maria Karlsson, mãe solteira de Liam, de três anos. Zhor, mãe de Maria, já se habituou às novas tarefas.
"Eu ajudo duas vezes por semana. É quase como uma rotina. Este subsídio parental, por exemplo, é para a avó e para o avô", conta.
A conciliação entre vida pessoal e familiar tornou-se mais fácil para Maria.
"Se acontecer alguma coisa muito importante que exija a minha presença, ele pode ficar em casa com a minha mãe e ela vem para nossa casa. E eu posso fazer isso e voltar para casa mais tarde. É muito bom ter essa possibilidade", sublinha Maria.
Transferência de dias de licença
As novas regras da licença parental na Suécia permitem que os pais transfiram até 45 dias da sua licença paga para alguém que não seja o tutor legal da criança. Para os pais solteiros, podem ser transferidos até 90 dias por cada filho, de um total de 480 dias de licença paga.
O diretor de operações de seguro parental do Instituto de Segurança Social da Suécia afirma que a nova lei visa também melhorar o equilíbrio entre a vida profissional e familiar dos pais, promovendo a igualdade de género.
A ministra que apresentou a lei espera que a Suécia possa servir de exemplo para o resto da Europa.
"Pensamos que este pode ser um bom exemplo para toda a Europa no que se refere à flexibilidade e ao incentivo aos jovens para terem filhos, mas também para permanecerem no mercado de trabalho e terem uma vida profissional e parental ativas ao mesmo tempo", frisa Anna Tenje, ministra sueca da Segurança Social.
Até ao final de agosto, quase 1.500 pessoas na Suécia transferiram dias de licença para alguém que não era o outro tutor da criança, revelou o Instituto de Segurança Social sueco à Euronews.
A Suécia foi o primeiro país a introduzir a licença parental remunerada também para os pais, em 1974.