{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2023/06/13/que-paises-europeus-oferecem-melhores-beneficios-na-baixa-por-doenca" }, "headline": "Que pa\u00edses europeus oferecem melhores benef\u00edcios na baixa por doen\u00e7a?", "description": "No ano ado, os trabalhadores ses atingiram n\u00fameros recorde nas baixas por doen\u00e7a. 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No que toca \u00e0 despesa p\u00fablica exclusivamente com as licen\u00e7as por doen\u00e7a , segundo os dados de 2020 do Eurostat, a\u00a0Alemanha surge novamente no topo da lista.\u00a0O pa\u00eds afeta 2,3% do seu PIB ao apoio aos trabalhadores doentes.\u00a0 Segue-se a Holanda (2,1%), a Su\u00e9cia (1,7%), a Espanha (1,5%) e o Luxemburgo (1,4%). Os n\u00fameros de 2020 ter\u00e3o sido influenciados pela pandemia do coronav\u00edrus. No entanto, se olharmos para os n\u00fameros de 2018, os pa\u00edses com as despesas mais elevadas s\u00e3o praticamente os mesmos, \u00e0 exce\u00e7\u00e3o de Espanha, que ent\u00e3o n\u00e3o gastava tanto. Os pa\u00edses europeus com as baixas por doen\u00e7a mais favor\u00e1veis para os trabalhadores A seguinte lista de pa\u00edses foi elaborada pela Euronews Next e deve ser interpretada com cautela. H\u00e1 muitas regras e condi\u00e7\u00f5es em torno da elegibilidade para as licen\u00e7as pagas. 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Dura\u00e7\u00e3o da presta\u00e7\u00e3o : Se a incapacidade para o trabalho se prolongar para al\u00e9m deste per\u00edodo, o organismo de seguro de doen\u00e7a garante uma extens\u00e3o at\u00e9 um per\u00edodo m\u00e1ximo de 78 semanas (um ano e meio). Est\u00f3nia Montante da presta\u00e7\u00e3o : 70% do sal\u00e1rio de refer\u00eancia do fundo p\u00fablico de seguro de sa\u00fade, a partir do segundo dia de baixa. Este sal\u00e1rio de refer\u00eancia \u00e9 determinado com base no sal\u00e1rio m\u00e9dio dos \u00faltimos seis meses e nos pagamentos de contribui\u00e7\u00f5es sociais efetuados durante o ano civil anterior. Dura\u00e7\u00e3o : At\u00e9 182 dias consecutivos, com um m\u00e1ximo de 240 dias por ano. Finl\u00e2ndia Montante : O trabalhador pode requerer a baixa nove dias \u00fateis ap\u00f3s o in\u00edcio da doen\u00e7a. Geralmente, a entidade patronal paga o sal\u00e1rio do trabalhador durante este per\u00edodo de espera e, em muitos casos, paga tamb\u00e9m o sal\u00e1rio por inteiro durante os primeiros um ou dois meses. Em seguida, o Kela - Instituto de Seguran\u00e7a Social da Finl\u00e2ndia - paga o subs\u00eddio, com base no rendimento m\u00e9dio anual do trabalhador. Dura\u00e7\u00e3o : At\u00e9 300 dias de trabalho (quase um ano). Su\u00e9cia Montante : Cerca de 80% do sal\u00e1rio, mas pode ser mais elevado se existir uma conven\u00e7\u00e3o coletiva. Dura\u00e7\u00e3o : 364 dias, mas \u00e9 poss\u00edvel um prolongamento com uma baixa que cobre 75% do rendimento do trabalhador. S e a pessoa em causa estiver gravemente doente, pode continuar a receber um subs\u00eddio de doen\u00e7a equivalente a 80% do seu sal\u00e1rio. Fran\u00e7a Montante : em fun\u00e7\u00e3o do tipo de doen\u00e7a e do estatuto profissional, as presta\u00e7\u00f5es podem ser diferentes. Mas o subs\u00eddio di\u00e1rio corresponde normalmente a 50% do sal\u00e1rio de refer\u00eancia do trabalhador. O sal\u00e1rio de refer\u00eancia bruto tem um limite m\u00e1ximo de 2 885,61 euros por m\u00eas, o que significa que o subs\u00eddio di\u00e1rio pago n\u00e3o pode exceder os 47,43 euros por dia.\u00a0 No entanto, quando a baixa ultraa os tr\u00eas meses, esse valor di\u00e1rio pode ser reavaliado e aumentado. Dura\u00e7\u00e3o : Se o estado de sa\u00fade do trabalhador o justificar, a baixa por doen\u00e7a pode durar at\u00e9 tr\u00eas anos. Portugal Montante : Quanto mais longa for a baixa, mais bem paga \u00e9 a presta\u00e7\u00e3o.\u00a0 As baixas por doen\u00e7a com dura\u00e7\u00e3o inferior a um m\u00eas s\u00e3o de 55% do rendimento m\u00e9dio do trabalhador.\u00a0 A percentagem sobe para 60% se o trabalhador estiver doente entre um a tr\u00eas meses, para 70% se a doen\u00e7a durar entre tr\u00eas meses e um ano, e para 75% se esta se prolongar por mais de um ano. 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Que países europeus oferecem melhores benefícios na baixa por doença?

"Estou de baixa por doença", diz a nota
"Estou de baixa por doença", diz a nota Direitos de autor Euronews/Canva
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De Camille Bello
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No ano ado, os trabalhadores ses atingiram números recorde nas baixas por doença. A que têm direito e como se compara com a restante Europa?

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A seguradora sa multinacional AXA analisou 300 milhões de dados mensais relativos aos seus três milhões de trabalhadores e publicou as conclusões no mês ado, no relatório "Datascope, o observatório do absentismo". 

O estudo destaca que quase metade dos trabalhadores ses da companhia de seguros faltou por doença pelo menos um dia no ano ado, tendo o absentismo atingido um novo recorde.

É o terceiro ano consecutivo em que o mesmo aumenta em todos os grupos etários, independentemente da antiguidade dos trabalhadores ou da dimensão da empresa, sublinha o relatório.

A seguradora aponta os motivos psicológicos, nomeadamente o esgotamento, como o principal fator subjacente às baixas por doença de longa duração.

Tal como vários outros países, a França flexibilizou as regras relativas às licenças por doença no auge da pandemia de COVID-19, para ajudar a evitar a propagação do vírus. 

No entanto, nos últimos meses, tal como a Alemanha, tem vindo a rever estas medidas especiais numa tentativa de reduzir os pedidos fraudulentos.

Para perceber a atual situação das baixas por doença na Europa, comecemos por analisar quanto gastam os governos em licenças por doença e cuidados de saúde.

A Alemanha ocupa o primeiro lugar na União Europeia (UE), despendendo 11% do seu PIB, de acordo com o Gabinete de Estatísticas da UE, o Eurostat. Segue-se a França e os Países Baixos (ambos com 10,2%).

Os países que menos gastam em baixas e cuidados médicos são a Estónia (4,9% do PIB), a Lituânia (5%), a Polónia, a Hungria e a Irlanda (5,5% nos três casos).

No que toca à despesa pública exclusivamente com as licenças por doença, segundo os dados de 2020 do Eurostat, a Alemanha surge novamente no topo da lista. O país afeta 2,3% do seu PIB ao apoio aos trabalhadores doentes. 

Segue-se a Holanda (2,1%), a Suécia (1,7%), a Espanha (1,5%) e o Luxemburgo (1,4%).

Os números de 2020 terão sido influenciados pela pandemia do coronavírus. No entanto, se olharmos para os números de 2018, os países com as despesas mais elevadas são praticamente os mesmos, à exceção de Espanha, que então não gastava tanto.

Os países europeus com as baixas por doença mais favoráveis para os trabalhadores

A seguinte lista de países foi elaborada pela Euronews Next e deve ser interpretada com cautela.

Há muitas regras e condições em torno da elegibilidade para as licenças pagas. Por exemplo, nalguns países, esta opção só é possível para aqueles que tenham feito contribuições suficientes para a segurança social num período de referência anterior à incapacidade para o trabalho.

Alguns países preveem também exceções condicionais que permitem aumentar o montante da ajuda, por exemplo, se a pessoa tiver uma infeção contagiosa como a tuberculose ou o VIH.

Luxemburgo

Montante da prestação: As empresas luxemburguesas são obrigadas a pagar aos trabalhadores que se encontram de baixa por doença o seu salário integral durante cerca de três meses, ou seja, durante 77 dias ou até ao final do mês civil em que ocorre o 77.º dia de incapacidade para o trabalho.

Duração da prestação: Se a incapacidade para o trabalho se prolongar para além deste período, o organismo de seguro de doença garante uma extensão até um período máximo de 78 semanas (um ano e meio).

Estónia

Montante da prestação: 70% do salário de referência do fundo público de seguro de saúde, a partir do segundo dia de baixa.

Este salário de referência é determinado com base no salário médio dos últimos seis meses e nos pagamentos de contribuições sociais efetuados durante o ano civil anterior.

Duração: Até 182 dias consecutivos, com um máximo de 240 dias por ano.

Finlândia

Montante: O trabalhador pode requerer a baixa nove dias úteis após o início da doença. Geralmente, a entidade patronal paga o salário do trabalhador durante este período de espera e, em muitos casos, paga também o salário por inteiro durante os primeiros um ou dois meses.

Em seguida, o Kela - Instituto de Segurança Social da Finlândia - paga o subsídio, com base no rendimento médio anual do trabalhador.

Duração: Até 300 dias de trabalho (quase um ano).

Suécia

Montante: Cerca de 80% do salário, mas pode ser mais elevado se existir uma convenção coletiva.

Duração: 364 dias, mas é possível um prolongamento com uma baixa que cobre 75% do rendimento do trabalhador. Se a pessoa em causa estiver gravemente doente, pode continuar a receber um subsídio de doença equivalente a 80% do seu salário.

França

Montante: em função do tipo de doença e do estatuto profissional, as prestações podem ser diferentes. Mas o subsídio diário corresponde normalmente a 50% do salário de referência do trabalhador.

O salário de referência bruto tem um limite máximo de 2 885,61 euros por mês, o que significa que o subsídio diário pago não pode exceder os 47,43 euros por dia. No entanto, quando a baixa ultraa os três meses, esse valor diário pode ser reavaliado e aumentado.

Duração: Se o estado de saúde do trabalhador o justificar, a baixa por doença pode durar até três anos.

Portugal

Montante: Quanto mais longa for a baixa, mais bem paga é a prestação. 

As baixas por doença com duração inferior a um mês são de 55% do rendimento médio do trabalhador. A percentagem sobe para 60% se o trabalhador estiver doente entre um a três meses, para 70% se a doença durar entre três meses e um ano, e para 75% se esta se prolongar por mais de um ano.

Duração: até 1095 dias (três anos).

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