{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2017/09/25/multiplicar-a-energia-que-vem-da-terra" }, "headline": "Multiplicar a energia que vem da Terra", "description": "Se tudo correr como previsto, a quantidade de energia geot\u00e9rmica pode vir a multiplicar-se por 10.", "articleBody": "A Isl\u00e2ndia \u00e9 considerada como o ber\u00e7o da energia geot\u00e9rmica. E \u00e9 neste pa\u00eds que se testa uma nova t\u00e9cnica que consiste em abrir furos de 5 quil\u00f3metros de profundidade para trazer \u00e0 superf\u00edcie vapores com temperaturas de 500 graus cent\u00edgrados. Se tudo correr como previsto, a quantidade de energia produzida desta forma pode vir a multiplicar-se por 10. O cora\u00e7\u00e3o da Terra tem um potencial incalcul\u00e1vel em termos de produ\u00e7\u00e3o de energia. Na Pen\u00ednsula de Reykjanes foi aberto um furo que vai muito al\u00e9m dos habituais 2,5 quil\u00f3metros que os po\u00e7os geot\u00e9rmicos costumam ter. Tudo para chegar perto dos reservat\u00f3rios de magma. \u201cTemos de explorar a maior profundidade para ajudar a Natureza a libertar o calor para a superf\u00edcie. Os fluidos que encontramos a estas temperaturas est\u00e3o no que chamamos de condi\u00e7\u00f5es supercr\u00edticas. Se conseguirmos trazer o g\u00e1s \u00e0 superf\u00edcie at\u00e9 a uma central energ\u00e9tica, poderemos produzir de 30 a 50 megawatts\u201d, aponta o ge\u00f3logo Gudmundur Fridleifsson. Este \u00e9 o grande objetivo do projeto europeu DEEPEGS, conduzido por um cons\u00f3rcio internacional liderado por empresas islandesas. \u201cA experi\u00eancia acumulada na Isl\u00e2ndia pode ser utilizada em It\u00e1lia. E o mesmo acontece com experi\u00eancias realizadas no Jap\u00e3o ou na Nova Zel\u00e2ndia. Fazemos um processo de aprendizagem uns com os outros\u201d, salienta Fridleifsson, que \u00e9 o coordenador do projeto. Um dos grandes desafios da equipa de investigadores \u00e9 testar novas t\u00e9cnicas de explora\u00e7\u00e3o ao mesmo tempo que apura a composi\u00e7\u00e3o do subsolo para evitar danos estruturais ou problemas de seguran\u00e7a. Segundo Albert Albertsson, engenheiro mec\u00e2nico, \u201erfurar num solo desconhecido \u00e9 desafiante. N\u00e3o temos forma de saber exatamente o que vamos encontrar. O grande problema \u00e9 a qu\u00edmica dos fluidos, os fen\u00f3menos de corros\u00e3o, entre outros\u201d. As perfura\u00e7\u00f5es na crosta terrestre podem desembocar num reservat\u00f3rio de magma ou mesmo desencadear pequenos sismos em \u00e1reas vulc\u00e2nicas. \u201cTentamos minimizar os riscos utilizando instrumentos geof\u00edsicos, recorrendo \u00e0 hist\u00f3ria da vulcanologia. H\u00e1 muitos estudos cient\u00edficos antes de come\u00e7armos as opera\u00e7\u00f5es\u201d, afirma Fridleifsson. A extra\u00e7\u00e3o de vapor resulta tamb\u00e9m na liberta\u00e7\u00e3o de CO2, sulfuretos, entre outros. Mas o m\u00e9todo island\u00eas \u00e9 reciclar absolutamente tudo. Para Albertsson, \u201cuma central \u00e9 como uma caixa para onde convergem v\u00e1rios recursos: energia, \u00e1gua quente, \u00e1gua subterr\u00e2nea\u2026 S\u00e3o tudo recursos valiosos que n\u00e3o podem ser desperdi\u00e7ados\u201d. Os resultados deste projeto s\u00f3 ser\u00e3o conhecidos no final de 2018.", "dateCreated": "2017-09-25T16:59:23+02:00", "dateModified": "2017-09-25T16:59:23+02:00", "datePublished": "2017-09-25T16:59:23+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F389567%2F1440x810_389567.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Se tudo correr como previsto, a quantidade de energia geot\u00e9rmica pode vir a multiplicar-se por 10.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F389567%2F432x243_389567.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

Multiplicar a energia que vem da Terra

Multiplicar a energia que vem da Terra
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Se tudo correr como previsto, a quantidade de energia geotérmica pode vir a multiplicar-se por 10.

A Islândia é considerada como o berço da energia geotérmica. E é neste país que se testa uma nova técnica que consiste em abrir furos de 5 quilómetros de profundidade para trazer à superfície vapores com temperaturas de 500 graus centígrados. Se tudo correr como previsto, a quantidade de energia produzida desta forma pode vir a multiplicar-se por 10.

O coração da Terra tem um potencial incalculável em termos de produção de energia. Na Península de Reykjanes foi aberto um furo que vai muito além dos habituais 2,5 quilómetros que os poços geotérmicos costumam ter. Tudo para chegar perto dos reservatórios de magma.

“Temos de explorar a maior profundidade para ajudar a Natureza a libertar o calor para a superfície. Os fluidos que encontramos a estas temperaturas estão no que chamamos de condições supercríticas. Se conseguirmos trazer o gás à superfície até a uma central energética, poderemos produzir de 30 a 50 megawatts”, aponta o geólogo Gudmundur Fridleifsson.

Este é o grande objetivo do projeto europeu DEEPEGS, conduzido por um consórcio internacional liderado por empresas islandesas.

“A experiência acumulada na Islândia pode ser utilizada em Itália. E o mesmo acontece com experiências realizadas no Japão ou na Nova Zelândia. Fazemos um processo de aprendizagem uns com os outros”, salienta Fridleifsson, que é o coordenador do projeto.

Um dos grandes desafios da equipa de investigadores é testar novas técnicas de exploração ao mesmo tempo que apura a composição do subsolo para evitar danos estruturais ou problemas de segurança.

Segundo Albert Albertsson, engenheiro mecânico, “perfurar num solo desconhecido é desafiante. Não temos forma de saber exatamente o que vamos encontrar. O grande problema é a química dos fluidos, os fenómenos de corrosão, entre outros”.

As perfurações na crosta terrestre podem desembocar num reservatório de magma ou mesmo desencadear pequenos sismos em áreas vulcânicas.

“Tentamos minimizar os riscos utilizando instrumentos geofísicos, recorrendo à história da vulcanologia. Há muitos estudos científicos antes de começarmos as operações”, afirma Fridleifsson.

A extração de vapor resulta também na libertação de CO2, sulfuretos, entre outros. Mas o método islandês é reciclar absolutamente tudo.

Para Albertsson, “uma central é como uma caixa para onde convergem vários recursos: energia, água quente, água subterrânea… São tudo recursos valiosos que não podem ser desperdiçados”.

Os resultados deste projeto só serão conhecidos no final de 2018.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Cientistas voltam atrás no tempo para salvar ecossistemas marinhos

Robô europeu promete mais competitividade ao setor da construção

Terapia experimental que mata cancro da mama sem afetar outras partes do corpo vence prémio europeu