{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2017/07/10/a-gestao-da-agua-na-europa-perante-as-mudancas-climaticas" }, "headline": "A gest\u00e3o da \u00e1gua na Europa perante as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas", "description": "Como \u00e9 que a Europa se prepara para enfrentar o risco de secas e inunda\u00e7\u00f5es no quadro das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas?", "articleBody": "Como \u00e9 que a Europa se prepara para enfrentar o risco de secas e inunda\u00e7\u00f5es no quadro das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas? Alguns cientistas procuram solu\u00e7\u00f5es em Chipre. Numa zona situada nos arredores de Nic\u00f3sia, a precipita\u00e7\u00e3o \u00e9 cada vez menos frequente mas, quando ocorre, \u00e9 mais intensa do que antes. Essa mudan\u00e7a est\u00e1 a acelerar a eros\u00e3o do solo e a gerar mais sedimentos, o que dificulta a absor\u00e7\u00e3o das \u00e1guas no terreno. \u201cOs habitantes desta \u00e1rea dependem dos aqu\u00edferos para as tarefas dom\u00e9sticas e tamb\u00e9m para a irriga\u00e7\u00e3o. Com as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, h\u00e1 cada vez menos \u00e1gua dispon\u00edvel neste local. N\u00f3s estamos a ver quanta \u00e1gua pode ser armazenada aqui\u201d, diz-nos Adriana Bruggeman, hidr\u00f3loga. O problema \u00e9 que o fen\u00f3meno da evapora\u00e7\u00e3o se intensificou, o que impede progressivamente um maior volume de \u00e1gua de chegar \u00e0s faixas subterr\u00e2neas. Os investigadores recolhem continuamente amostras de solo para avaliar a velocidade da penetra\u00e7\u00e3o da \u00e1gua atrav\u00e9s de uma cada vez maior camada de sedimentos. Is Central Europe threatened by climate change? EU_BINGO's Rafaela Matos explains how our apparent safety of water supply might be affected pic.twitter.com/sIK9K9AyiF— Denis Loctier (loctier) 29 juin 2017 Os cientistas procedem tamb\u00e9m a outro tipo de estudos, nomeadamente nas florestas. A copa das \u00e1rvores interceta parte da \u00e1gua da chuva, que acaba por evaporar antes de alcan\u00e7ar o solo. Ao mesmo tempo, as ra\u00edzes extraem \u00e1gua do subsolo para permitir o crescimento da \u00e1rvore. Marinos Eliades, especialista em eco-hidrologia, descreve-nos o funcionamento de um sensor que utilizam e que possui \u201ctr\u00eas agulhas que fazem uma estimativa da velocidade a que a \u00e1gua atravessa o tronco, dando-nos uma indica\u00e7\u00e3o da quantidade que a \u00e1rvore consome\u201d. Este estudo pretende identificar, entre outros, colheitas mais rent\u00e1veis em termos de consumo de \u00e1gua, ajudando assim os agricultores locais a enfrentar as mudan\u00e7as. Esta \u00e9 apenas uma das vertentes de um vasto projeto europeu chamado BINGO. \u201cA \u00e1gua n\u00e3o surge na altura certa\u201d Na regi\u00e3o alem\u00e3 de M\u00fclheim existe um sistema de reservat\u00f3rios de \u00e1gua que abastece cerca de um milh\u00e3o de habitantes. A \u00e1gua armazenada pode transbordar em caso de chuvas mais intensas. Os investigadores utilizam dados meteorol\u00f3gicos para apurar mecanismos de preven\u00e7\u00e3o. Segundo Marc Scheibel, investigador em gest\u00e3o de recursos aqu\u00e1ticos, \u201choje em dia, chove menos durante o inverno. Antigamente, as cheias ocorriam em janeiro ou fevereiro. Agora acontecem em mar\u00e7o. E h\u00e1 mais inunda\u00e7\u00f5es registadas durante o ver\u00e3o tamb\u00e9m. Ou seja, a \u00e1gua n\u00e3o surge na altura certa: ou n\u00e3o h\u00e1 em quantidade suficiente para as pessoas consumirem ou h\u00e1 demasiada porque houve uma inunda\u00e7\u00e3o\u201d. Este projeto estende-se por 6 pa\u00edses e pretende estabelecer previs\u00f5es sobre o impacto das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas sobre os sistemas aqu\u00edferos europeus num per\u00edodo de 10 anos. Rafaela Matos, coordenadora do projeto, salienta que \u201cao antecipar as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e os seus efeitos no ciclo da \u00e1gua, podemos tamb\u00e9m antecipar e planear as melhores solu\u00e7\u00f5es para fazer face a esses efeitos, envolvendo diretamente as pessoas\u201d.", "dateCreated": "2017-07-10T17:09:11+02:00", "dateModified": "2017-07-10T17:09:11+02:00", "datePublished": "2017-07-10T17:09:11+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F377109%2F1440x810_377109.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Como \u00e9 que a Europa se prepara para enfrentar o risco de secas e inunda\u00e7\u00f5es no quadro das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas?", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F377109%2F432x243_377109.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

A gestão da água na Europa perante as mudanças climáticas

A gestão da água na Europa perante as mudanças climáticas
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Como é que a Europa se prepara para enfrentar o risco de secas e inundações no quadro das alterações climáticas?

Como é que a Europa se prepara para enfrentar o risco de secas e inundações no quadro das alterações climáticas? Alguns cientistas procuram soluções em Chipre.

Numa zona situada nos arredores de Nicósia, a precipitação é cada vez menos frequente mas, quando ocorre, é mais intensa do que antes. Essa mudança está a acelerar a erosão do solo e a gerar mais sedimentos, o que dificulta a absorção das águas no terreno.

“Os habitantes desta área dependem dos aquíferos para as tarefas domésticas e também para a irrigação. Com as mudanças climáticas, há cada vez menos água disponível neste local. Nós estamos a ver quanta água pode ser armazenada aqui”, diz-nos Adriana Bruggeman, hidróloga.

O problema é que o fenómeno da evaporação se intensificou, o que impede progressivamente um maior volume de água de chegar às faixas subterrâneas. Os investigadores recolhem continuamente amostras de solo para avaliar a velocidade da penetração da água através de uma cada vez maior camada de sedimentos.

Is Central Europe threatened by climate change? EU_BINGO</a>&#39;s Rafaela Matos explains how our apparent safety of water supply might be affected <a href="https://t.co/sIK9K9AyiF">pic.twitter.com/sIK9K9AyiF</a></p>&mdash; Denis Loctier (loctier) 29 juin 2017

Os cientistas procedem também a outro tipo de estudos, nomeadamente nas florestas. A copa das árvores interceta parte da água da chuva, que acaba por evaporar antes de alcançar o solo. Ao mesmo tempo, as raízes extraem água do subsolo para permitir o crescimento da árvore.

Marinos Eliades, especialista em eco-hidrologia, descreve-nos o funcionamento de um sensor que utilizam e que possui “três agulhas que fazem uma estimativa da velocidade a que a água atravessa o tronco, dando-nos uma indicação da quantidade que a árvore consome”.

Este estudo pretende identificar, entre outros, colheitas mais rentáveis em termos de consumo de água, ajudando assim os agricultores locais a enfrentar as mudanças. Esta é apenas uma das vertentes de um vasto projeto europeu chamado BINGO.

“A água não surge na altura certa”

Na região alemã de Mülheim existe um sistema de reservatórios de água que abastece cerca de um milhão de habitantes. A água armazenada pode transbordar em caso de chuvas mais intensas. Os investigadores utilizam dados meteorológicos para apurar mecanismos de prevenção.

Segundo Marc Scheibel, investigador em gestão de recursos aquáticos, “hoje em dia, chove menos durante o inverno. Antigamente, as cheias ocorriam em janeiro ou fevereiro. Agora acontecem em março. E há mais inundações registadas durante o verão também. Ou seja, a água não surge na altura certa: ou não há em quantidade suficiente para as pessoas consumirem ou há demasiada porque houve uma inundação”.

Este projeto estende-se por 6 países e pretende estabelecer previsões sobre o impacto das alterações climáticas sobre os sistemas aquíferos europeus num período de 10 anos. Rafaela Matos, coordenadora do projeto, salienta que “ao antecipar as mudanças climáticas e os seus efeitos no ciclo da água, podemos também antecipar e planear as melhores soluções para fazer face a esses efeitos, envolvendo diretamente as pessoas”.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Cientistas voltam atrás no tempo para salvar ecossistemas marinhos

Robô europeu promete mais competitividade ao setor da construção

Terapia experimental que mata cancro da mama sem afetar outras partes do corpo vence prémio europeu