{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2016/08/01/aquicultura-europeia-mais-verde-e-mais-rentavel" }, "headline": "Aquicultura europeia mais verde e mais rent\u00e1vel", "description": "Navegamos nas \u00e1guas do oeste da Esc\u00f3cia.", "articleBody": "Navegamos nas \u00e1guas do oeste da Esc\u00f3cia. Estamos a caminho de uma explo\u00e7\u00e3o aquicola de onde saem todos os anos mil toneladas de salm\u00e3o. Connosco est\u00e3o estes bi\u00f3logos marinhos que acreditam que hoje, a aquicultura europeia pode tornar-se ainda mais imaginativa, mais rent\u00e1vel, mais eficiente e mais sustent\u00e1vel. Para al\u00e9m do salm\u00e3o, s\u00f3 este ano, daqui devem sair 150 mil vieiras e 60 toneladas de mexil\u00f5es. Este \u00e9 o resultado do projeto piloto que usa uma t\u00e9cnica chamada Integrated Multi-trophic Aquaculture, IMTA . Por baixo das caixas onde se cria o salm\u00e3o, s\u00e3o instaladas outras linhas submarinas para que outras esp\u00e9cies possam aproveitar os nutrientes deixados pelos salm\u00f5es. De acordo com os especialistas, esta \u00e9 uma solu\u00e7\u00e3o em que todos ganham. David Attwood \u00e9 biologo marinho e diretor da The Scottish Salmon Company e explica que \u201ara o salm\u00e3o, esperamos reduzir a quantidade de fitoplancton e, com o tempo, acabar com problemas antigos como os piolhos do mar. Al\u00e9m disso, acreditamos que esta t\u00e9cnica ajuda a reduzir pegada de carbono e serve para a produ\u00e7\u00e3o comercial de outras esp\u00e9cies comest\u00edveis\u201d. Seis outros projetos piloto em toda Europa est\u00e3o a ser acompanhado por cientistas de um projeto de investiga\u00e7\u00e3o europeu. O objetivo \u00e9 identificar as condi\u00e7\u00f5es ideais e desafios para a produ\u00e7\u00e3o alternativa de marisco junto \u00e0s explora\u00e7\u00f5es aquicolas. Adam Hughes, tamb\u00e9m bi\u00f3logo marinho, da Associa\u00e7\u00e3o Escocesa para a Ci\u00eancia Marinha, lembra que \u201cexiste uma falta de conhecimento em muitos pa\u00edses em mat\u00e9ria de esp\u00e9cies a produzir. Isto \u00e9 muito importante no Mediterr\u00e2neo, onde as condi\u00e7\u00f5es s\u00e3o muito diferentes das que temos aqui. No mar Mediterr\u00e2neo existem poucos nutrientes e uma mistura muito grande de esp\u00e9cies. Al\u00e9m disso, h\u00e1 quest\u00f5es econ\u00f3micas. \u00c9 preciso encontrar solu\u00e7\u00f5es alternativas para tornar as explora\u00e7\u00f5es mais rent\u00e1veis. \u00c9 preciso tamb\u00e9m que exista mercado para as esp\u00e9cies que se produz\u201d. Um mercado que est\u00e1 a crescer muito \u00e9 o das algas, seja no setor alimentar ou no setor farmac\u00eautico. Lars Brunner, bi\u00f3logo da mesma associa\u00e7\u00e3o acredita que \u201cas algas que produzimos aqui crescem melhor porque est\u00e3o perto das caixas de salm\u00e3o\u201d. Amostras de algas ou de outras esp\u00e9cies alternativas s\u00e3o levadas para laborat\u00f3rios para determinar as condi\u00e7\u00f5es ideais de crescimento perto das explora\u00e7\u00f5es tradicionais. \u201cEstamos a estudar o tamanho e o peso. Estudamos a sua distribui\u00e7\u00e3o nos curso de \u00e1gua, para perceber se crescem mais ou menos perto da zona dos salm\u00f5es. Outros parceiros deste projeto est\u00e3o tamb\u00e9m interessados na composi\u00e7\u00e3o das algas. Analisam o que est\u00e1 a ser absorvido e libertado pelas algas. Estudam, por exemplo, os n\u00edveis dos nutrientes, se existem metais pesados. Tamb\u00e9m analisamos os componentes qu\u00edmicos naturais e a forma como s\u00e3o afetados por estar mais perto ou mais longe das explora\u00e7\u00f5es de salm\u00e3o\u201d, explica Lars Brunner. Os investigadores querem determinar quais as melhores pr\u00e1ticas desta t\u00e9cnica, tanto a n\u00edvel ambiental como no que diz respeito \u00e0 sa\u00fade dos animais. S\u00f3 depois am ao n\u00edvel econ\u00f3mico. Adam Hughes defende que \u201cexiste uma necessidade real de crescimento da ind\u00fastria da aquicultura europeia porque est\u00e1 estagnada enquanto a procura destes produtos est\u00e1 a crescer, o mercado global est\u00e1 a crescer. Por isso, esta abordagem da aquicultura pode ser uma ferramenta para a expans\u00e3o, para a diversifica\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria, para al\u00e9m do tradicional peixe, e pode criar novos postos de trabalho, novas oportunidades e novos produtos\u201d. O peixe criado em aquicultura representa quase 50% do consumo mundial. Esta nova t\u00e9cnica de produ\u00e7\u00e3o j\u00e1 est\u00e1 a ser usada em alguns pa\u00edses asi\u00e1ticos e no Canad\u00e1.", "dateCreated": "2016-08-01T12:04:42+02:00", "dateModified": "2016-08-01T12:04:42+02:00", "datePublished": "2016-08-01T12:04:42+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F337313%2F1440x810_337313.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Navegamos nas \u00e1guas do oeste da Esc\u00f3cia.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F337313%2F432x243_337313.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

Aquicultura europeia mais verde e mais rentável

Aquicultura europeia mais verde e mais rentável
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Navegamos nas águas do oeste da Escócia.

Navegamos nas águas do oeste da Escócia. Estamos a caminho de uma exploção aquicola de onde saem todos os anos mil toneladas de salmão. Connosco estão estes biólogos marinhos que acreditam que hoje, a aquicultura europeia pode tornar-se ainda mais imaginativa, mais rentável, mais eficiente e mais sustentável.

Para além do salmão, só este ano, daqui devem sair 150 mil vieiras e 60 toneladas de mexilões. Este é o resultado do projeto piloto que usa uma técnica chamada Integrated Multi-trophic Aquaculture, IMTA .

Por baixo das caixas onde se cria o salmão, são instaladas outras linhas submarinas para que outras espécies possam aproveitar os nutrientes deixados pelos salmões. De acordo com os especialistas, esta é uma solução em que todos ganham. David Attwood é biologo marinho e diretor da The Scottish Salmon Company e explica que “para o salmão, esperamos reduzir a quantidade de fitoplancton e, com o tempo, acabar com problemas antigos como os piolhos do mar. Além disso, acreditamos que esta técnica ajuda a reduzir pegada de carbono e serve para a produção comercial de outras espécies comestíveis”.

Seis outros projetos piloto em toda Europa estão a ser acompanhado por cientistas de um projeto de investigação europeu. O objetivo é identificar as condições ideais e desafios para a produção alternativa de marisco junto às explorações aquicolas. Adam Hughes, também biólogo marinho, da Associação Escocesa para a Ciência Marinha, lembra que “existe uma falta de conhecimento em muitos países em matéria de espécies a produzir. Isto é muito importante no Mediterrâneo, onde as condições são muito diferentes das que temos aqui. No mar Mediterrâneo existem poucos nutrientes e uma mistura muito grande de espécies. Além disso, há questões económicas. É preciso encontrar soluções alternativas para tornar as explorações mais rentáveis. É preciso também que exista mercado para as espécies que se produz”.

Um mercado que está a crescer muito é o das algas, seja no setor alimentar ou no setor farmacêutico. Lars Brunner, biólogo da mesma associação acredita que “as algas que produzimos aqui crescem melhor porque estão perto das caixas de salmão”.

Amostras de algas ou de outras espécies alternativas são levadas para laboratórios para determinar as condições ideais de crescimento perto das explorações tradicionais. “Estamos a estudar o tamanho e o peso. Estudamos a sua distribuição nos curso de água, para perceber se crescem mais ou menos perto da zona dos salmões. Outros parceiros deste projeto estão também interessados na composição das algas. Analisam o que está a ser absorvido e libertado pelas algas. Estudam, por exemplo, os níveis dos nutrientes, se existem metais pesados. Também analisamos os componentes químicos naturais e a forma como são afetados por estar mais perto ou mais longe das explorações de salmão”, explica Lars Brunner.

Os investigadores querem determinar quais as melhores práticas desta técnica, tanto a nível ambiental como no que diz respeito à saúde dos animais. Só depois am ao nível económico. Adam Hughes defende que “existe uma necessidade real de crescimento da indústria da aquicultura europeia porque está estagnada enquanto a procura destes produtos está a crescer, o mercado global está a crescer. Por isso, esta abordagem da aquicultura pode ser uma ferramenta para a expansão, para a diversificação da indústria, para além do tradicional peixe, e pode criar novos postos de trabalho, novas oportunidades e novos produtos”.

O peixe criado em aquicultura representa quase 50% do consumo mundial. Esta nova técnica de produção já está a ser usada em alguns países asiáticos e no Canadá.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Cientistas voltam atrás no tempo para salvar ecossistemas marinhos

Robô europeu promete mais competitividade ao setor da construção

Terapia experimental que mata cancro da mama sem afetar outras partes do corpo vence prémio europeu