{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2016/01/18/o-veneno-que-cura" }, "headline": "O veneno que cura", "description": "Seja uma cascavel ou outro animal venenoso, a verdade \u00e9 que podem ajudar a curar-nos. O mesmo veneno que nos pode matar \u00e9 igualmente suscet\u00edvel de", "articleBody": "Seja uma cascavel ou outro animal venenoso, a verdade \u00e9 que podem ajudar a curar-nos. O mesmo veneno que nos pode matar \u00e9 igualmente suscet\u00edvel de tratar doen\u00e7as cardiovasculares, alergias, obesidade e diabetes. O Alpha Biotoxine \u00e9 um laborat\u00f3rio belga que acolhe cerca de 200 esp\u00e9cies extremamente venenosas, para recolher toxinas e testar novos medicamentos. O diretor, Rudy Fourmy, salienta que \u201ca investiga\u00e7\u00e3o cient\u00edfica est\u00e1, hoje em dia, a tentar identificar nos venenos subst\u00e2ncias cujos efeitos t\u00f3xicos podem ser transformados para fins terap\u00eauticos.\u201d Este \u00e9 o conceito por detr\u00e1s do cons\u00f3rcio europeu Venomics, que recorre \u00e0 espetometria de massa para identificar os p\u00e9ptidos, a combina\u00e7\u00e3o molecular das pequenas prote\u00ednas presentes nas toxinas. J\u00e1 se registaram 4 mil novas classifica\u00e7\u00f5es. A etapa seguinte consiste num complexo processo de sintetiza\u00e7\u00e3o. O m\u00e9todo \u00e9 reproduzido com vista \u00e0 cria\u00e7\u00e3o de uma base de dados com a sequencia\u00e7\u00e3o de 50 mil p\u00e9ptidos de venenos. Gilles Mourier, do centro franc\u00eas de investiga\u00e7\u00e3o CEA Saclay, aponta que \u201cno final da sintetiza\u00e7\u00e3o obt\u00e9m-se uma resina. Esta resina \u00e9 tratada de forma a gerar a toxina que pretendemos testar.\u201d Fearless #Futuris crew report on how venomous species could help treat #diabetes or #allergies. Soon on euronews pic.twitter.com/dTLu0zCuO2\u2014 euronews knowledge (euronewsknwldge) January 6, 2016 Nicolas Gilles, do mesmo centro, explica que se estudam \u201crecetores implicados em doen\u00e7as como alergias, diabetes ou obesidade, porque s\u00e3o \u00e1reas onde h\u00e1 falhas a n\u00edvel de tratamentos. A descoberta e classifica\u00e7\u00e3o das subst\u00e2ncias costuma durar 2,3 anos. Depois s\u00e3o necess\u00e1rios 10 a 15 para as desenvolver antes de entrarem no mercado.\u201d Se os benef\u00edcios que as criaturas venenosas podem trazer-nos v\u00e3o ou n\u00e3o mudar a nossa perce\u00e7\u00e3o sobre elas, \u00e9 toda uma outra quest\u00e3o. Segundo Rudy Fourmy, \u201ca maior parte destes animais \u00e9 amea\u00e7ada pela ca\u00e7a ilegal, os ecossistemas onde vivem est\u00e3o a ser destru\u00eddos. Se provarmos que nos podem ser muito \u00fateis, talvez emos a ter outro cuidado, at\u00e9 para proteger o nosso futuro.\u201d", "dateCreated": "2016-01-18T11:10:39+01:00", "dateModified": "2016-01-18T11:10:39+01:00", "datePublished": "2016-01-18T11:10:39+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F320905%2F1440x810_320905.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Seja uma cascavel ou outro animal venenoso, a verdade \u00e9 que podem ajudar a curar-nos. O mesmo veneno que nos pode matar \u00e9 igualmente suscet\u00edvel de", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F320905%2F432x243_320905.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

O veneno que cura

O veneno que cura
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Seja uma cascavel ou outro animal venenoso, a verdade é que podem ajudar a curar-nos. O mesmo veneno que nos pode matar é igualmente suscetível de

Seja uma cascavel ou outro animal venenoso, a verdade é que podem ajudar a curar-nos. O mesmo veneno que nos pode matar é igualmente suscetível de tratar doenças cardiovasculares, alergias, obesidade e diabetes.

O Alpha Biotoxine é um laboratório belga que acolhe cerca de 200 espécies extremamente venenosas, para recolher toxinas e testar novos medicamentos. O diretor, Rudy Fourmy, salienta que “a investigação científica está, hoje em dia, a tentar identificar nos venenos substâncias cujos efeitos tóxicos podem ser transformados para fins terapêuticos.”

Este é o conceito por detrás do consórcio europeu Venomics, que recorre à espetometria de massa para identificar os péptidos, a combinação molecular das pequenas proteínas presentes nas toxinas. Já se registaram 4 mil novas classificações.

A etapa seguinte consiste num complexo processo de sintetização. O método é reproduzido com vista à criação de uma base de dados com a sequenciação de 50 mil péptidos de venenos. Gilles Mourier, do centro francês de investigação CEA Saclay, aponta que “no final da sintetização obtém-se uma resina. Esta resina é tratada de forma a gerar a toxina que pretendemos testar.”

Fearless #Futuris crew report on how venomous species could help treat #diabetes or #allergies. Soon on euronews</a> <a href="https://t.co/dTLu0zCuO2">pic.twitter.com/dTLu0zCuO2</a></p>— euronews knowledge (euronewsknwldge) January 6, 2016

Nicolas Gilles, do mesmo centro, explica que se estudam “recetores implicados em doenças como alergias, diabetes ou obesidade, porque são áreas onde há falhas a nível de tratamentos. A descoberta e classificação das substâncias costuma durar 2,3 anos. Depois são necessários 10 a 15 para as desenvolver antes de entrarem no mercado.”

Se os benefícios que as criaturas venenosas podem trazer-nos vão ou não mudar a nossa perceção sobre elas, é toda uma outra questão. Segundo Rudy Fourmy, “a maior parte destes animais é ameaçada pela caça ilegal, os ecossistemas onde vivem estão a ser destruídos. Se provarmos que nos podem ser muito úteis, talvez emos a ter outro cuidado, até para proteger o nosso futuro.”

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Cientistas voltam atrás no tempo para salvar ecossistemas marinhos

Robô europeu promete mais competitividade ao setor da construção

Terapia experimental que mata cancro da mama sem afetar outras partes do corpo vence prémio europeu