{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2015/07/27/a-planta-que-pode-provocar-uma-revolucao-energetica" }, "headline": "A planta que pode provocar uma \u0022revolu\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica\u0022", "description": "O Miscanto pode constituir uma fonte de energia alternativa e, ao mesmo tempo, combater as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas.", "articleBody": "Nas margens do rio Barrow, em Carlow, na Irlanda, encontram-se plantas que, segundo os cientistas que participam no projeto Grass Margins, podem vir a provocar uma revolu\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica. Um deles, John Finnan, considera que \u201ccultivar o Miscanto \u00e9 uma escolha acertada porque produz grandes quantidades de biomassa e possui mecanismos de regula\u00e7\u00e3o no consumo de \u00e1gua e nutrientes. Ou seja, produz muita biomassa sem exigir grande energia.O Miscanto desenvolve-se muito bem nas margens dos rios.\u201d O primeiro o para conhecer melhor os segredos desta planta \u00e9 monitorizar a fotoss\u00edntese e apurar as condi\u00e7\u00f5es ideais para o desenvolvimento de biomassa. O Miscanto prov\u00e9m das regi\u00f5es tropicais africanas e do sul da \u00c1sia. Na Europa, as coisas mudam um pouco. \u201cNo norte da Europa, o frio que se sente durante o outono e a primavera pode limitar a fotoss\u00edntese. \u00c9 por isso que estamos a tentar encontrar gen\u00f3tipos novos, que possam efetuar uma melhor fotoss\u00edntese nestas condi\u00e7\u00f5es\u201d, aponta o bi\u00f3logo Manfred Klaas. Os cientistas usam nitrog\u00e9nio l\u00edquido para estudar as diferen\u00e7as gen\u00e9ticas entre as variedades desta gram\u00ednea, de forma a identificar quais s\u00e3o as mais adapt\u00e1veis a condi\u00e7\u00f5es climat\u00e9ricas mais rigorosas. Thibauld Michel, investigador do Teagasc Oak Park, explica que \u201rimeiro moem-se as plantas. Depois utilizamos o clorof\u00f3rmio para extrair o ADN. De um lado, temos os tecidos e as prote\u00ednas das plantas; do outro, as mol\u00e9culas de ADN. Essas mol\u00e9culas permitem-nos ler o c\u00f3digo gen\u00e9tico. E isso vai ajudar-nos a escolher as plantas que mais nos interessam.\u201d A ideia \u00e9 fornecer aos agricultores as informa\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias para que possam ser competitivos no cultivo destas plantas destinadas ao mercado energ\u00e9tico. Susanne Barth, coordenadora do Grass Margins, salienta que foram \u201cotimizados os m\u00e9todos de cultivo para obter mais biomassa. Desenvolvemos uma t\u00e9cnica que permite secar a biomassa de forma mais eficiente. Este era um dos problemas principais do ciclo produtivo.\u201d O Miscanto tem ainda outro valor acrescentado: esta esp\u00e9cie tem a capacidade de absorver quantidades gigantescas de di\u00f3xido de carbono. Ou seja, \u00e9 mais um contributo valioso na luta contra as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas.", "dateCreated": "2015-07-27T11:24:01+02:00", "dateModified": "2015-07-27T11:24:01+02:00", "datePublished": "2015-07-27T11:24:01+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F310342%2F1440x810_310342.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O Miscanto pode constituir uma fonte de energia alternativa e, ao mesmo tempo, combater as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F310342%2F432x243_310342.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

A planta que pode provocar uma "revolução energética"

A planta que pode provocar uma "revolução energética"
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O Miscanto pode constituir uma fonte de energia alternativa e, ao mesmo tempo, combater as alterações climáticas.

Nas margens do rio Barrow, em Carlow, na Irlanda, encontram-se plantas que, segundo os cientistas que participam no projeto Grass Margins, podem vir a provocar uma revolução energética. Um deles, John Finnan, considera que “cultivar o Miscanto é uma escolha acertada porque produz grandes quantidades de biomassa e possui mecanismos de regulação no consumo de água e nutrientes. Ou seja, produz muita biomassa sem exigir grande energia.O Miscanto desenvolve-se muito bem nas margens dos rios.”

O primeiro o para conhecer melhor os segredos desta planta é monitorizar a fotossíntese e apurar as condições ideais para o desenvolvimento de biomassa. O Miscanto provém das regiões tropicais africanas e do sul da Ásia. Na Europa, as coisas mudam um pouco.

“No norte da Europa, o frio que se sente durante o outono e a primavera pode limitar a fotossíntese. É por isso que estamos a tentar encontrar genótipos novos, que possam efetuar uma melhor fotossíntese nestas condições”, aponta o biólogo Manfred Klaas.

Os cientistas usam nitrogénio líquido para estudar as diferenças genéticas entre as variedades desta gramínea, de forma a identificar quais são as mais adaptáveis a condições climatéricas mais rigorosas.

Thibauld Michel, investigador do Teagasc Oak Park, explica que “primeiro moem-se as plantas. Depois utilizamos o clorofórmio para extrair o ADN. De um lado, temos os tecidos e as proteínas das plantas; do outro, as moléculas de ADN. Essas moléculas permitem-nos ler o código genético. E isso vai ajudar-nos a escolher as plantas que mais nos interessam.”

A ideia é fornecer aos agricultores as informações necessárias para que possam ser competitivos no cultivo destas plantas destinadas ao mercado energético.

Susanne Barth, coordenadora do Grass Margins, salienta que foram “otimizados os métodos de cultivo para obter mais biomassa. Desenvolvemos uma técnica que permite secar a biomassa de forma mais eficiente. Este era um dos problemas principais do ciclo produtivo.”

O Miscanto tem ainda outro valor acrescentado: esta espécie tem a capacidade de absorver quantidades gigantescas de dióxido de carbono. Ou seja, é mais um contributo valioso na luta contra as alterações climáticas.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Cientistas voltam atrás no tempo para salvar ecossistemas marinhos

Robô europeu promete mais competitividade ao setor da construção

Terapia experimental que mata cancro da mama sem afetar outras partes do corpo vence prémio europeu