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Europa e Japão preparam os voos hipersónicos do futuro

Europa e Japão preparam os voos hipersónicos do futuro
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As viagens de avião são atualmente seguras e confortáveis. Mas poderemos viajar ainda mais depressa? Os últimos avanços da engenharia sugerem que é

As viagens de avião são atualmente seguras e confortáveis. Mas poderemos viajar ainda mais depressa? Os últimos avanços da engenharia sugerem que é possível duplicar a velocidade de voo várias vezes. São os aviões do futuro.

Da ergonomia e da escolha dos motores e combustível até ao impacto ambiental e à viabilidade económica, um projeto de investigação europeia, em cooperação com o Japão, estuda todos os aspetos de possíveis voos de ageiros a uma velocidade sete vezes superior à velocidade do som.

“O objetivo de um avião de alta velocidade em relação aos aparelhos atuais é a redução do tempo de viagem, de três horas, por exemplo, numa ligação entre a Europa e o Japão, explica Emmanuel Blanvillain, coordenador do projeto Hikari, na Airbus.

Os aviões de alta velocidade requerem novas tecnologias de propulsão, novos materiais e um design completamente diferente e é isso que está a ser desenvolvido em conjunto pela equipa de investigadores e parceiros industriais da Europa e do Japão.

Patrick Gruhn, engenheiro e investigador na aerodinâmica da alta velocidade, diz, no entanto, que há coisas que nunca mudam: “Pode-se imaginar outras formas, mas vão sempre ter coisas em comum como ângulos pronunciados, designs muito aerodinâmicos porque de outra forma a pressão do ar é muito forte e o sistema de propulsão não terá força suficiente para acelerar o veículo”.

Num túnel de 60 metros são testados modelos à escala. É aqui que a pressão extrema do ar que ocorre num voo supersónico pode ser fielmente reproduzida.

O investigador Klaus Hannemann, explica como funciona: “Isto é um túnel de vento onde podemos provocar fluxos de ar extremamente rápidos, por isso podemos simular a entrada de veículos como um vaivém espacial ou voos de veículos hipersónicos a oito vezes a velocidade do som, a 30 km de altitude.

Está tudo pronto para iniciar a experiência: Instrumentos muito precisos vão recolher as medidas aerodinâmicas numa fração de segundos. Mas como vão sentir-se os ageiros num avião que voa várias vezes mais rápido que o habitual?

“Não vão sentir grande diferença relativamente a um voo normal – só vai mudar a questão do tempo. Estamos a falar de tempos de aceleração de 20 a 30 minutos. Mas podem ser voos relaxantes, pode-se aproveitar os periodos de aceleração sabendo que se cruza a barreira do som ou ir ainda mais além”, diz Johan Steelant, especialista em propulsão e mecânica dos fluídos.

A maior parte dos modelos coloca os ageiros ao lado dos depósitos de combustível, que ocupam muito espaço. Os investigadores consideram a hipótese de utilizarem o hidrogénio líquido: não produz emissões de CO2 e pode ser utilizado como refrigerador.

O investigador da agência japonesa de exploração do espaço diz que é preciso desenvolver um sistema de propulsão que permita uma descolagem em match 5. (5 vezes a velocidade do som). “Voar a match 5 significa um enorme aquecimento dos motores e a nossa solução é reduzir a temperatura, refrigerando o ar quente utilizando um combustível muito frio”, explica.

Num outro túnel de vento, os investigadores testam diversos tipos de cerâmicas que possam ar temperaturas extremas. Estes materiais poderão proteger a estrutura do avião supersónico que será submetido a uma pressão de ar de milhares de graus Celsius”.

“O objetivo é limitar as zonas quentes, de forma a que o nível de calor para os ageiros seja o mesmo de um voo normal”, revela Bukard Esser, outro engenheiro especializado da mecânica dos fluídos

Mas comprar bilhete para um destes voos pode demorar ainda duas ou três décadas:

“O horizonte que nos fixámos para desenvolver um avião comercial é 2040-2050, dependendo do avanço tecnológico”, remata o coordenador do projeto, Emmanuel Blanvillain.

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