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Tudo isto \u00e9 traduzido em par\u00e2metros que nos ajudam a perceber o comportamento do bet\u00e3o quando submetido a stress mec\u00e2nico.\u201d Os cientistas esperam que este projeto consiga provar que o bet\u00e3o \u201cverde\u201d pode ser produzido a uma escala industrial em f\u00e1bricas como esta, que produz anualmente cerca de 60 mil metros c\u00fabicos de bet\u00e3o Os respons\u00e1veis afirmam estar dispostos a fabricar um concreto mais ecol\u00f3gico, com uma condi\u00e7\u00e3o:Mauro Mele, Diretor de Qualidade, Calcestruzzi Irpini S.p.A:\u201cNa nossa fabrica\u00e7\u00e3o j\u00e1 utilizamos \u00e1gua 100 por cento reciclada e ficar\u00edamos muito contentes em tamb\u00e9m utilizar agregados reciclados se pud\u00e9ssemos assegurar que o produto final obedece aos par\u00e2metros de qualidade exigidos pela legisla\u00e7\u00e3o nacional e internacional.\u201dEnzo Martinelli, engenheiro civil, Universidade de Salerno, coordenador do projeto EnCoRe:\u201cO bet\u00e3o \u201cverde\u201d enriquecido com fibras vegetais j\u00e1 pode ser utilizado para refor\u00e7ar edif\u00edcios existentes, como os monumentos hist\u00f3ricos. 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Betão "verde" em construção

Betão "verde" em construção
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Está por todo o lado à nossa volta mas é muitas vezes invisível. E esta é uma boa razão para os cientistas desenvolverem inúmeros esforços no seu estudo.

Enzo Martinelli, engenheiro civil, Universidade de Salerno, coordenador do projeto EnCoRe:
“O betão é um dos materiais de construção mais usados em todo o mundo. Só na Europa produz-se, anualmente, um metro cúbico de betão por habitante.”

Na Universidade de Salerno, em Itália, cientistas de um projeto europeu misturam o que, à primeira vista, parece concreto normal. Mas neste caso, a fórmula clássica de água, cimento e agregados é enriquecida com fibras industriais recicladas para tentar produzir um betão mais ecológico.

Enzo Martinelli, engenheiro civil, Universidade de Salerno, coordenador do projeto EnCoRe:
“O que estamos a tentar avaliar é como é que podemos reduzir a quantidade de fibras industriais usadas tradicionalmente e substituí-las por fibras industriais recicladas. E estamos a tentar perceber qual é a quantidade de fibras recicladas que podemos misturar no betão para manter a mesma qualidade e resistência.”

O concreto enriquecido com materiais reciclados é depois submetido a testes mecânicos. A experiência permite estudar o comportamento do betão em condições extremas.

Antonio Caggiano, engenheiro civil, Universidade de Buenos Aires:
“Nós apercebemo-nos que o maior problema relativamente às fibras industriais recicladas é a sua geometria. Como já foram utilizadas noutras aplicações a sua geometria não é tenra, regular, suave. Por isso, quando são misturadas com cimento distribuem-se de forma irregular na mistura final. Já as novas fibras industriais parecem distribuir-se melhor no interior da mistura, o que pode resultar num betão com propriedades mecânicas mais uniformes e mais fiáveis. Mas é necessária mais investigação para atingir conclusões finais.”

Os testes mecânicos são complementados com modelos computorizados que permitem aos cientistas verem o que sucede no interior do concreto quando submetido a condições extremas.

José Guillermo Etse, engenheiro civil, Universidade de Tucumán:
“Nós inserimos no computador vários parâmetros, incluindo a rigidez de cada componente no interior do betão, a sua forma, a química, a temperatura e o nível de hidratação dentro do concreto, quantas fibras contém e que tipo de fibras. Tudo isto é traduzido em parâmetros que nos ajudam a perceber o comportamento do betão quando submetido a stress mecânico.”

Os cientistas esperam que este projeto consiga provar que o betão “verde” pode ser produzido a uma escala industrial em fábricas como esta, que produz anualmente cerca de 60 mil metros cúbicos de betão Os responsáveis afirmam estar dispostos a fabricar um concreto mais ecológico, com uma condição:

Mauro Mele, Diretor de Qualidade, Calcestruzzi Irpini S.p.A:
“Na nossa fabricação já utilizamos água 100 por cento reciclada e ficaríamos muito contentes em também utilizar agregados reciclados se pudéssemos assegurar que o produto final obedece aos parâmetros de qualidade exigidos pela legislação nacional e internacional.”

Enzo Martinelli, engenheiro civil, Universidade de Salerno, coordenador do projeto EnCoRe:
“O betão “verde” enriquecido com fibras vegetais já pode ser utilizado para reforçar edifícios existentes, como os monumentos históricos. Seria uma boa solução sustentável porque seria produzido com materiais com um reduzido impacto ecológico, e poderia, também, ser reversível, uma vez que não seria utilizado com um fim estrutural. O betão “verde” poderia ser substituído por outro no caso de, afinal, não ser conveniente.”

Além das fibras naturais e das fibras industriais recicladas, os cientistas pensam que o betão “verde” do futuro também poderá ser produzido a partir de pneus e de outros materiais plásticos reciclados.

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