{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/04/11/pedro-sanchez-quer-estreitar-lacos-comerciais-com-a-china-num-contexto-de-incerteza-face-a" }, "headline": "Pedro S\u00e1nchez quer estreitar la\u00e7os comerciais com a China num contexto de incerteza face \u00e0s tarifas dos EUA", "description": "Primeiro-ministro espanhol diz que Espanha olha para a China como \u0022uma parceira da UE\u0022. Washington criticou a aproxima\u00e7\u00e3o de Espanha \u00e0 China, tendo o secret\u00e1rio do Tesouro, Scott Bessent, afirmado que escolher Pequim \u00e9 como \u0022cortar a pr\u00f3pria garganta\u0022.", "articleBody": "O primeiro-ministro espanhol, Pedro S\u00e1nchez, est\u00e1 em Pequim, a segunda paragem de uma viagem de dois pa\u00edses pela \u00c1sia, num contexto de graves tens\u00f5es geopol\u00edticas devido \u00e0 guerra tarif\u00e1ria de Donald Trump.J\u00e1 com o presidente, Xi Jinping, o primeiro-ministro Espanhol disse ver a China como \u0022uma parceira da UE\u0022, com quem quer promover \u0022rela\u00e7\u00f5es s\u00f3lidas e equilibradas\u0022, deixando claras as inten\u00e7\u00f5es de aproxima\u00e7\u00e3o. Ap\u00f3s uma reuni\u00e3o com o presidente chin\u00eas, S\u00e1nchez deixou claro que \u0022Espanha \u00e9 a favor de rela\u00e7\u00f5es mais equilibradas entre a UE e a China\u0022, procurando \u0022solu\u00e7\u00f5es negociadas para suas diferen\u00e7as\u0022 enquanto promovem uma maior coopera\u00e7\u00e3o. O presidente chin\u00eas agradeceu a S\u00e1nchez pela terceira visita em tr\u00eas anos e, principalmente, pelo gesto que representa o seu \u0022firme compromisso com o aprofundamento das rela\u00e7\u00f5es bilaterais\u0022.Xi Jinping tamb\u00e9m defendeu o multilateralismo e o di\u00e1logo entre as na\u00e7\u00f5es, tal como S\u00e1nchez. Sem mencionar os Estados Unidos, o presidente chin\u00eas refor\u00e7ou que \u0022quanto mais turbulenta for a situa\u00e7\u00e3o internacional, mais importante ser\u00e1 ter boas rela\u00e7\u00f5es com Espanha. EUA advertem contra aproxima\u00e7\u00e3o \u00e0 ChinaAntes de aterrar em Pequim, S\u00e1nchez esteve no Vietname, onde elogiou pausa nas tarifas, descrevendo-a como \u0022uma porta de entrada para negocia\u00e7\u00f5es e acordos entre pa\u00edses\u0022, depois de Donald Trump ter suspendido as taxas sobre a maioria dos pa\u00edses, com exce\u00e7\u00e3o da China, durante 90 dias.Antes da sua visita, a Casa Branca advertiu o governo espanhol contra a aproxima\u00e7\u00e3o a Pequim.Numa entrevista \u00e0 Fox News, na quarta-feira, o secret\u00e1rio do Tesouro, Scott Bessent, disse que olhar para a China em vez dos Estados Unidos seria uma \u0022aposta perdida para os europeus\u0022 e que seria como \u0022cortar a pr\u00f3pria garganta\u0022.S\u00e1nchez \u00e9 o primeiro l\u00edder europeu a efetuar uma visita oficial \u00e0 China desde a escalada das tens\u00f5es tarif\u00e1rias entre os EUA e o resto do mundo.Desequil\u00edbrio a favor de PequimAs trocas comerciais entre a Espanha e a China continuam a aumentar, mas com um desequil\u00edbrio acentuado a favor do gigante asi\u00e1tico.Em 2024, as importa\u00e7\u00f5es espanholas da China ultraaram os 45 mil milh\u00f5es de euros, enquanto as exporta\u00e7\u00f5es mal chegaram aos 7,4 mil milh\u00f5es de euros, de acordo com dados do Minist\u00e9rio da Economia.Isto coloca a China como o quarto maior parceiro comercial de Espanha, o seu segundo maior fornecedor de bens, mas apenas o d\u00e9cimo segundo maior destino das exporta\u00e7\u00f5es espanholas.\u0022S\u00f3 o multilateralismo e a solidariedade entre as na\u00e7\u00f5es podem fazer face a este tipo de desafios globais. Espanha defende um mundo de portas abertas. Um mundo em que o com\u00e9rcio une os nossos povos e os torna mais pr\u00f3speros\u0022, afirmou S\u00e1nchez. Entre os produtos que Espanha compra \u00e0 China contam-se maquinaria, t\u00eaxteis e bens de consumo. Nos \u00faltimos anos, a importa\u00e7\u00e3o de autom\u00f3veis e motociclos tamb\u00e9m ganhou import\u00e2ncia.As empresas espanholas exportam principalmente produtos qu\u00edmicos, minerais e componentes industriais. A China estabeleceu-se como o principal mercado asi\u00e1tico para as vendas espanholas e mais de 14.500 empresas espanholas mant\u00eam rela\u00e7\u00f5es comerciais com o pa\u00eds.Mas os n\u00fameros do investimento bilateral s\u00e3o mais equilibrados, embora ainda modestos.Em 2023, a China atribuiu 131 milh\u00f5es de euros a projetos em Espanha, enquanto o investimento espanhol na China atingiu 91 milh\u00f5es de euros.Embora os volumes ainda sejam pequenos, ambas as economias mantenham um interesse crescente em refor\u00e7ar os la\u00e7os em setores estrat\u00e9gicos como a tecnologia, a energia e a log\u00edstica.China sai em defesa de S\u00e1nchezQuando questionado sobre as cr\u00edticas do secret\u00e1rio do Tesouro dos EUA \u00e0 visita de S\u00e1nchez, o porta-voz do Minist\u00e9rio dos Neg\u00f3cios Estrangeiros chin\u00eas, Lin Jian, respondeu com firmeza: \u0022Se falamos de 'cortar a garganta uns aos outros', s\u00e3o precisamente os Estados Unidos que, ao abusar das tarifas para amea\u00e7ar e chantagear o mundo inteiro, est\u00e3o a tentar apertar o pesco\u00e7o de outros pa\u00edses, for\u00e7ando-os a ceder \u00e0 sua pol\u00edtica de intimida\u00e7\u00e3o\u0022. Durante uma confer\u00eancia de imprensa na quinta-feira, Lin tamb\u00e9m disse que o com\u00e9rcio entre a Espanha e a China \u00e9 importante para ambas as partes, com o com\u00e9rcio bilateral entre os dois pa\u00edses a exceder 44 mil milh\u00f5es de euros em 2024, enquanto as exporta\u00e7\u00f5es espanholas para a China aumentaram 4,3% no ano ado, de acordo com os dados de Pequim.Perante as cr\u00edticas de Washington, o governo socialista espanhol defendeu as aberturas \u00e0 China.O ministro da Agricultura, Luis Planas, insistiu que a Espanha tem excelentes rela\u00e7\u00f5es comerciais com a China, que \u0022queremos claramente n\u00e3o s\u00f3 continuar, mas expandir\u0022.", "dateCreated": "2025-04-10T15:58:59+02:00", "dateModified": "2025-04-11T09:53:16+02:00", "datePublished": "2025-04-11T08:39:27+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F18%2F81%2F44%2F1440x810_cmsv2_eb0c441e-264f-5ec2-8242-fa54c826a386-9188144.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez re\u00fane-se com o presidente chin\u00eas Xi Jinping na Casa de H\u00f3spedes do Estado de Diaoyutai, em Pequim, a 9 de setembro de 2024", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F18%2F81%2F44%2F432x243_cmsv2_eb0c441e-264f-5ec2-8242-fa54c826a386-9188144.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Pedro Sánchez quer estreitar laços comerciais com a China num contexto de incerteza face às tarifas dos EUA

O primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez reúne-se com o presidente chinês Xi Jinping na Casa de Hóspedes do Estado de Diaoyutai, em Pequim, a 9 de setembro de 2024
O primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez reúne-se com o presidente chinês Xi Jinping na Casa de Hóspedes do Estado de Diaoyutai, em Pequim, a 9 de setembro de 2024 Direitos de autor Xinhua
Direitos de autor Xinhua
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Primeiro-ministro espanhol diz que Espanha olha para a China como "uma parceira da UE". Washington criticou a aproximação de Espanha à China, tendo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmado que escolher Pequim é como "cortar a própria garganta".

PUBLICIDADE

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, está em Pequim, a segunda paragem de uma viagem de dois países pela Ásia, num contexto de graves tensões geopolíticas devido à guerra tarifária de Donald Trump.

Já com o presidente, Xi Jinping, o primeiro-ministro Espanhol disse ver a China como "uma parceira da UE", com quem quer promover "relações sólidas e equilibradas", deixando claras as intenções de aproximação.

Após uma reunião com o presidente chinês, Sánchez deixou claro que "Espanha é a favor de relações mais equilibradas entre a UE e a China", procurando "soluções negociadas para suas diferenças" enquanto promovem uma maior cooperação.

O presidente chinês agradeceu a Sánchez pela terceira visita em três anos e, principalmente, pelo gesto que representa o seu "firme compromisso com o aprofundamento das relações bilaterais".

Xi Jinping também defendeu o multilateralismo e o diálogo entre as nações, tal como Sánchez. Sem mencionar os Estados Unidos, o presidente chinês reforçou que "quanto mais turbulenta for a situação internacional, mais importante será ter boas relações com Espanha.

Xi Jinping e Pedro Sanchez falam enquanto caminham pelos jardins da Casa de Hóspedes Diaoyutai após uma reunião em Pequim
Xi Jinping e Pedro Sanchez falam enquanto caminham pelos jardins da Casa de Hóspedes Diaoyutai após uma reunião em PequimAP Photo

EUA advertem contra aproximação à China

Antes de aterrar em Pequim, Sánchez esteve no Vietname, onde elogiou pausa nas tarifas, descrevendo-a como "uma porta de entrada para negociações e acordos entre países", depois de Donald Trump ter suspendido as taxas sobre a maioria dos países, com exceção da China, durante 90 dias.

Antes da sua visita, a Casa Branca advertiu o governo espanhol contra a aproximação a Pequim.

Numa entrevista à Fox News, na quarta-feira, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que olhar para a China em vez dos Estados Unidos seria uma "aposta perdida para os europeus" e que seria como "cortar a própria garganta".

Sánchez é o primeiro líder europeu a efetuar uma visita oficial à China desde a escalada das tensões tarifárias entre os EUA e o resto do mundo.

Desequilíbrio a favor de Pequim

As trocas comerciais entre a Espanha e a China continuam a aumentar, mas com um desequilíbrio acentuado a favor do gigante asiático.

Em 2024, as importações espanholas da China ultraaram os 45 mil milhões de euros, enquanto as exportações mal chegaram aos 7,4 mil milhões de euros, de acordo com dados do Ministério da Economia.

Isto coloca a China como o quarto maior parceiro comercial de Espanha, o seu segundo maior fornecedor de bens, mas apenas o décimo segundo maior destino das exportações espanholas.

"Só o multilateralismo e a solidariedade entre as nações podem fazer face a este tipo de desafios globais. Espanha defende um mundo de portas abertas. Um mundo em que o comércio une os nossos povos e os torna mais prósperos", afirmou Sánchez.

Presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante uma reunião do gabinete na Casa Branca, 10 de abril de 2025
Presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante uma reunião do gabinete na Casa Branca, 10 de abril de 2025AP Photo

Entre os produtos que Espanha compra à China contam-se maquinaria, têxteis e bens de consumo. Nos últimos anos, a importação de automóveis e motociclos também ganhou importância.

As empresas espanholas exportam principalmente produtos químicos, minerais e componentes industriais. A China estabeleceu-se como o principal mercado asiático para as vendas espanholas e mais de 14.500 empresas espanholas mantêm relações comerciais com o país.

Mas os números do investimento bilateral são mais equilibrados, embora ainda modestos.

Em 2023, a China atribuiu 131 milhões de euros a projetos em Espanha, enquanto o investimento espanhol na China atingiu 91 milhões de euros.

Embora os volumes ainda sejam pequenos, ambas as economias mantenham um interesse crescente em reforçar os laços em setores estratégicos como a tecnologia, a energia e a logística.

China sai em defesa de Sánchez

Quando questionado sobre as críticas do secretário do Tesouro dos EUA à visita de Sánchez, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, respondeu com firmeza: "Se falamos de 'cortar a garganta uns aos outros', são precisamente os Estados Unidos que, ao abusar das tarifas para ameaçar e chantagear o mundo inteiro, estão a tentar apertar o pescoço de outros países, forçando-os a ceder à sua política de intimidação".

Durante uma conferência de imprensa na quinta-feira, Lin também disse que o comércio entre a Espanha e a China é importante para ambas as partes, com o comércio bilateral entre os dois países a exceder 44 mil milhões de euros em 2024, enquanto as exportações espanholas para a China aumentaram 4,3% no ano ado, de acordo com os dados de Pequim.

Perante as críticas de Washington, o governo socialista espanhol defendeu as aberturas à China.

O ministro da Agricultura, Luis Planas, insistiu que a Espanha tem excelentes relações comerciais com a China, que "queremos claramente não só continuar, mas expandir".

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Ursula von der Leyen: "O Ocidente tal como o conhecíamos já não existe"

Secretário do Comércio dos EUA diz que isenções tarifárias sobre produtos eletrónicos e farmacêuticos são temporárias

Pelo menos quatro mortos em Kiev em ataques de mísseis e drones russos na Ucrânia