O chanceler da Alemanha promete acabar com a instabilidade e tornar o país mais competitivo.
Os democratas-cristãos de centro-direita (CDU), o seu partido irmão, a União Social-Cristã (CSU) e os sociais-democratas de centro-esquerda (SPD) chegaram a acordo para formar governo, 45 dias após as eleições federais antecipadas na Alemanha.
Os líderes dos partidos afirmaram, numa conferência de imprensa em Berlim, que chegaram a compromissos sobre questões fundamentais como a redução dos impostos e a estabilização das pensões.
O líder da CDU, Friedrich Merz, disse que a Alemanha é agora um país estável após quatro anos de instabilidade e que a sua mensagem para o presidente dos EUA, Donald Trump, é que a Alemanha está "de volta ao caminho certo".
Tanto o copresidente do SPD, Lars Klingbeil, como Merz concordam que a imigração ilegal tem de ser travada e prometeram que a Alemanha se tornará competitiva.
A segurança social também vai ser reformada e Merz afirmou que o novo governo vai concentrar-se na transformação da Alemanha num país moderno e digital.
O controlo das rendas será mantido e Klingbeil afirmou que a Alemanha acolhe bem a imigração, embora ambos tenham prometido travar a imigração ilegal.
Os partidos afirmaram ter discutido sobre muitas das questões-chave, mas mantiveram uma boa relação e até brincaram com o facto de se dirigirem um ao outro com a palavra informal para "tu" - "du" - em vez da variante mais formal, "Sie".
Os três partidos têm estado sob pressão para chegar rapidamente a um acordo, depois de os mercados bolsistas terem caído a pique em resposta ao anúncio das tarifas alfandegárias pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em todo o mundo.
O próximo o antes da formação do governo é que os membros do SPD e um comité executivo do partido irmão da CDU, a CSU, tenham de votar o acordo antes de este poder ser assinado. Prevê-se que demore 10 dias.
Depois disso, espera-se que Merz seja eleito chanceler, o que poderá acontecer na primeira semana de maio.