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Fábrica belga da Audi encerra, deixando milhares de trabalhadores sem emprego

Trabalhadores do construtor automóvel alemão Audi protestam contra a ameaça de despedimentos em massa no centro de Bruxelas, Bélgica, segunda-feira, 16 de setembro de 2024.
Trabalhadores do construtor automóvel alemão Audi protestam contra a ameaça de despedimentos em massa no centro de Bruxelas, Bélgica, segunda-feira, 16 de setembro de 2024. Direitos de autor AP Photo/Sylvain Plazy
Direitos de autor AP Photo/Sylvain Plazy
De Emma De Ruiter
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As operações da Audi serão transferidas para a China e para o México devido aos elevados custos. Estão a ser estudados possíveis utilidades para as instalações situadas no bairro de Forest, em Bruxelas.

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A fábrica da Audi em Bruxelas vai encerrar, com os seus cerca de 3.000 trabalhadores a terem cumprido, esta sexta-feira, o seu último turno.

Em meados do ano ado, a produção já tinha sido reduzida e entre 1.500 e 2.000 postos de trabalho foram cortados. No final de outubro, não tinha surgido nenhum investidor ou comprador sério, o que motivou a decisão de encerrar a fábrica já neste mês de fevereiro.

"É estranho que esteja a chegar ao fim", referiu um funcionário. "Quando se vem para aqui há 15 anos, a fábrica é uma grande parte da nossa vida. E depois, de repente, acaba. É como se uma parte inteira da nossa vida tivesse acabado."

A fábrica no bairro de Forest, em Bruxelas, efetua a montagem de Audis de luxo desde 2006, quando a então fábrica da Volkswagen foi resgatada da iminência de fechar.

Mas, quase 20 anos depois, não há boas notícias para os trabalhadores da Audi Bruxelas. No início de 2024, foi anunciado que a produção automóvel da fábrica seria transferida para a China e para o México.

As margens de lucro da Audi foram consideradas demasiado baixas e os trabalhadores belgas demasiado dispendiosos para a empresa.

"É um pouco como um divórcio"

Aurelien Duval trabalha para a Audi há quase dez anos. É responsável pelo departamento de manutenção.

"É um pouco como um divórcio, de facto. Não sabemos se devemos culpar a direção, se a culpa é nossa, se é... As emoções são um pouco estranhas", afirmou Duval.

"Talvez eu culpe a direção da Audi, porque não se trata de uma falência, eles estão apenas a abandonar para conseguir obter lucros extra", acrescentou.

Anúncios que levaram os trabalhadores e os sindicatos a entrar em greve e a fazer "reféns" centenas de chaves de automóveis, em protesto contra a decisão.

"Trabalho aqui há 10 anos", disse um trabalhador mesmo em frente à fábrica, esta sexta-feira. "Pensei que ia fazer toda a minha carreira na Audi, mas não vai ser assim."

"Sou jovem, acho que vou encontrar trabalho facilmente, mas, infelizmente, o salário pode não acompanhar. Na Audi, somos muito bem pagos, por isso será complicado encontrar o mesmo salário noutro lugar", acrescentou.

A indústria automóvel belga registou um declínio acentuado nos últimos trinta anos. Outrora líder no setor, o fabrico de veículos na Bélgica diminuiu 80% desde o final da década de 1990.

No que respeita ao futuro da fábrica da Audi em Bruxelas, o ministro da Defesa belga, Theo Francken, apresentou a ideia de transformar a fábrica num local de produção de armas.

Esta transformação poderia criar novos postos de trabalho, referiu Francken, acrescentando que existe uma "necessidade urgente de materiais militares".

Existem outras opções para a reconversão que podem incluir diferentes setores, de acordo com Charles Spapens, autarca de Forest.

Outras fontes • EBU

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