{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/02/17/macron-recebe-lideres-europeus-em-paris-enquanto-trump-insiste-em-conversacoes-de-paz-sobr" }, "headline": "Macron recebe l\u00edderes europeus em Paris enquanto Trump insiste em conversa\u00e7\u00f5es de paz sobre a Ucr\u00e2nia", "description": "Os l\u00edderes europeus est\u00e3o a reunir-se em Paris, numa altura em que Donald Trump est\u00e1 a insistir num calend\u00e1rio acelerado para chegar a um acordo entre a Ucr\u00e2nia e a R\u00fassia.", "articleBody": "Um grupo de onze l\u00edderes europeus est\u00e1 reunido em Paris para discutir a invas\u00e3o da Ucr\u00e2nia pela R\u00fassia e refor\u00e7ar a sua posi\u00e7\u00e3o comum no \u00e2mbito do processo de paz acelerado promovido pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, que na semana ada chocou os aliados ocidentais quando apelou a Vladimir Putin para iniciar \u0022imediatamente\u0022 as negocia\u00e7\u00f5es.Ap\u00f3s uma conversa telef\u00f3nica entre os dois, Trump disse que poderia encontrar-se com Putin \u0022muito em breve\u0022. 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Macron recebe líderes europeus em Paris enquanto Trump insiste em conversações de paz sobre a Ucrânia

Emmanuel Macron convidou um grupo de líderes europeus para Paris, incluindo o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.
Emmanuel Macron convidou um grupo de líderes europeus para Paris, incluindo o primeiro-ministro britânico Keir Starmer. Direitos de autor Christophe Ena/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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De Jorge Liboreiro
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Os líderes europeus estão a reunir-se em Paris, numa altura em que Donald Trump está a insistir num calendário acelerado para chegar a um acordo entre a Ucrânia e a Rússia.

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Um grupo de onze líderes europeus está reunido em Paris para discutir a invasão da Ucrânia pela Rússia e reforçar a sua posição comum no âmbito do processo de paz acelerado promovido pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, que na semana ada chocou os aliados ocidentais quando apelou a Vladimir Putin para iniciar "imediatamente" as negociações.

Após uma conversa telefónica entre os dois, Trump disse que poderia encontrar-se com Putin "muito em breve". A chamada quebrou um esforço de três anos para isolar diplomaticamente o Kremlin e alimentou o receio de que Kiev fosse pressionada a um acordo prejudicial. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, respondeu dizendo que o seu país "nunca aceitaria acordos feitos nas nossas costas" e "sem o nosso envolvimento".

Entretanto, os EUA já deixaram claro aos europeus que não terão um lugar à mesa, mas serão consultados ao longo de todo o processo que agora se inicia.

A exclusão da mesa de negociações colocou o continente no limite e desencadeou um esforço de última hora para cerrar fileiras e mostrar uma frente unificada.

O presidente francês, Emmanuel Macron, tomou a iniciativa de convidar um grupo selecionado de líderes para Paris esta segunda-feira. O chanceler alemão Olaf Scholz, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, o primeiro-ministro polaco Donald Tusk, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, o primeiro-ministro dos Países Baixos Dick Schoof e a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen estarão presentes.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, também participarão na cimeira informal.

"Não haverá negociações credíveis e bem sucedidas, nem paz duradoura, sem a Ucrânia e sem a UE", disse Costa em reação ao telefonema de Trump-Putin.

A reunião está agendada para as 16:00 em Paris, menos uma hora em Lisboa.

Não é claro se as discussões desta segunda-feira irão produzir um resultado concreto ou um anúncio. A Europa está sob forte pressão para aumentar as despesas com a defesa e assumir uma maior responsabilidade na assistência a Kiev, que a istração Trump está interessada em reduzir.

A Casa Branca distribuiu um questionário às capitais europeias para saber se estão dispostas a dar garantias de segurança à Ucrânia e a participar numa missão de manutenção da paz. O questionário, visto pela Reuters, também pergunta aos europeus qual o apoio americano que "considerariam necessário" para fornecer garantias de segurança.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse no domingo que estaria pronto para enviar tropas britânicas para a Ucrânia para garantir que um potencial acordo de paz seja respeitado. Os EUA, no entanto, alertaram que qualquer missão deste tipo seria privada do artigo 5 da NATO de assistência coletiva, o que poderia deixar os soldados vulneráveis a ataques russos.

"Este é um momento único para a nossa segurança nacional, em que nos confrontamos com a realidade do mundo atual e com a ameaça que enfrentamos da Rússia", escreveu Starmer num artigo de opinião publicado no jornal Telegraph.

"Assegurar uma paz duradoura na Ucrânia que salvaguarde a sua soberania a longo prazo é essencial para dissuadir Putin de novas agressões no futuro".

De acordo com o Eliseu, a reunião de segunda-feira foi concebida para ser o início de uma série de conversações entre os líderes europeus, incluindo os que não foram convidados para Paris. "As discussões poderão prosseguir noutros formatos, com o objetivo de reunir todos os parceiros interessados na paz e na segurança na Europa", afirmou o Eliseu em comunicado.

Uma corrida contra o "tempo de Trump

A perspetiva de serem afastados das conversações de pazenfureceu os europeus, que veem a sua segurança a longo prazo como intrinsecamente ligada ao futuro da Ucrânia. Nos últimos três anos, Bruxelas tem trabalhado com Washington para garantir uma política consistente para paralisar a máquina de guerra russa e sustentar a economia de Kiev.

No entanto, com um telefonema de 90 minutos, Trump deitou a unidade ocidental pela janela fora, posicionando-se como o único interlocutor entre o agressor e o agredido.

De acordo com Keith Kellogg, enviado especial dos EUA para a Ucrânia e a Rússia, a Casa Branca está a funcionar no "tempo de Trump" e o presidente espera que um acordo esteja pronto num futuro próximo. "Não estou a falar de seis meses, estou a falar de dias e semanas", disse Kellogg na semana ada durante a agem pela Conferência de Segurança de Munique.

Kellogg explicou que o processo de paz seguirá uma abordagem de "duas vias": por um lado, os EUA falarão com a Rússia e, por outro lado, os EUA falarão com a Ucrânia e com os aliados democráticos que apoiam a nação devastada pela guerra. O general reformado deverá encontrar-se com von der Leyen e Costa na terça-feira.

Mas, observou Kellogg, quando chegar a altura de se sentar à mesa, a Europa não terá uma cadeira. "O que não queremos é entrar numa discussão em grande grupo", disse.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse mais tarde que, quando começarem as "verdadeiras negociações", os europeus "terão de estar envolvidos porque têm sanções contra Putin e a Rússia" e "contribuíram" para apoiar a Ucrânia, um comentário que parece sugerir que o alívio das sanções seria um elemento oferecido ao Kremlin.

Rubio aterrou na Arábia Saudita, onde deverá iniciar conversações diretas com responsáveis russos na terça-feira. A missão norte-americana contará também com a presença de Mike Waltz, conselheiro de segurança nacional, e Steve Witkoff, enviado para o Médio Oriente.

O Kremlin confirmou que Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, que se encontra sob sanções da UE, estará presente na reunião em Riade, que se centrará no "restabelecimento de todo o complexo das relações entre os EUA e a Rússia, bem como na preparação de possíveis tarefas sobre a resolução do conflito ucraniano e na organização de uma reunião entre os dois presidentes".

O presidente Zelenskyy, por seu lado, deslocou-se aos Emirados Árabes Unidos (EAU) para discutir a assistência humanitária. Durante a guerra, os Emirados têm desempenhado um papel de mediador entre a Ucrânia e a Rússia.

Num discurso combativo em Munique, durante o fim de semana, Zelenskyy avisou que Putin poderia tentar convidar Trump para as celebrações do 9 de maio na Praça Vermelha, não como um "líder respeitado", mas como "um adereço na sua própria atuação".

Alice Tidey contribuiu para este artigo.

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