A polícia sueca diz que pelo menos dez pessoas foram mortas durante um tiroteio num centro de educação para adultos. Atirador também morreu.
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, considera que o tiroteio num centro de formação de adultos, que matou pelo menos 10 pessoas, além do atirador, foi o "pior tiroteio em massa da história da Suécia".
Numa conferência de imprensa conjunta com o ministro da Justiça, Gunnar Strömmer, Kristersson condenou a "violência brutal e mortal contra pessoas completamente inocentes", acrescentando que, de momento, não são claros os motivos que poderão estar por detrás do sucedido.
"É difícil compreender a dimensão do que aconteceu hoje. Esta noite, as trevas estão a cobrir a Suécia. É com uma tristeza sem fim que recebemos a notícia da polícia de que cerca de dez pessoas foram mortas e várias ficaram feridas num tiroteio numa escola em Örebro. O que não pode acontecer, aconteceu agora também na Suécia", disse Kristersson aos jornalistas em Estocolmo.
O ministro da Justiça Strömmer confirmou que está a decorrer uma investigação sobre o incidente e que o autor do crime também morreu no local.
"A pessoa que a polícia considera atualmente ser o principal autor do crime está entre os mortos. Trata-se de uma pessoa que não era conhecida da polícia. É claro que queremos perceber porquê, o que aconteceu e que motivos terá tido o autor do crime. Teremos de esperar por essas respostas. Com o tempo, o quadro tornar-se-á mais claro. É algo que a investigação agora iniciada irá mostrar", afirmou Strömmer.
O tiroteio teve lugar nos arredores da cidade de Örebro, situada a cerca de 200 quilómetros a oeste de Estocolmo. O atirador terá aberto fogo pelas 12:30, hora local, depois de muitos estudantes terem regressado a casa na sequência de um exame nacional.
Os estudantes refugiaram-se em edifícios próximos e outras partes da escola foram evacuadas. Veículos da polícia e ambulâncias foram vistos nos parques de estacionamento e nas ruas em redor do estabelecimento de ensino, enquanto um helicóptero sobrevoava o local.
A escola, denominada Campus Risbergska, serve alunos com mais de 20 anos, de acordo com o site. São ainda oferecidos cursos de ensino primário e secundário, bem como aulas de sueco para imigrantes, formação profissional e programas para pessoas com deficiências intelectuais.
Logo após o tiroteio, Roberto Eid Forest, chefe da polícia local, disse que os danos na cena do crime eram tão extensos que os investigadores não puderam ser mais definitivos sobre o número conclusivo de feridos.
A polícia fez uma busca na casa do suspeito após o tiroteio, mas não ficou imediatamente claro o que foi encontrado. Eid Forest disse que a polícia acredita que o autor do crime agiu sozinho e que não houve sinais de alerta antes do ataque.
As autoridades disseram que, até ao momento, não há suspeitas de ligações ao terrorismo, mas a polícia não apresentou um motivo.