{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/01/29/plano-migratorio-do-lider-da-oposicao-alema-friedrich-merz-aprovado-no-parlamento" }, "headline": "Plano migrat\u00f3rio do l\u00edder da oposi\u00e7\u00e3o alem\u00e3, Friedrich Merz, aprovado no parlamento", "description": "O l\u00edder da CDU, que lidera as sondagens para se tornar o pr\u00f3ximo chanceler, disse que iria recolher votos de todos os partidos para fazer ar o seu plano migrat\u00f3rio de cinco pontos no parlamento, apesar da forte oposi\u00e7\u00e3o do chanceler Olaf Scholz.", "articleBody": "O Bundestag alem\u00e3o aprovou, esta quarta-feira, o plano migrat\u00f3rio de cinco pontos de Friedrich Merz - que prometia um endurecimento dram\u00e1tico da lei de migra\u00e7\u00e3o e asilo do pa\u00eds - por via de uma vota\u00e7\u00e3o no parlamento.\u00a0O plano prev\u00ea, entre outras medidas, controlos fronteiri\u00e7os permanentes, a recusa de requerentes de asilo e a deten\u00e7\u00e3o de estrangeiros que tenham recebido uma ordem para abandonar o pa\u00eds.As medidas n\u00e3o s\u00e3o vinculativas, mas Merz poder\u00e1 agora pressionar para que seja tomada uma decis\u00e3o sobre a aprova\u00e7\u00e3o desta lei no parlamento j\u00e1 esta semana.\u00a0Antes da vota\u00e7\u00e3o, Merz, l\u00edder da Uni\u00e3o Democrata-Crist\u00e3 (CDU) e candidato a chanceler nas pr\u00f3ximas elei\u00e7\u00f5es, foi acusado de ter recuado na sua posi\u00e7\u00e3o de n\u00e3o trabalhar com a Alternativa para a Alemanha (AfD) e violado a \u201cbarreira\u201d que teria estabelecido contra o partido de extrema-direita para conseguir aprovar as medidas.\u00a0O l\u00edder da AfD, Bernd Baumann, considerou o sucesso da iniciativa um \u201cmomento hist\u00f3rico\u201d, acrescentando que um \u201ccontramovimento contra a corrente dominante verde-esquerda\u201d em todos os pa\u00edses ocidentais tinha agora chegado \u00e0 Alemanha.\u00a0\u00a0\u201cErro imperdo\u00e1vel\u201d, afirma Olaf ScholzO chanceler Olaf Scholz classificou a decis\u00e3o de Merz, ao aceitar votos da AfD para garantir a aprova\u00e7\u00e3o da medida, como um \u201cerro imperdo\u00e1vel\u201d, num aceso debate que antecedeu a vota\u00e7\u00e3o.\u00a0Scholz salientou ainda que as propostas de Merz contradizem as leis e os tratados europeus em mat\u00e9ria de migra\u00e7\u00e3o e asilo, como a Conven\u00e7\u00e3o de Genebra e o princ\u00edpio da livre circula\u00e7\u00e3o na UE.Notou, assim, que as propostas de Merz violariam a legisla\u00e7\u00e3o da UE, algo que \u201cnenhum chanceler alem\u00e3o alguma vez teria feito\u201d.Merz, por seu lado, afirmou que o sistema europeu de imigra\u00e7\u00e3o e asilo \u00e9 \u201cdisfuncional\u201d e insistiu que as suas medidas s\u00e3o necess\u00e1rias para combater os crimes cometidos pelos requerentes de asilo.\u00a0O l\u00edder da principal partido da oposi\u00e7\u00e3o abordou tamb\u00e9m as cr\u00edticas generalizadas de que estaria a trabalhar com a extrema-direita, tendo afirmado que obter votos da AfD o deixaria \u201cextremamente desconfort\u00e1vel\u201d. 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Plano migratório do líder da oposição alemã, Friedrich Merz, aprovado no parlamento

Plano migratório do líder da oposição alemã, Friedrich Merz, aprovado no parlamento
Plano migratório do líder da oposição alemã, Friedrich Merz, aprovado no parlamento Direitos de autor AP Photo
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De Tamsin PaternosterAnne Frieda Müller
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O líder da CDU, que lidera as sondagens para se tornar o próximo chanceler, disse que iria recolher votos de todos os partidos para fazer ar o seu plano migratório de cinco pontos no parlamento, apesar da forte oposição do chanceler Olaf Scholz.

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O Bundestag alemão aprovou, esta quarta-feira, o plano migratório de cinco pontos de Friedrich Merz - que prometia um endurecimento dramático da lei de migração e asilo do país - por via de uma votação no parlamento. 

O plano prevê, entre outras medidas, controlos fronteiriços permanentes, a recusa de requerentes de asilo e a detenção de estrangeiros que tenham recebido uma ordem para abandonar o país.

As medidas não são vinculativas, mas Merz poderá agora pressionar para que seja tomada uma decisão sobre a aprovação desta lei no parlamento já esta semana. 

Antes da votação, Merz, líder da União Democrata-Cristã (CDU) e candidato a chanceler nas próximas eleições, foi acusado de ter recuado na sua posição de não trabalhar com a Alternativa para a Alemanha (AfD) e violado a “barreira” que teria estabelecido contra o partido de extrema-direita para conseguir aprovar as medidas. 

O líder da AfD, Bernd Baumann, considerou o sucesso da iniciativa um “momento histórico”, acrescentando que um “contramovimento contra a corrente dominante verde-esquerda” em todos os países ocidentais tinha agora chegado à Alemanha. 

“Erro imperdoável”, afirma Olaf Scholz

O chanceler Olaf Scholz classificou a decisão de Merz, ao aceitar votos da AfD para garantir a aprovação da medida, como um “erro imperdoável”, num aceso debate que antecedeu a votação. 

Scholz salientou ainda que as propostas de Merz contradizem as leis e os tratados europeus em matéria de migração e asilo, como a Convenção de Genebra e o princípio da livre circulação na UE.

Notou, assim, que as propostas de Merz violariam a legislação da UE, algo que “nenhum chanceler alemão alguma vez teria feito”.

Merz, por seu lado, afirmou que o sistema europeu de imigração e asilo é “disfuncional” e insistiu que as suas medidas são necessárias para combater os crimes cometidos pelos requerentes de asilo. 

O líder da principal partido da oposição abordou também as críticas generalizadas de que estaria a trabalhar com a extrema-direita, tendo afirmado que obter votos da AfD o deixaria “extremamente desconfortável”. No entanto, Merz acabou por concluir que seria necessário lidar com a violência na Alemanha. 

As propostas de Merz surgiram na sequência de um ataque com faca na cidade bávara de Aschaffenburg, na semana ada, onde duas pessoas foram mortas por um requerente de asilo do Afeganistão que estava prestes a ser deportado. 

O deputado abordou diretamente este ataque, bem como um outro ataque em Magdeburgo, pouco antes do Natal, em que um médico de origem saudita matou seis pessoas, por atropelamento, num mercado de Natal. 

“Quantas mais pessoas terão de ser assassinadas? Quantas mais crianças terão de ser vítimas de tais atos de violência para que considerem que se trata de uma ameaça à segurança e à ordem públicas?”, perguntou Merz no parlamento, antes da votação. 

O que está em causa?

O grupo parlamentar composto pelos partidos CDU/CSU apresentou hoje, no parlamento, duas moções relacionadas com questões migratórias. Através de uma delas - a que foi aprovada - Merz pretendia alterar imediatamente a lei do asilo e não esperar pelas eleições para o Bundestag, a 23 de fevereiro.

Em causa uma iniciativa que diz respeito ao “plano de cinco pontos” de Merz para endurecer as leis migratórias, incluindo o encerramento das fronteiras alemãs e a recusa de entrada a todos os que têm documentos inválidos nas fronteiras, bem como o aumento das deportações.

Na sequência da votação favorável desta quarta-feira - com 348 votos a favor, 345 votos contra e 10 abstenções - espera-se que a CDU pressione o parlamento para que a lei seja aprovada ainda esta semana.

A segunda moção dizia respeito a uma “mudança na política de segurança interna”. Esta envolvia 27 exigências, incluindo o alargamento dos poderes das autoridades de segurança. Também se faz referência ao fim do reagrupamento familiar no caso de pessoas com direito a proteção subsidiária.

No entanto, esta segunda proposta de resolução foi rejeitada pelo Bundestag, com 509 votos contra.

De recordar que Merz e a CDU lideram atualmente as sondagens com 29% dos votos, numa altura em que se aproximam, a os largos, as eleições federais de 23 de fevereiro. 

A sondagem divulgada esta quarta-feira pelo YouGov destaca a AfD em segundo lugar, com 23%, e os sociais-democratas de Scholz em terceiro lugar, com 15%.

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