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Primeiro-ministro da Moldova acusa Rússia de provocar crise na Transnístria

Primeiro-ministro da Moldávia, Dorin Recean
Primeiro-ministro da Moldávia, Dorin Recean Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De Gregoire Lory
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No dia 1 de janeiro, Moscovo cortou o fornecimento de gás ao território separatista pró-russo da Moldova. Para Dorin Recean, o objetivo do Kremlin é desestabilizar o governo pró-europeu de Chisinau.

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A Moldova acusa o Kremlin de estar a orquestrar uma crise de segurança no país. Desde 1 de janeiro, a Transnístria, o território separatista pró-russo da Moldova, deixou de receber gás da Rússia através da Ucrânia, o que faz do país uma vítima colateral do conflito entre Moscovo e Kiev.

Esta interrupção do abastecimento é uma catástrofe para os 450.000 habitantes da região, que deixaram de ter aquecimento e água quente. As autoridades locais ordenaram também cortes de eletricidade.

"As pessoas não têm eletricidade durante quatro horas por dia, não têm aquecimento e, sobretudo, não têm o ao gás. E, a partir de hoje, há mesmo interrupções no abastecimento de água", sublinhou o primeiro-ministro moldavo, Dorin Recean.

O governo de Chisinau ofereceu-se para ajudar, mas as autoridades da Transnístria rejeitaram a oferta. O primeiro-ministro moldavo acusou a Rússia de provocar uma crise humanitária na região para desestabilizar o governo pró-europeu. As eleições parlamentares estão previstas para o outono nesta república situada entre a Ucrânia e a Roménia.

A Moldova não será tão afetada por esta interrupção do abastecimento como a Transnístria. O país está livre do gás russo desde 2022, após a invasão da Ucrânia por Moscovo. Além disso, pode contar com o apoio da Roménia.

A Transnístria, por outro lado, continua fortemente dependente dos hidrocarbonetos russos. Este recurso abastece a central eléctrica de Cuciurgan, situada no território separatista, mas que produz 70% da eletricidade do país. O perigo para Chisinau é que, numa segunda fase, venha a sofrer cortes de eletricidade.

Moscovo poderia ser tentado a acusar o governo moldavo e Kiev de serem responsáveis por esta situação. A Rússia não é a única parte envolvida na interrupção do fornecimento. A Ucrânia recusou-se a renovar o contrato assinado em 2019 com as autoridades russas para o trânsito de gás através do seu território.

Com as eleições moldavas na mira, o Kremlin poderia lançar uma campanha de desinformação, apontando o dedo a Chisinau e a Kiev como responsáveis pela situação. No entanto, esta abordagem tem riscos, uma vez que a atividade económica na Transnístria está fortemente dependente dos hidrocarbonetos russos. Se os postos de trabalho e as receitas fiscais forem ameaçados, as autoridades locais do território poderão ser postas em causa nas eleições de 2025.

Para o primeiro-ministro moldavo, o Kremlin quer ver um governo pró-russo no futuro, o que lhe permitirá reforçar a sua presença militar na Transnístria. Moscovo tem cerca de 1.500 soldados na região que faz fronteira com a Ucrânia.

A União Europeia está a acompanhar de perto a situação. A Moldova é um país candidato à adesão à UE e a UE é o principal financiador dos moldavls. Na segunda-feira, a Comissão Europeia explicou que estava a trabalhar com o sector energético europeu para garantir que Chisinau pudesse ser abastecida com eletricidade suficiente, se necessário. A Comissão está também a apelar aos Estados-membros para que demonstrem solidariedade energética com a Moldova.

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