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Separatistas da Transnístria pedem a Moscovo "proteção" contra a pressão da Moldova

Congresso da Transnístria
Congresso da Transnístria Direitos de autor Supreme Council of the PMR telegram channel via AP
Direitos de autor Supreme Council of the PMR telegram channel via AP
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Autoridades de Chisinau desvalorizam resolução aprovada pelas autoridades de Tiraspol e classificam a reunião do Congresso dos deputadas da Transnístria como um "evento de propaganda"

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As autoridades da região separatista da Transnístria, na Moldova, apoiada pela Rússia, fizeram um apelo a Moscovo para que proteja a economia local, o que agudiza as tensões com o governo pró-ocidental de Chisinau.

Os membros do congresso da Transnístria aprovaram uma resolução em que pedem à Duma, câmara baixa da Assembleia Federal da Rússia, que "implemente medidas para defender a Transnístria no meio da crescente pressão da Moldova, tendo em conta o facto de mais de 220.000 cidadãos russos residirem na Transnístria".

Os eurodeputados da região pedem também ao Parlamento Europeu para que evite que as pressões da Moldova "violem os direitos e as liberdades" dos residentes locais.

Há dias que pairava o receio de que o congresso da Transnístria, no encontro desta quarta-feira, pudesse pedir a anexação à Rússia. A frição aumentou depois de um legislador da oposição em Tiraspol ter levantado essa possibilidade na semana ada.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, os líderes pró-ocidentais da Moldova têm acusado Moscovo de tentar desestabilizar o país, que foi uma república soviética até 1991.

Um porta-voz do governo de Chisinau  classificou a reunião do congresso da Transnístria como um "evento de propaganda".

A Moldova, candidata à adesão à União Europeia, impôs novos direitos aduaneiros a 1 de janeiro de 2024 sobre as importações e exportações da Transnístria,  o que irritou as autoridades locais, que mencionam prejuízos para os residentes e empresas da região separatista.

Kremlin desdramatiza "reação nervosa" da NATO

A Rússia não comenta diretamente a possibilidade de a Transnístria pedir a anexação a Moscovo.

 "A aliança [NATO], bem, como sempre, tudo ali se resumiu a algum tipo de ameaças. Tanto quanto sabemos, esta é uma reação nervosa ao Sétimo Congresso dos Deputados do Povo de todos os níveis que se realiza hoje, 28 de fevereiro, em Tiraspol.", disse  Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

"Quanto à militarização da Moldova pela Aliança do Atlântico Norte e ao seu estatuto de neutralidade, em geral, também não há nada de novo. A NATO tenta obstinadamente transformar a Moldova numa segunda Ucrânia, contra a vontade da maioria da população moldava e, de um modo geral, aparentemente sem pensar nas consequências disso para o país e para toda a região", declarou Zakharova.

"Rússia tem o seu próprio plano para a Moldávia"

O politólogo Dmytro Levus não tem dúvidas de que a escalada de tensão entre o governo pró-ocidental da Moldova e as autoridades da Transnístria é grave. 

"A  Rússia tem o seu próprio plano - interferir com a integração da Moldova na União Europeia e criar outro ponto quente na Europa. A crise da Transnístria é atualmente uma ameaça maior para a Moldova do que para a Ucrânia", afirma o cientista político numa entrevista à televisão letã em Kiev.

A Transnístria faz fronteira com a Ucrânia e não é reconhecida por nenhum país membro das Nações Unidas, incluindo a Rússia, que mantém laços estreitos com a região.

Uma curta guerra no início da década de 1990 levou as forças pró-russas da Transnístria a declarar um Estado separatista. Até hoje, a Rússia estaciona cerca de 1.500 soldados na região, os chamados soldados da paz, que guardam enormes reservas de armas e munições da era soviética.

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