O Ministério russo da Defesa comunicou a destruição de 16 drones ucranianos em cinco regiões. Foram impostas restrições de voo no aeroporto de São Petersburgo. Entretanto, um residente da região de Kiev, vítima de um ataque russo na sexta-feira, morreu no hospital.
PUBLICIDADEA defesa aérea russa destruiu 16 drones ucranianos na noite de 4 de janeiro, informou o Ministério da Defesa de Moscovo. 10 drones foram abatidos sobre a região de Bryansk, três sobre a região de Smolensk e um sobre as regiões de Belgorod, Pskov e Leninegrado.
O governador da região de Leninegrado, Alexander Drozdenko, afirmou que o drone foi abatido perto da baía de Luga, no Golfo da Finlândia. Não se registaram vítimas ou danos, afirmou. De acordo com o canal do Telegram "Careful, news", o drone tentou atacar o porto marítimo de Ust-Luga, onde foi anunciada a evacuação dos empregados. Mais tarde, Drozdenko relatou mais dois drones abatidos na área da Baía de Luga e os destroços de um deles caíram na floresta.
O aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, impôs restrições de voo duas vezes durante a noite e a manhã de 4 de janeiro. As restrições repetidas foram impostas a partir das 7h45, refere a Rosaviatsia, e levantadas às 10h15. Durante este período, 20 aviões foram desviados para aeródromos alternativos.
Na região de Belgorod, em resultado de um ataque de drones, um residente da aldeia de Prelestnoye foi ferido com estilhaços na perna, informou o governador da região, Vyacheslav Gladkov. Na aldeia, uma casa particular sofreu danos causados por estilhaços nas janelas, na fachada e na vedação. Foram danificadas linhas eléctricas na aldeia de Prokhorovka. Uma conduta de gás e uma vedação foram danificadas numa casa privada na aldeia de Mikhailovka.
Os líderes das regiões de Smolensk e Bryansk afirmaram que não se registaram vítimas ou danos em resultado do ataque. O governador da região de Pskov ainda não se pronunciou sobre o ataque.
Os residentes da cidade de Safonovo, na região de Smolensk, relataram explosões durante a noite nos parques públicos locais. A cidade é sede da fábrica Avangard da empresa estatal de armamento de mísseis tácticos, que produz invólucros de motores de foguetões, contentores de transporte e lançamento e componentes de blindagem, entre outras coisas. O canal de Telegram ucraniano Exilenova+ sugere que a fábrica poderia ter sido o alvo do ataque. Não foram registados quaisquer danos na fábrica.
Ucrânia alvo de novos ataques
Entretanto, uma residente da região de Kiev que foi vítima de um ataque russo na sexta-feira morreu no hospital, disse o chefe interino da istração militar da região, Mykola Kalashnik, à Radio Liberty no sábado. Segundo ele, a mulher, nascida em 2002, foi gravemente ferida no abdómen e os médicos lutaram pela sua vida durante quase 24 horas, mas não conseguiram salvá-la.
Uma outra vítima permanece nos cuidados intensivos com um ferimento nas costas, informou a istração. A 3 de janeiro, foi noticiado que, na sequência de um ataque noturno com drones, uma pessoa foi morta e outras quatro ficaram feridas.
De acordo com a Força Aérea da Ucrânia, o exército russo atacou a Ucrânia com 81 drones na madrugada de sábado A defesa aérea ucraniana abateu 34 drones, enquanto outros 47 foram perdidos localmente. Foram atacadas as regiões de Poltava, Sumy, Kharkiv, Kyiv, Chernihiv, Cherkasy, Kirovograd, Dnipropetrovsk, Odessa e Mykolayiv. Nas regiões de Chernihiv e Sumy, casas particulares foram danificadas em resultado de ataques de drones.
Os dirigentes russos negam que o exército russo esteja a efetuar ataques dirigidos a infraestruturas civis.