Partidos na nova aliança de governo deverão apoiar um candidato único na repetição das eleições presidenciais, decretada pelo Tribunal Constitucional depois da vitória do populista Călin Georgescu na primeira volta.
A Roménia vai ter uma coligação no governo. Os partidos pró-europeus concordaram formar uma aliança que dispõe de uma maioria no parlamento e consegue assim ultraar os três partidos populistas e nacionalistas, alguns com posições abertamente pró-russas, que conseguiram cerca de um terço dos lugares.
As eleições legislativas, que decorreram entre duas voltas das presidenciais, tiveram como resultado uma vitória do Partido Social-Democrata (centro-esquerda). A nova coligação será formada pelos sociais-democratas, pelos atuais parceiros de coligação do Partido Liberal (centro-direita), pelo partido União para Salvar a Roménia (centro) e ainda pelo Partido Húngaro.
A primeira volta das presidenciais foi vencida pelo candidato da extrema-direita, Călin Georgescu. Numa decisão polémica, o Tribunal Constitucional romeno decidiu anular o resultado destas eleições, por suspeitas de interferência russa na campanha. Georgescu, que garante não ter gasto um cêntimo na campanha, usou sobretudo as redes sociais para chegar aos eleitores. No entanto, há alegações de que terá recebido quantias importantes por parte da Rússia.
A nova coligação de governo deverá apoiar um candidato único nesta repetição das presidenciais, que deverá ocorrer no início do próximo ano.
Composta por partidos de tendências diversas, esta coligação terá dificuldade, segundo os analistas, em chegar a acordo sobre medidas necessárias para fazer baixar o défice orçamental, que é de 8%, o mais alto em toda a União Europeia.